As coisas se arranjam
Na última frase da carta que deixou para sua mulher, Eudócia, antes de tirar a própria vida em maio de 1972, Agostinho lhe fez um compreensível e derradeiro apelo: “...Se puder viver sem outra companhia que não nossos filhos, faça-o.”
Não pôde. Aos 33 anos de idade, nove filhos para criar – aos quais, a bem da verdade, não deixaria nada faltar –, seria injusto negar àquela mãe o direito inerente ao “se”, exigindo-lhe que também renunciasse à vida.
Se fosse comadre de Clarice Lispector (1920 – 1977), talvez tivesse ouvido algo assim: "A gente tem o direito de deixar o barco correr. As coisas se arranjam, não é preciso empurrar com tanta força..."
Meses adiante conheceria Manelito, 36 anos, desenhista e publicitário, com quem viveria por 14 anos. Como se não bastassem os filhos que tinha para criar, trouxe da Paraíba para Alagoas sobrinho que fora abandonado pela mãe – clássico “toma que o filho é teu!" ocorrido com seu irmão Olívio. O instinto maternal ainda pulsava firme, apesar da ligadura de trompas.
Ciúmes e cerveja em excesso, por parte de Manelito, esgarçaram a relação. Acabaram separados. Ele até tentou reatar mas viu que não dava mais. Pouco antes de morrer, com diabetes descontrolada, pediu para revê-la mais uma vez e conseguiu. Já não havia paixão, mas compaixão.
Quando seu filho Hélio (Lica) faleceu, em 1991, vítima do rompimento de um aneurisma cerebral, achei que ela, aos 53 anos, desabaria. Para mim, até hoje não sei como uma mãe aguenta sepultar um pedaço de si sem enlouquecer, com a alma dilacerada.
Ela ficaria viúva mais duas vezes. De Francisco, com quem conviveu apenas 12 meses, até ele sofrer infarto irreversível. E de Jailton, romance que não durou mais que seis meses. “O coitado já andava com o coração bem fraquinho”, ela disse.
Se fosse vizinha de Cora Coralina (1889 – 1985), dela poderia ter ouvido: "Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras. E faz doces. Recomeça."
Este mês completa 81 anos. Mora sozinha por opção, próximo à orla de Jatiúca, em Maceió, onde cuida de sua própria alimentação e faz caminhadas ao entardecer de três a quatro vezes por semana. Vaidosa desde menina, não vai nem à portaria do prédio sem antes retocar o batom e ajeitar os cabelos.
Não bebe nem fuma, mas adora ouvir e dançar boleros, sambas e valsas. Se existe algo que lhe chateia é gripar e não poder pegar seu carro e sair aos sábados e domingos a passear com Haydeé, filha mais velha.
Do futuro, não espera muita coisa. Nada além de continuar a receber sua pensão todo dia 20 e ser bem assistida pelo plano de saúde que Agostinho lhe deixou. Espera ainda usar um vestido bem bonito e ser porta-alianças no casamento de Marina, 13 anos, primeira de 23 bisnetos.
Se fosse amiga de Cecília Meireles (1901 – 1964), eu diria que andaram orando juntas: "Senhor, fazei de mim como as ondas do mar, que fazem de cada recuo um impulso para ir mais adiante."
Nunca leu Cecília, Clarice ou Cora Coralina. Nem precisou para ser feliz. Aprendeu cedo com o rio Paraiba a contornar pedras e seguir no rumo do mar. Livrou-se de uma vida sem graça, feita de amargura e ressentimento.
Não pôde. Aos 33 anos de idade, nove filhos para criar – aos quais, a bem da verdade, não deixaria nada faltar –, seria injusto negar àquela mãe o direito inerente ao “se”, exigindo-lhe que também renunciasse à vida.
Se fosse comadre de Clarice Lispector (1920 – 1977), talvez tivesse ouvido algo assim: "A gente tem o direito de deixar o barco correr. As coisas se arranjam, não é preciso empurrar com tanta força..."
Meses adiante conheceria Manelito, 36 anos, desenhista e publicitário, com quem viveria por 14 anos. Como se não bastassem os filhos que tinha para criar, trouxe da Paraíba para Alagoas sobrinho que fora abandonado pela mãe – clássico “toma que o filho é teu!" ocorrido com seu irmão Olívio. O instinto maternal ainda pulsava firme, apesar da ligadura de trompas.
Ciúmes e cerveja em excesso, por parte de Manelito, esgarçaram a relação. Acabaram separados. Ele até tentou reatar mas viu que não dava mais. Pouco antes de morrer, com diabetes descontrolada, pediu para revê-la mais uma vez e conseguiu. Já não havia paixão, mas compaixão.
Quando seu filho Hélio (Lica) faleceu, em 1991, vítima do rompimento de um aneurisma cerebral, achei que ela, aos 53 anos, desabaria. Para mim, até hoje não sei como uma mãe aguenta sepultar um pedaço de si sem enlouquecer, com a alma dilacerada.
Ela ficaria viúva mais duas vezes. De Francisco, com quem conviveu apenas 12 meses, até ele sofrer infarto irreversível. E de Jailton, romance que não durou mais que seis meses. “O coitado já andava com o coração bem fraquinho”, ela disse.
Se fosse vizinha de Cora Coralina (1889 – 1985), dela poderia ter ouvido: "Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras. E faz doces. Recomeça."
Este mês completa 81 anos. Mora sozinha por opção, próximo à orla de Jatiúca, em Maceió, onde cuida de sua própria alimentação e faz caminhadas ao entardecer de três a quatro vezes por semana. Vaidosa desde menina, não vai nem à portaria do prédio sem antes retocar o batom e ajeitar os cabelos.
Não bebe nem fuma, mas adora ouvir e dançar boleros, sambas e valsas. Se existe algo que lhe chateia é gripar e não poder pegar seu carro e sair aos sábados e domingos a passear com Haydeé, filha mais velha.
Do futuro, não espera muita coisa. Nada além de continuar a receber sua pensão todo dia 20 e ser bem assistida pelo plano de saúde que Agostinho lhe deixou. Espera ainda usar um vestido bem bonito e ser porta-alianças no casamento de Marina, 13 anos, primeira de 23 bisnetos.
Se fosse amiga de Cecília Meireles (1901 – 1964), eu diria que andaram orando juntas: "Senhor, fazei de mim como as ondas do mar, que fazem de cada recuo um impulso para ir mais adiante."
Nunca leu Cecília, Clarice ou Cora Coralina. Nem precisou para ser feliz. Aprendeu cedo com o rio Paraiba a contornar pedras e seguir no rumo do mar. Livrou-se de uma vida sem graça, feita de amargura e ressentimento.
Uma linda história de vida de sua mãe, apesar das tantas pedras que teve de contornar pelo caminho.
ResponderExcluirÉ assim que a vida deve ser "tocada" alguns preferem o silêncio da angústia. Bela narrativa.
ResponderExcluirQue Bela história. A vida como as águas do Rio, desviando daqui e acolá, construindo sua história rumo ao encontro do mar.
ResponderExcluirUauu, um texto digno do dia do idoso, celebrado pela ONU ontem. Que mulher fantástica, uma fenix de saia. Quanta superação sem ficar ranzinza, rabigenta, ou o pior, ressentida. Quero chegar onde ela chegou com esta atitude frente às pedras do rio, atitude paraíba, que etimologicamente sifnifixa, rio ruim de navegar pelas pedras. Ruim de navegar para alguns, para Eudócia não. Pois, pessoas do tipo Eudócia acabam por fazer seu próprio rio, contornando pedras e fazendo chover no leito seco da vida, a cada verão que enfrentam.
ResponderExcluir“... uma fênix de saia...” Mais cirúrgico, impossível, meu caro Ricardo.
ExcluirQue mulher linda e elegante. É difícil ler conhecendo tanto o autor, porque a história começa com um bilhete que para o leitor comum são palavras, pra quem sabe o que houve, uma tragédia. Talvez seja sobre isso o seu texto: a diferença entre como reagem pessoas comuns diante do fado da vida, e como reagem pessoas extraordinárias como ela.
ResponderExcluirComo se diz em Portugal, “gostava de ler uma história dessas todo dia antes do café.”
Estou cada dia mais velho e chorão. Deus me defenda!
É de fato admirável, Dedé, a enorme capacidade dela surfar sobre crises e sair cada vez mais fortalecida, como quem chupa um cacho de uvas. Serve de inspiração para todos nós. Prova que a felicidade continua sendo inversamente proporcional ao volume de informações que acumulamos sobre qualquer assunto na vida.
ExcluirNossas escolhas determinam o rumo de nosso caminhar e Eudócia escolheu pela vida, como deveria ser vivida. Saúde e vida longa à Eudócia, Hayton!
ResponderExcluirUma verdadeira Fortaleza, a D Eudocia. E viva aa vida !!!
ResponderExcluirParabéns para o escritor e para a protagonista da trama da vida real! Hehehe. Conseguiu retratar direitinho. Muito interessante. E que guerreira é minha avó! Beijos Myrella
ResponderExcluirFico refletindo sobre como se fazem as pessoas capazes de enfrentar e superar qualquer dificuldade e ainda desafiar o tempo esbanjando tanta beleza.
ResponderExcluirDevem ser feitas com mais carinho por Deus, com uma programação diferente e com a missão de servir de exemplo na terra.
Parabéns
Só Ele na causa, Mauricio! Tens razão.
Excluir������������ Intensa como ela!
ResponderExcluirHistória incrível... há pessoas que desistem, outras olham para a frente. É assim que agem os vitoriosos. Parabéns a ela.
ResponderExcluirEssa é a Vovó... Texto belíssimo!!!
ResponderExcluirSacanagem... Por vezes rascunho em minha mente em deixar comentários em cada postagem mas logo percebo que não estão nem perto do que gostaria dizer destes belos textos. Sensacional!!! Obrigado pelas informações e recordações.
ResponderExcluirMichel, sofro do mesmo mal, meu primo! Esse tio se supera cada dia mais.
ExcluirVida longa e feliz para Dona Eudócia.
ResponderExcluirQue história linda e maravilhosa de uma mãe e esposa dedicada. Parabéns!!
ResponderExcluirSaber viver. Uma lição que poucos aprendem. Ou, até mesmo, entendem.
ResponderExcluirPois é ...E eu acompanhando de perto, tentando " pegar" um pouco dessa enorme resiliência, vivendo um dia por vez, buscando força e alegria nas pequenas coisas. O bom humor é a melhor maneira de "levar" a vida, onde " TUDO PASSA" e como ela diz: " Só não tem jeito para a morte"
ResponderExcluirEmocionante. Acredito que um dos segredos da vida está na forma de como se reage às dificuldades e problemas. Uns se apequenam outros a exemplo de Dona Eudocia se agigantam e deixam um grande exemplo a todos.
ResponderExcluirQue linda a história dessa guerreira. Cair, levantar, sacudir a poeira6e dar a volta por cima, sempre. 👏👏👏
ResponderExcluirLinda história verídica de uma pessoa maravilhosa me sinto sua filha.Mesmo passando o que passou ela transmite alegria para todos.
ResponderExcluirQue exemplo de superação! O astral dela é fantástico. Que Deus permita realizar o sonho de ser porta alianças no casamento da bisneta Marina.����
ResponderExcluirJá tem a data da posse na Academia Alagoana de Letras? Depois na ABL!
ResponderExcluirParabéns, Hayton.
Quando me disserem que Alagoas é terra de Aurélio Buarque, de Djavan, de Graciliano, vou complementar dizendo: e de Hayton Rocha, também!
Menos, amigo. Sua generosidade me comove mas não me envaidece. Devagar com o andor que o “santo” é de gesso. “Deixe a vida me levar, vida leva eu...”
ExcluirVovó "Dócia", que por onde chega deixa sua marca registrada em batom encarnado nas testas dos bisnetos, nas bochechas dos netos ou quem aparecer.
ResponderExcluirUma garra inenarrável.
Como falou o amigo acima, UMA FENIX DE SAIA.
Dona Eudócia é um exemplo de como se deve viver a vida, contornando as pedras do caminho e tocando o barco sempre pra frente e fazendo como as ondas do mar: aproveitando os recuos pra impulsionar mais e mais!
ResponderExcluirHayton, que mulher fantástica! Uma fortaleza para enfrentar adversidades e ao mesmo tempo, uma flor a receber a água, o sol e todos os insumos da Vida que flui a cada dia... inspiradora, a sua mãe! Como alguns já disseram, uma fênix... abraço bem grande, amigo! Texto maravilhoso, tocante...
ResponderExcluirObrigado, Cledja! Parece tão simples ser feliz, não? Um pouco daquilo que os pássaros nos ensinam todos os dias.
ExcluirContar sobre a vida da tua mãe é uma bela forma de homenageá-la. Abraço
ResponderExcluirD. Eudócia, até hoje, era a mãe de Hayton, a partir de agora, uma mulher forte e bonita , que soube enfrentar as angurias da vida. Parabéns amigo! Excelente crônica e para nós mulheres e mães , grande exemplo.
ResponderExcluirTexto espetacular, Hayton. Além de terno e poético, original e delicado. Como delicada deve ser Dona Eudócia que você ainda tem a felicidade de chamar de mãe.
ResponderExcluirUau!
ResponderExcluirQue ma-ra-vi-lha!
A fortaleza dessa mulher e a beleza emocionante desta crônica!
Parabéns!
Hayton, lendo mais esta crônica maravilhosa que você as faz com a alma, eu começaria meu comentário copiando as palavras de seu amigo Wanger, quando diz: “Acredito que um dos segredos da vida está na forma de como se reage às dificuldades e problemas. Uns se apequenam outros a exemplo de Dona Eudócia se agigantam e deixam um grande exemplo a todos.”
ResponderExcluirE foi assim que sua amada mãe escolheu viver, tirando das circunstâncias da vida, lições e continuando a viver intensamente, olhando sempre para frente.
Primo, apesar de ainda não ter esse prazer de tê-la conhecido pessoalmente, mas pelo pouco que nos conhecemos virtualmente, já deu para confirmar todos estes adjetivos que tão delicadamente definem sua linda mãe. E como ontem foi o dia do idoso, nada mais justo do que tão bela homenagem a esta “fênix de saia”, você fez e definiram-na.
Até nas mensagens que ela carinhosamente tira um tempinho para me enviar, tia Eudócia, só fala com amor e carinho da sua família, “um presente de Deus” como ela define vocês.
E me confessou mais, que seu pai Agostinho, foi o grande amor de sua vida. Fala dele com muita saudade e carinho. E só comenta sobre vocês em alguma mensagem, com o maior orgulho. Tem me mandado fotos de vocês, das noras, dos netos e dos bisnetos que os apresenta com muito amor. È de fato uma avó, mãe, sogra e bisavó apaixonada.
Concordo com seu amigo quando menciona sua vaga na Academia de Letras de Alagoas e por que não a ABL, pois suas crônicas não ficam atrás de um grande cronista e da Academia Brasileira de Letras, o médico Moacir Scliar e tantos outros expoentes da nossa Literatura Brasileira.
Hayton, sei como você se sente em relação à sua mãe, pois tenho minha mãe, uma fortaleza tal qual. Ambas viúvas ainda jovens, a diferença foi que minha mãe escolheu viver sozinha a vida toda. Criou 8 filhos, tem netos e bisnetos igualmente, é guerreira, determinada e, muito humana, apaixonada também da mesma forma. Perdeu um filho, em 2012, de um acidente de carro, até hoje suporta porque só Deus a sustenta.
Um abraço e até as próximas.
Que linda história,sua mãe tem força, coragem e é de bem com a vida, muito fascinante.
ResponderExcluirQue Deus abençoe.
Parabéns p você e tia Eudocia.
Crônica corajosa e bem contada.
ResponderExcluirViúva aos 33 anos e 10 filhos menores por criar, sua mãe foi uma verdadeira heroína.
Florescendo ainda para a vida, fez dela uma dádiva e lutou por seus objetivos, cuja melhor prova de que valeu a pena é o sucesso dos filhos, senão financeiramente, em inteligência e caráter.
Um abraço
do Orlando
As mulheres são seres extraordinários. Sem o amparo da força física, elas desenvolvem estratégias de sobrevivência mais complexas, mais eficazes e mais inteligentes que as nossas. Eu também não paro de reconhecer as qualidades da minha mãe que morreu muito jovem, aos 46 anos, após quase uma década de luta contra o câncer. (Érico Abreu)
ResponderExcluirUma história de vida admirável, através de seu conto. Quase uma atitude polianesca em face das agruras da vida. Contornar obstáculos e ir "tocando em frente", como escreveu Almir Sater, é das pessoas com fibras de bambu, fortes e flexíveis, ao mesmo tempo. Gostaria de agir de modo similar, mas minha natureza imperfeita e minha personalidade inquieta me impedem de tentar.
ResponderExcluirUma linda mulher! Dona Eudócia é um exemplo de vida: superar as dores e seguir em frente! E dores que, como você citou,Hayton,são capazes de dilacerar. Que fogem à ordem natural da vida! E ela nos ensina a necessidade de recomeçar, sempre buscando ser feliz! Acho que Deus escolhe a dedo os capazes de cumprir algumas missões!
ResponderExcluirDepois de ler tantos comentários, e tão consistentes, me apequenei.
ResponderExcluirPassar tudo que passou, e com uma tropa de filhos, só D. Eudocia mesmo.
Nos 100 anos Jatiuca vai parar.
ACCampos.
Tomara, meu amigo Antônio Carlos, tomara! Os filhos andam envelhecendo mais rápido que ela, que ainda tem muito querosene na lamparina. Ainda bem!
ExcluirHayton, belíssima crônica!
ResponderExcluirLembro da D. Eudócia e do Manelito naqueles tempos da Agência Centro. Continua uma senhora muito bonita. Não sabia que era essa mulher forte. Com certeza, não foi fácil passar por provações tão duras. Só ela sabe. Como diz o poeta alagoano da MPB "Só eu sei os desertos que atravessei".
Grande abraço.
Marival
Hayton, dona Eudócia está uma geração à frente do seu tempo. Admirável como enfrentou as adversidades da vida, educando e mantendo unida uma prole de nove filhos. Entendo que o apoio e a compreensão dos filhos contribuíram para tornar essa travessia mais amena, "fazendo de cada recuo um impulso para ir mais adiante". Fraterno abraço. Érico.
ResponderExcluirFantástico. Dona Eudócia é um espírito superior. Olhar para frente sempre. O passado já passou. O futuro ainda virá e, sobre ele, não temos controle nenhum, mesmo que planejemos muito. Dona Eudócia aproveita o presente e vive com alegria e dedicação. Meus pais dizem muito isso também: " Só não tem jeito para morte". Porém, acredito, cada vez mais, que somos apenas passageiro deste nosso mundo e que ainda viveremos outras vidas. Muita saúde para Dona Eudócia.
ResponderExcluirHayton, mais uma coincidência entre nós: também perdi um irmão por AVC, aos 23 anos. Abraço do Sidney.
ResponderExcluirParabéns primo!
ResponderExcluirCada semana, você nos surpreende com belíssima crônica .
Tia Eudócia realmente é uma mulher forte, guerreira, de bem com a vida, um exemplo para todas às mulheres.
Como diz a música de Erasmo Carlos...
"Dizem que a mulher é sexo frágil, mas que mentira absurda "...
Abraços,
Maria de Jesus Rocha
Hayton, impressionante a força desta mulher. Lindo isso de você poder falar assim de sua mãe em um momento em que ela docemente ainda curte a vida no seu estilo, falar da vaidade e beleza dela, deixar subliminar a idéia de ser humano que ela é por ter conseguido refazer sua vida a cada ciclo que viveu. Isso pouca gente consegue.
ResponderExcluirPois é, Fada, e eu aqui no exterior, ontem, comovida com a repercussão desta crônica, dela recebi uma mensagem querendo saber quando irei “lá em casa” para comer uma galinha guisada com purê de batatas.
ExcluirSimples assim...
Eu até te disse lá no privado, mas faço questão de registrar aqui.
ResponderExcluirEspero sempre o momento em que possa me desligar de tudo para ler tuas crônicas, pois elas me tocam fortemente, me enlevam, é quase um orgasmo espiritual (epa!! nunca confunda).
Silas está certo, você não escapará das Academias, só que primeiro esperamos o livro.
Que pena que Almodóvar, Tarantino, Wood Allen e outros gênios do cinema não têm acesso a tuas crônicas, certamente construiriam outra obra-prima.
Grande abraço deste que tem como aspiração maior ser presidente de teu fã-clube. Aqui é Volney.
De sua amiga Cecília Meirelles, tbem ouviria:” Aprendi com as primaveras, a deixar-me cortar, e a voltar sempre inteira”
ResponderExcluirMe parece mais apropriado!
Grande abraço,
Robertão
Quem precisa de inspiração se já tem o Rio Paraíba; sua mãe é uma grande mulher e continua muito bela.
ResponderExcluirGrande Hayton, Bonita história e muito bonita e elegante sua mãe. Não a conheço, mas me parece uma mulher forte e intensa.
ResponderExcluirNão sei quem foi o retratista, mas captou com maestria a essência dela!
ResponderExcluirMais doce do que essa história só a foto que ilustra o texto. Onde simpatia e beleza emolduram esse coração que deve ser muito generoso !
Isto sim, é uma história de amor. Amor de mãe, de esposa; amor de filho que retrata detalhadamente a alma de sua mãe, minha linda tia. Como sempre li e reli a crônica, absorvendo dados que desconhecia da sua biografia em bela narrativa! Parabéns por passar para o papel vidas de entes queridos.
ResponderExcluirHayton, mães são inspiração por natureza , mas a biografia da sua mãe é digna de inspiração pra todos nós, conhecendo vc a tempo, não sabia que você tinha sido educado por alguém que tinha tantos motivos pra sentir-se "injustiçada" pelo "destino" , mas pelo contrário, é um exemplo de vida pra todos nós.
ResponderExcluirRealmente, Eudocia é uma grande mulher. Tenho muita admiração por ela, sua força e coragem. Um abração sem mais comentários. Com beijos e abraços da Cristina.
ResponderExcluirQue bela jornada D. Eudócia está construindo, hein, Jurema!?
ResponderExcluirTive o prazer de estar com ela na celebração dos seus 60 anos. Mas, desde 1999, por conta dos frequentes comentários que você faz a respeito dela, alimentava uma curiosidade em conhecê-la... sim! Esbanja saúde e simpatia!
Que linda Hayton, a sua mãe. E que força, que garra! Fico sinceramente emocionada, com essa história de vida. Criou uma família linda, e nunca deixou se abater com todas as tragédias que viveu. Recomeçou sempre. Que força, que exemplo! Que lição de vida!
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ResponderExcluirA foto diz tudo.
Minha mãe!! vaidosa , batom vermelho e roupa nova .
Passei lá esta semana e estava saudosa , falou que nosso pai tinha sido o único homem que amou , os outros foi para conseguir seguir adiante , pois odeia a solidão .Reclamava da gripe que não se curava , falei tenha calma que até domingo à senhora vai está curada , pois sabia que sua maior preocupação era não poder ir ao bailhinho do domingo , e não estava errada , tenho certeza que hoje ela está no bailhinho dançando , tirando self e postando .
Não sei como seria nossa família se ela não existisse , não me imagino sem mãe , ela ainda agrega todos nós , e ainda cuida dos netos , principalmente minha filha que almoça com ela todos os dias , este ano vamos comemorar seu aniversário aqui em cada um café para família .Suas crônicas são perfeitas vc tem memória de elefante descreve com muita realidade os fatos, toda vez que leio passa um filme na minha cabeça
que nossa mãe viva por mais alguns anos .
Estou esperando 2020 para ler o livro 👏🏼
É de um lirismo avassalador, uma ode à mulher em toda a sua essência.
ResponderExcluirBravo, bravo!
Belo exemplo de vida: Deus a abençoe com muita saúde para chegar aos 100 anos .
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