Com suas canções, luzes e tradições, o Natal tem a estranha mania de apertar o botão de replay de nossas memórias mais profundas. Não importa o quanto o mundo mude, algo nele nos arrasta para cenas antigas, como um filme que insistimos em rever ou como quem folheia um álbum de fotografias buscando entender o que passou – e o que ainda está por vir.
Quem, como eu, já dobrou a esquina da boa esperança, tem o direito de contar e recontar histórias sem se preocupar com os céticos que duvidam que elas possam revelar novos ângulos. Sabe que o Natal é uma época que nos força a olhar para dentro, revisitando quem fomos, quem somos e quem ainda podemos ser. É um recomeço disfarçado de rotina, um lembrete de que a vida se move em círculos, mas sempre nos dá a chance de fazer diferente na volta seguinte.
Desde que habitávamos as cavernas, somos todos contadores de histórias. Primeiro, pintávamos as paredes. Depois, contávamos mentiras e verdades ao redor do fogo, escrevíamos livros que eram lidos até pelos mais jovens (prática incomum, ultimamente). Nossas histórias agora circulam pelas redes sociais ou ganham vida em telas de cinema. E poucas invenções conseguem tocar tão profundamente o coração humano quanto o cinema, essa mistura fascinante de imagens, sons e emoções que nos faz lidar com a realidade com os olhos da imaginação.
Confesso um arrependimento que vai me atormentar para o resto da vida: nunca fui cinéfilo, como meus amigos Antonio Fonseca e Luiz Andreola. Vi bem menos filmes do que gostaria e, nos últimos anos, me afastei ainda mais do escurinho das salas de cinema. Mas os poucos filmes que me marcaram seguem comigo, com histórias que me cobram para ser recontadas. Um deles, encontrado há 26 anos numa videolocadora (sim, elas existiram!), tornou-se parte do meu pequeno acervo: A Felicidade Não se Compra (It’s a Wonderful Life, 1946).
Dirigido por Frank Capra, o filme nasceu modesto, quase franciscano para os padrões de Hollywood, e parecia destinado a ser apenas mais uma fita esquecida nas prateleiras empoeiradas das locadoras. Mas, ironicamente, sua mensagem universal sobre propósito e impacto na vida comunitária atravessou gerações, consagrando-o como um clássico, mesmo que isso nunca tenha sido o plano inicial de seu diretor, financiador, produtor e um dos roteiristas.
A primeira vez que o assisti, virou um divisor de águas no rio de minha vida. Dias depois, próximo do Natal de 1998, conversava com alguns colegas de trabalho sobre o que poderia ser feito na temporada seguinte junto a pequenas comunidades no interior pernambucano. Nos reunimos numa sala e projetei a história de George, um homem à beira do desespero, salvo por Clarence, um anjo em treinamento. Clarence, ansioso para ganhar suas asas, mostra a George como seria o mundo se ele nunca tivesse existido.
O impacto foi impressionante: lágrimas discretas, reflexões compartilhadas e um renovado senso de propósito para enfrentar os desafios de 1999, o que me estimulou a replicar a iniciativa na virada do século, na Bahia, para onde fui transferido.
É impossível assistir ao filme e não se perguntar: qual é o impacto que deixamos na vida daqueles que cruzam o nosso caminho, seja nos momentos bons, nos ruins ou nos aparentemente insignificantes? Numa linguagem simples, mas poderosa, o filme sacode as camadas mais adormecidas de nossa consciência, convidando-nos a repensar relações, escolhas e até nossa conexão com o Planeta.
Como dizia Charles Chaplin, o importante no cinema não é a realidade em si, mas o que dela a imaginação pode extrair. Talvez por isso alguns filmes, vistos pela segunda, terceira ou enésima vez, continuam despertando novas camadas de percepção sobre o que há de melhor – e pior – em nós, como se guardassem segredos à espera do momento certo para serem revelados.
Já gostei de ganhar agendas no Natal. Eram como pequenas promessas encadernadas de que eu estaria aqui pelo menos até o próximo ano – e, quem sabe, um pouco mais, já que sempre vinham com janeiro do ano seguinte. Volto no tempo e vejo que 26 anos passaram em um esfregar de olhos.
A vida se move ligeira, e o Natal já está batendo à porta, de novo! Não é justo, mas é inútil discutir com o tempo. Talvez o truque esteja em aceitar que, como bons filmes, ela precisa ser revisitada. Porque é assim, revendo velhos filmes e memórias, que aprendemos a escrever novos roteiros e a dirigir os próximos capítulos de nossa própria história.
Quando passamos dos 6.5 no Natal cabe dizer "Ainda estou aqui". Filme recente cujo título é uma frase que gostaria de repetir umas duas décadas. Feliz Natal.
ResponderExcluirEita ,HAYTON !! Vou guardar esse texto como um lindo presente de natal !! Com laço vermelho ,para ser degustado com a rabanada baiana de mamãe .Abraço da LENA !
ResponderExcluirOportuna crônica para o momento atual. Que possamos dar o play nos bons filmes e que estes nos impulsionem a contribuir para um mundo menos desigual e com pessoas exercendo a empatia, vivendo com mais respeito, generosidade, humildade e fraternidade. Que possamos, em nosso dia a dia, compartilhar amor, gratidão e bondade. Que neste Natal possamos, além se celebrar e trocar presentes, fazer uma reflexão sobre nosso papel neste planeta com grandes desafios pela frente.
ResponderExcluirAbraço fraterno.
Talvez os filmes de Natal sejam tão importantes quanto o próprio Natal. É como se existisse um sentimento pairando sobre todos, mas que só o cinema consegue fazer brotar em expressões e emoções. Dedé Dwight
ResponderExcluirSua crônica de hoje sobre o natal me causou um carnaval de sentimentos... Espetacular!
ResponderExcluirVerdade, i Natal nos traz lembranças e somos nós quem decidimos com qual devemos ficar. Seja um Natal melancólico ou mais feliz, sempre aflora sentimentos mais profundos, muito mais que um aniversário ou qq outra data. Feliz Natal a vocês! Escolha um sentimento!
ResponderExcluirLuis Lanzac
O Natal é sempre assim
ResponderExcluirParece uma cena antiga
Uma cena de cinema
Daquelas que nos intriga
O Natal é recomeço
Chega em todo endereço
Com a esperança amiga.
ResponderExcluirCom efeito, o Natal se aproxima e, com ele, a magia de revivermos histórias que nos tocam profundamente. É como se, nessa época do ano, nos tornássemos mais sensíveis, com o espírito e corações mais acessíveis, mais aberto às emoções. A cada canto, a cada música, a cada enfeite aflora uma memória, um sentimento se intensifica.
Embora eu também não seja grande cinéfilo, como o cronista, lembrei-me de outro filme clássico, “O milagre na rua 34”, que também explora temas sensíveis como a fé, a esperança e a magia do Natal. É a história de um homem que afirma ser o Papai Noel e que, por meio de sua crença e bondade, transforma as vidas de muitas pessoas, lembrando a importância de se acreditar no impossível e de se espalhar alegria por onde passamos. Muito apropriada sua crônica, Hayton, parabéns uma vez mais.
Com leveza vc revela verdades, encanta e inspira. Ao compartilhar vivências por meio dos seus relatos nos instiga a experimentar novas emoções. Já vou procurar pelo filme, no YouTube quem sabe encontro…
ResponderExcluirTive uma grande professora que sempre dizia a reflexão de Exupery ““Sou um pouco de todos que conheci, um pouco dos lugares que fui, um pouco das saudades que deixei e sou muito das coisas que gostei.” Verdade. Somos assim
ResponderExcluirTambém assisti, quando nos apresentou, em um encontro de administradores, no entorno aqui de Brasília. Um filme marcante, até pouco tempo tinha a fita cassete. O tempo de Natal me parece que transforma as pessoas, as deixando mais felizes e generosas, bom que seja uma recarga para ser consumida ao longo do ano por todos. Francisco Miranda
ResponderExcluirPor acaso, fizemos o Coord juntos em Brasília? À época, você era da Comercial Sul?
ExcluirCaro Silas, esse é o Chico Fiapo, foi instrutor do Desed, acho que aposentou na Diretoria de Crédito. Meu nome é Francisco das Chagas Miranda Silva e ele ...da Silva, ambos piauiense. Pense na confusão entre nós dois, nossas matríulas quase iguais, até recebi um crédito dele numa ação via Sindicato, devolvi, claro.
ExcluirA professora foi Dona Alaíde Lisboa
ResponderExcluirNo natal sofro da Dezembrite. Sentimentos contraditórios e intensos. Natal é o mês do Senhor do Tempo. Querendo ou não querendo ele nos remete a ciclos, finitude e balanços. E nos leva, com uma força surreal, e às vezes até inoportuna, a rever nossas vidas numa grande tela do que passou. Aos poucos, as luzinhas vão se atendendo, feito colateral deste momento, candeeiros interiores que acendem rebeldes esperanças para o que virá, em renovadas atitudes, eivadas de listas. E começa o novo ciclo. Ritos de passagem para eternizar novamente momentos, e relembrar do que deu, e do que não deu, ano depois.
ResponderExcluirSempre acho interessante como vc faz o link entre um assunto e outro. Nessa crônica de hoje, o Natal e o cinema..e a gente segue como se estivesse num barquinho num lago e de repente, quase sem perceber, alcançasse o rio até chegar à sua margem e ficar refletindo sobre o percurso feito: como foi mesmo que eu vim parar aqui? Nelza Martins
ResponderExcluir"E o meu pobre coração(tambores, tambores, tambores), já não cansa de ter tantas saudades"(Fagner). Sendo o NATAL o nascimento do AMOR, é de bom alvitre RENOVAR a ESPERANÇA, através de um filme, uma música, sempre lembrando do ANIVERSARIANTE e dos SEUS ENSINAMENTOS.
ResponderExcluirQuerido Hayton, Obrigado pelo presente de Natal. Essa é uma das crônicas mais profundas que já li, pois toca fundo no íntimo de cada um. Eu fui um dos que ganharam de vc o dvd desse filme. Adorei e assisto até hoje. A msg mais tocante do filme é que mesmo os acontecimentos ruins da vida, são bons.
ResponderExcluirDepois de ter assistido "A felicidade não se compra" a seu convite, já devo ter revisto umas 6 vezes. Filme maravilhoso.
ResponderExcluirNatal, mais do que qualquer outra época,
ResponderExcluirtem essa "magia" de nos teletransportar, através de sentimentos e memórias, para alguma(s) fase(s) de nossa vida para a(s) qual(is) damos um significado relevante de nossa trajetória.
Lembro-me em um desses Natais, passados há décadas, época em que morava em Recife, de um comercial do Bompreço na TV, que circulava com uma linda música e ao final uma voz arrematava com uma breve mensagem. Invariavelmente essa propaganda sempre me volta à memória, como em um loop, nessa época do ano.
A crônica hoje nos brindou, uma semana antes da data de mais um Natal, com um belo texto para voltarmos ao túnel do tempo.
Fantástica abordagem do Natal.
ResponderExcluirNos faz lembrar que mesmo com o tempo passando, como num piscar de olhos, precisamos estar renascendo, não de ano em ano, mas a cada momento.
"Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito"
De fato, Hayton, o filme narrado é um clássico. Tive a oportunidade de vê-lo pela primeira vez exatamente numa das sessões por você promovidas. E o mesmo encantamento se deu em mim. O filme é maravilhoso. Consegue arrancar lágrimas do coração mais duro. E sua mensagem é cativante. Houve outros momentos onde nossa empresa nos proporcionou reflexões baseadas na sétima arte e que guardamos até hoje: O Feitiço do Tempo, Bagdá Café, entre outros. Trabalho e aprendizado. Quanta cultura, quanto conhecimento. Já derivo meu olhar, desviando-o um pouco do foco que você propôs, para reverenciar nossa grande empresa, que tanto nos entregou e formou para o mundo.
ResponderExcluirExcelente meu amigo Roberto. Assino com o relator. ✍️🙌
ExcluirCom sua sagacidade, visita as sutilezas do momento do Natal e provoca as possibilidade de bem viver esta energia em muitos corações!
ResponderExcluirUm grande presente de Natal!
Obrigada!
Foi um fracasso de bilheteria no lançamento, mas depois foi aclamado pela crítica e até hoje é reprisado nesta época na TV aberta dos EUA. Acabou sendo indicado a cinco Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator para James Stewart, e foi incluído na lista do American Film Institute como um dos 100 melhores filmes americanos de todos os tempos.
ResponderExcluirAté fecharmos o derradeiro botão de nossas vidas, sempre haverá o 'de novo!'... e graças a Deus por isso.
ResponderExcluirComo sou um cinéfilo inveterado e aficionado por clássicos, não poderia deixar de apreciar um texto tão empolgante e uma reflexão tão profunda sobre este filme, que para mim é um dos melhores, senão o melhor, sobre o tema natalino.
Por fim, mas não menos importante:
Feliz Natal!
Hayton, mais um belo texto. O "mais um", no entanto, em reforço a sua capacidade produtiva e não a eventual falta de criatividade. Ao contrário, seus textos são tão inspirativos que estimulam comentários com qualidade de crônicas!
ResponderExcluirOu seja, quem lê seus textos, leva de bônus os comentários! Feliz Natal a todos!
Hayton, mais um belo texto. O "mais um", no entanto, em reforço a sua capacidade produtiva e não a eventual falta de criatividade. Ao contrário, seus textos são tão inspirativos que estimulam comentários com qualidade de crônicas!
ResponderExcluirOu seja, quem lê seus textos, leva mais que um texto, leva, de bônus, a experiência de cada leitor com o próprio texto! Feliz Natal a todos!
Pois é, Hayton! Acho que o Natal transcende pra além de data religiosa. Cristão ou não, todo mundo encarna alguma coisa do ‘espírito’ da época. Alguns filmes, assim como livros ou músicas, têm o condão de provocar mais reflexão e sentimentos. A lista pode ser longa. Agora, em especial, ‘Ainda estou aqui’ é um monumento! As possibilidades com o filme são imensas: impossível não se comover ou tomar posição. Daqueles filmes que ‘ninguém sai do cinema o mesmo..’
ResponderExcluirMesmo com a fama de cinéfilo, mencionada nessa belíssima crônica, fiquei sabendo da existência do filme A FELICIDADE NÃO SE COMPRA apenas quando você, Hayton, promoveu a exibição para funcionários da DIPES-DF, às vésperas do Natal de 2001 (ou teria sido de 2002?).
ResponderExcluirE, nesta segunda quinzena de dezembro, algum serviço de streaming certamente oferecerá, no seu “cardápio natalino”, a oportunidade para que esse filme seja visto ou novamente revisto.
“Apertando o replay de minhas memórias”, estou com a sensação que já fiz um comentário a respeito desse filme em uma de suas crônicas de outros carnavais, ou de outros natais...
Mas como estamos vivendo ares natalinos, eventuais repetições são perdoáveis, não é mesmo?
Luiz Andreola
Eu também nunca fui um (como dizer?)… um freguês de cinema, nunca fui. Se muito — tirando as idas com os filhos pequenos para ver filmes infantis —, devo ter ido, no máximo, vinte vezes a uma sala de projeção, em todos esses 56 anos de sonho, de sangue e de América do Sul. Sempre optei pelo prazer solitário da leitura (livros que, diga-se, muitas vezes viraram filmes). E agora estou com o filho mais velho fazendo cinema. Dorme e acorda pensando em filmes. Assim, após uns sete anos sem pôr os pés numa sala de exibição, fui assistir com ele ao maravilhoso “Ainda Estou Aqui”. Dois meses depois, ainda estou aqui chorando.
ResponderExcluirInteressante como você bota todos nós pra refletir, Hayton!
ResponderExcluirLembro de tantos filmes que já utilizei pra tentar provocar reflexões em alunos! O primeiro deles foi Conrack, com o grande ator Jon Voight, que pra algumas pessoas ficou reduzido a pai da Angelina Jolie.
Ainda não vi e vou ver urgente o filme da sua crônica de hoje. Talvez me ajude a superar um certo ranço que tenho da época de Natal e que até hoje não sei explicar.
Talvez seja pela decepção de constatar que temos tanto potencial de humanismo que aflora nesse período e que, lamentavelmente, não vigora o ano inteiro. Também não consigo entender por que!
Estimado Hayton quando vejo esse frase :
ResponderExcluirJá é Natal, de novo!
Vem à memória quando o profeta Isaías escreveu há 701 anos antes de Cristo, ou seja, aproximadamente, 2.701 anos.
O nascimento e o reino do Príncipe da paz ✌️
“6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;
7 para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.”
Isaías 9:6-7 ARA
https://bible.com/bible/1608/isa.9.6-7.ARA
Nunca assisti A felicidade não se compra, mas já estou procurando nas plataformas. Uma dica valiosa nunca deve ser desperdiçada. Obrigado, Hayton.
ResponderExcluirObrigado pela crônica, Hayton. A época do Natal tem o dom de aflorar a nossa humanidade e crer que podemos ser melhores.
ResponderExcluirUm Natal de paz a todos e um forte abraço.
Gradim.
Almejamos-lhe um feliz Natal e um 2025 repleto de:
ResponderExcluirFé, paz, amor, graça, esperança e sabedoria na tua vida e dos seus familiares.
Estensivel aos demais colegas que participam, semanalmente, desse seu maravilhoso Blog com edificantes mensagens.
Forte abraço.
Que Deus nos abençoe
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”
Filipenses 4:7 ARA
https://bible.com/bible/1608/php.4.7.ARA
Verdadeiro presente de Natal essa crônica, gratidão de leitora. Época de reflexão sobre o que fizemos ou deixamos de fazer durante todo o ano que termina.No novo ano, mais uma oportunidade de fazermos o bem, seguindo o exemplo de Jesus. Feliz Natal para todos leitores e para você, Magdala e toda a família.
ResponderExcluirNatal tornou-se uma data tão forte que, mesmo os que não acreditam, comemoram-na. Força reencontros, revisa inimizades, atualiza saudades, e provoca uma lista enorme de promessas, maioria não se realiza... mas volta no ano seguinte e tudo se reinicia. Pelo menos os corações recebem afagos, muitos, às vezes, extremamente carentes. É o poder de revigorar a vida. É Natal...
ResponderExcluirGrandes recordações trazidas a tona por essa crônica de hoje! Que Deus te dê inspiração para continuar nessa sua missão das quartas feiras.
ResponderExcluirFeliz Natal
Caro amigo Hayton, boa tarde!
ResponderExcluirMuito show, parabéns!
Seu texto transmite a mágica do Natal e a importância das histórias em nossa vida, destacando como momentos e filmes podem nos fazer refletir sobre nosso impacto no mundo. Você relembra o filme *A Felicidade Não se Compra* e como ele influenciou sua vida e carreira, fazendo todos questionarem seu próprio propósito.
Você menciona a rápida passagem do tempo e como é importante revisitar nossas memórias para escrever novos capítulos da nossa história. Seu texto é uma bela reflexão sobre o tempo, a memória e o significado das histórias que nos moldam. Parabéns por capturar tão bem o espírito do Natal!
Desejo para você e seus familiares um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de amor, paz e realizações 🎄✨
Abraços,
Ulisses e Família UMGA
Deixou um espaço pra eu assinar esse comentário, Nelza? Só me faltavam as palavras. Em todas as crônicas o autor faz isso. Já se tornou crônico!
ResponderExcluirNo primeiro instante ao pensar no Natal, me vem a imagem de Jesus menino. Somente isso já me fala de muita coisa. Coisas essas que me vêm da infância. Havia visivelmente uma cor de festa dentre meus familiares e vizinhos. Porém o que toda criança quer nesse dia, além de brinquedos, são as guloseimas e bolos. Nada disso acontecia na minha casa. Porém, as festas natalinas à época, eram a grande expectativa: a chegança, o pastoril , baianas, etc. Tudo me vem trazendo um cheiro de saudade e um halo de melancolia
ResponderExcluirQue delícia de texto.
ResponderExcluirObrigado, caro Hayton.
Natal é, antes de tudo, um estranho sentimento que nos faz refletir sobre vários cenários em que somos inseridos, muitas vezes involuntariamente, talvez guiados pela força da fé e, por isso, motivado a experiências que nos fazem sentir que não estamos isolados e que, ao nosso redor, existe vida, existem carências e muito o que fazer para tornar a humanidade mais feliz...
ResponderExcluirParabéns por mais uma belíssima crônica.
ResponderExcluirMarcos André
Crônica profundamente humana e reflexiva, Hayton.
ResponderExcluirO tipo de texto que nos faz querer revisitar nossas próprias “fitas empoeiradas” e pensar sobre o roteiro que estamos escrevendo para o futuro.
Um verdadeiro presente literário para esta época do ano!
Muito obrigado!
Que o seu Natal seja repleto de alegria, paz e momentos especiais junto às pessoas que você ama.
E que o ano novo venha cheio de novas histórias para viver e contar.
Forte abraço!
Estimado Hayton. Ainda não tive a felicidade de conhecê-lo pessoalmente, o que espero ocorra amanhã, ou antes se assim for determinado, no nosso jantar. Sou um admirador de suas crônicas, contos ou qualquer coisa que você escreva. Não é exagero os elogios que lhe fazem. Você é um fora-de-série. Para nosso gáudio, que Deus lhe mantenha vivo por muitos anos. Precisamos continuar lendo, ouvindo ou lá o que seja, mas que seja bom. Um abraço.
ResponderExcluirBem, eu mesmo considerei-me anônimo - sou velho produto da datilografia - mas assim sendo, chamo-me Neyder Santa Maria,
ResponderExcluirO Natal tem a estranha mania de apertar o botão de replay de nossas memórias mais profundas exatamente para sacudir as camadas adormecidas da consciência e convidar-nos a repensar relações, escolhas e até a nossa conexão com o Universo. Ótima crônica! Neste Natal, celebremos com muita alegria o nascimento do Menino Jesus e que o espírito natalino nos traga a fé inabalável dos que acreditam em um novo tempo de paz e harmonia. Feliz Natal!!!
ResponderExcluirMeu caro amigo, parabéns pela excelente mensagem natalina que nos remete a reflexões importantes em nossas vidas.
ResponderExcluirCrônica saborosa, leve e profunda!
ResponderExcluirÉpoca de ver/rever os filmes que realmente contam. E de seguirmos encenando o único em que somos protagonistas.
Seu jeito peculiar de nos convidar a revisitar o passado, de buscar as lembranças, fez com que uma imensa "nuvem de poeira da memória" se levantasse de repente, de um jeito que eu não esperava. Boas ou más, alegres ou tristes, com emoção ou sem emoção, natais com ou sem presentes, as lembranças foram chegando, à medida que a tal "nuvem de poeira" foi baixando. Não seria possível falar de todas elas e não ficaria completo, se deixasse alguma para trás. Então, desta vez, vou apenas contemplar. Reler e relembrar, tomando o cuidado de passar incólume por esse campo minado, que são as lembranças, e ao mesmo tempo providenciar para assistir e confirmar que "A Felicidade Não Se Compra"! Feliz Natal a todas e a todos!
ResponderExcluirCinéfilo fui pela atividade artística de ser zabumbeiro, recebendo cache de entradas para o cine cassino no Crato CE.
ResponderExcluirAção do cinema na mente humana é extraordinária, pois como sonho nos remete avaliar novos valores e atitudes, o que legítimo com meus caminhos na vida.
Lembro 3 filmes bastantes expressivos na minha vida: Horizonte Perdido, Irmão sol Irmã lua Love story, este último meio que prenunciando minha vida.
Obrigado pelas lembranças textuais.
Parabéns.
Abraço e Feliz Natal.
Que maravilha ! Você nos surpreende a cada quarta feira com seus textos. Não vi o filme, vou tentar resgatar. Feliz Natal!
ResponderExcluirMaravilhosa e bem oportuna crônica! Considero o Natal uma festa um tanto melancólica. Vou tentar assistir o filme que você cita.
ResponderExcluirNatal. Quem inventou talvez nem imaginasse que causaria emoções tão diferentes.
ResponderExcluirConheci o Natal após o nascimento dos meus filhos. Passávamos os Natais em casas de parentes e amigos, com a tradicional troca de presentes.
Até que um dia, meu filho mais velho nos reuniu e disse que deveríamos ter o nosso próprio Natal, na nossa casa. Pois Natal é a celebração da família.
Todos concordamos, mas num dia 16 de dezembro, pertinho do Natal, Deus o chamou para comemorar com Ele. A tradição ficou, hoje comemoramos juntos, mas sempre sabendo que ele está ali conosco.
Já é Natal de Novo! E quantos filmes vimos e quantos vivemos e tudo isso é a nossa história de vida. Nessa bela crônica, tão própria para o momento, vejo o seu amor pela nossa Bahia e sua passagem por aqui deixou boas impressões, liderança com humanidade.
ResponderExcluirA resposta pra sua pergunta é:
ResponderExcluirSim! Gostei demais de sua crônica. Primeiro porque gosto do Natal. Lembro do meu pai, de minha mãe, mesa farta, presentes e família reunida! Segundo: sou cinéfilo inveterado. Desde muito cedo! Os primeiros filmes foram de Roberto Carlos, depois vieram desenhos animados, os Embalos de Sábado à Noite, Grease, os Trapalhões, ET, Star Wars, Sociedade dos poetas mortos, De volta pro futuro, etc, etc… Já fui a festa de aniversário em cinema, assisti final da Champions e do Super Bowl. Tenho muitas lembranças boas de namoro, de ver filme com filhos, sobrinhos e netos! Prefiro cinema à TV. A magia da sala escura, olhos e coração atentos, com som vindo de todos os lados e tela grande.Tudo isso pra mim é imbatível. É diversão da boa, com direito a gargalhada, lágrimas, sofrimento e alegrias. As vezes tudo acontecendo em duas horas, num só filme.
Obrigado amigo pelas boas lembranças!
Beto Barretto
No momento em que leio a sua crônica estou na estrada retornando ao sertão alagoano para passar o Natal na casa de minha mãe, já há alguns natais sem a presença do meu pai.
ResponderExcluirOs cinco filhos estarão todos lá, onde nascemos e vivemos a infância e parte da juventude.
Aí esse texto tocante, cheio de doçura saudosa, faz essa viagem de retorno às minhas origens tornar-se ainda mais preciosa.
E o cronista ainda traz para o texto essa película inesquecível para mim. Até hoje, passados anos desde as video-locadoras (sim, claro que tivemos essa tecnologia fantástica de levar o cinema para casa), fiz vários “seiris” em casa e até hoje nunca tive coragem de me desfazer da coleção fantástica da Folha - Melhores filmes do século XX. E lá está A Felicidade não se Compra.
Voltando aos natais de antigamente, aos natais de minha infância, revejo as idas à igreja para a Missa do Galo, depois da missa assistir ao Pastoril (minha mãe sempre foi do “encarnado”) e ao Reisado. Depois íamos comprar castanhas de caju açucaradas para fechar a noite. Depois, dormir. Nunca tivemos árvores de Natal, mas presépio. E também nunca tivemos Papai Noel nem presentes. Ganhávamos era roupa nova: a única do ano, a roupa de “sair”, que só iria ser substituída no próximo Natal.
Obrigada, Hayton, por mais essa bela viagem. Um Natal de muita beleza para você e sua família, desejo extensivo a todos os colegas leitores que, como eu, são agraciados com seus presentes literários semanais.
Mais uma excelente crônica, um presente 🎁 de Natal maravilhoso. Obrigada, Hayton.
ResponderExcluirNão me atrevo a me intitular uma cinéfila, mas gosto muito de filmes, séries, peças teatrais. Enfim, sou fã da arte dramática. Creio que assisti, ao longo dessas 6 décadas, uma boa quantidade desses, perdi as contas. Amo histórias, sejam reais ou ficcionais. Hoje, além dos telões sou uma consumidora voraz de streaming. E sou daquelas que gosta de sair do cinema ou do sofá e ficar horas ou até dias ruminando e digerindo o filme. Não sou muito fã de filmes de ação, com muitos efeitos especiais que não me prendem a atenção e, ao mesmo tempo, eles vêm tão processados que me causam indigestão. Gosto de sair incomodada e/ou encantada.
Fui assistir, na pré-estreia, "Eu ainda estou aqui" e senti um enorme orgulho por ser brasileira e em ver uma obra nacional como aquela, seja em roteiro, elenco, direção, fotografia, enfim... tão bem construída e com uma mensagem tão forte. Um filme histórico que ficará para a história, sem dúvidas.
E o Natal tem muito dessa coisa de passar o nosso filme do ano, da vida e, principalmente, da nossa infância. Dezembro é um mês muito interessante que traz esse sentimento de conclusão de um período e, ao mesmo tempo, abre uma janela de esperança para um ano que está por vir, com muitas possibilidades. É como o fim de temporada de uma série de TV. A gente conclui a temporada avaliando sobre, como bem nos lembra Simone, E O QUE VOCÊ FEZ? mas temos um novo tempo se iniciando, novos episódios a serem escritos e assistidos. E a gente agradece, faz promessas, assume compromissos, estabelece objetivos e metas. Como se estivéssemos a fazer um balanço. Natal, para mim, vai muito além do religioso, é uma oportunidade de avaliação, reflexão e crescimento. E, lá vamos nós para mais um convite a seguir a nossa história, construída por tantos natais vividos e por outros tantos a viver.
Creio que o stream veio substituir o cinema. O frio abusivo do ar condicionado, está entre os fatores que me afastaram do cinema. Fui cinéfilo desde os 8 anos justamente porque meu tio Maurino tinha uma sala de cinema em União dos Palmares. Desde então frequentava o cinema quase diariamente. São Luís, Ideal, Lux, Rex sempre tinha um filme novo.
ResponderExcluirHoje continuo assistindo filmes ou séries na TV. O vício foi apenas transferido. Mais do que chocolate!
Outra crônica excelente! Parabéns Hayton! Tá terminando o ano com a mesma inspiração que começou! 👏
ResponderExcluirResisti um pouco a comentar essa crônica, por quase uma birra, confesso.
ResponderExcluirÉ que há muito tempo deixei de me manifestar sobre o Natal.
Com todo meu respeito a opinião divergente da minha, tenho quase uma cisma com a data.
Fico meio encucado, quase deprimido, ao observar a mudança de comportamento das pessoas. Muitas, que durante todo o ano são absolutamente insensíveis à brutal desigualdade entre nós, seres humanos, às vezes mais que insensíveis, perversas até, de repente se transformam em quase generosas, mas, por acreditarem que aí "compram" um crédito junto ao consagrado aniversariante, voltando ao procedimento costumeiro tão logo passem as emocionadas comemorações, emoções. Realmente, isto me faz quase recolher-me nesse período.
Longe de mim a pretensão da perfeição, de ser melhor que alguém, até muito pelo contrário, reconheço que preciso aprender, evoluir muito, num nível talvez inalcançável, pra eu mesmo me sentir tranquilo, certo de que conquistei aquilo por que lutei.
Por fim, reitero aqui minha admiração por você, não só como um brilhante cronista - isto, mais que consagrado, já, por todos que transitam aqui
Mas aceito críticas, até indignação de quem ache uma insensatez esta minha postagem.
Por fim, pra não dizer que não falei de flores, confesso minha condição de cinéfilo quase dependente. Sou tão obcecado pela arte, que quase resisto a assistir na TV - faço-o vez por outra -, quero estar no cinema, na penumbra da sala e sem voz ou movimento de alguém, da plateia, como pode acontecer em casa, pra que possa me sentir como espectador da cena, também participante da história.
Você não para, mexe no recôndito de nossas almas pecadoras...
Não tive a oportunidade de assistir a " A felicidade não se compra" , mas fica a dica.
ResponderExcluirQue o Natal, em lugar de ser apenas uma data, seja um estado de espírito a nos orientar a vida, permanentemente.
Feliz Natal pra todos!
Feliz Natal !!!
Caro eterno chefe e amigo, essa crônica foi um lindo presente de Natal que vc nos deu. Sensacional!
ResponderExcluirLembro muito bem da reunião de gerentes na Superintendência quando você exibiu esse filme para nos provocarmos. Esse momento reforça minha admiração e carinho pelo "chefe" Hayton.
ResponderExcluir... nos provocar ...
ExcluirFeli,z Natal para toda sua família. Boa tarde com Jesus.
ResponderExcluirDepois do que o Hayton falou sobre o filme "A Felicidade Não se Compra", estou procurando incessantemente onde consigo assisti-lo. Mas está perto! Abraço do Emilton
ResponderExcluirEu sou um daqueles que se encontravam no auditório da Super-BA quando você pediu para projetar o filme. De fato, um impulsionador para o que o time do BB na Bahia faria com as crianças assistidas pelo BB Educar (com o apoio da Fenabb, liderada pelo Sérgio Riede), pelo jovens e adultos alfabetizados à luz do programa BB Educar (com a assistência da FBB, que tinha à sua frente Heloísa Oliveira) e pelos pronafianos que passaram a ter uma maior assistência do BB. Bela inspiração e lembrança, meu amigo Jurema!
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