Na forma da lei
Nos primeiros meses de mandato, o síndico foi logo alertando que uma das vagas que teria que preencher, na garagem do suntuoso prédio da Corte Suprema, está reservada a alguém “terrivelmente evangélico” (seja lá o que isso queira dizer!). E arrematou, para deleite de uma claque de bajuladores: “A caneta Bic é minha, mando porque posso e vai obedecer quem tiver juízo”. Um dos candidatos à vaga é tido como alguém de notável saber jurídico, apolítico, incorruptível , inflexível, além de assustadoramente cristão . Tem, por isso mesmo, expectativas em relação ao topo da hierarquia do Poder Judiciário. "Duvido que não tenha ponto fraco. Todo homem tem seu preço! Ninguém é santo..." – comentaria Armando Rollo com um amigo, por coincidência assessor daquele candidato, tal era o conceito que tinha dos seres humanos em geral e das autoridades, em particular. "Sei não... Se tem, só Deus sabe! O homem não bebe nem guaraná, não fuma, não fala palavrão, não cobiça a mulh