quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

O peso e a graça de um nome

Nomes são mais que palavras assentadas no Cartório de Registro de Pessoas Naturais. Eles carregam histórias, sonhos e, às vezes, confusões. Podem ser fardos, heranças ou até inspirações. Por isso, quando uma amiga me perguntou de onde vinha "Hayton" (leia-se “ái-ton”), fui levado a refletir sobre as camadas que um nome transporta e as surpresas que ele pode esconder.

Ilustração: Sidney Falcão

 

Meu nome, na verdade, é um sobrenome de origem anglo-saxônica. Foi escolhido por meu pai em homenagem a um inesquecível amigo que o orientou no início da carreira profissional. Parece leve, mas imaginem o peso das acrobacias linguísticas das pessoas que precisaram me chamar. 


No primeiro dia de aula, por exemplo, era sempre um desfile de variantes fonéticas: “Ail-ton, Ei-ton, Rai-ton, Rei-ton, U-áite...”. Tudo, menos "Ái-ton". Se aquele dito popular  "Mate o homem, mas não troque o nome"  fosse levado ao pé da letra, eu já estaria morto. No entanto, bastava uma breve explicação. Hoje, dou risada das confusões, mas reconheço: um nome não é só letras e sons; é um mapa em constante atualização, com caminhos traçados pela história pessoal e coletiva.

 

Por falar em história, dias atrás me deparei com uma intrigante. Fábia Godoi, influenciadora com 70 mil seguidores, viralizou ao compartilhar um "drama" de família: seu marido registrou a filha com um nome nada convencional. Em vez de “Alice”, ele voltou do cartório com “Alici”. Entre indignação e risos, o vídeo atingiu dois milhões de visualizações, e Fábia desabafou: “Quando ele chegou com o papel, quase tive um treco!”. Confesso que não entendi. Afinal, se “Fábia” e “Alici” são nomes igualmente exóticos, de onde vinha tanto espanto?

 

A ARPEN Brasil (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais) revelou à revista Exame, no final do ano passado, uma lista com alguns dos nomes mais curiosos já registrados nos cartórios tupiniquins. Entre eles, Aeronauta Barata, Chevrolet da Silva Ford, Dolores Fuertes de Barriga, Esparadrapo Clemente de Sá, Maria Privada de Jesus, Necrotério Pereira da Silva, Pacífico Armando Guerra e Renato Pordeus Furtado não deixam dúvidas: a criatividade dos pais brasileiros não tem limites.

 

Embora essa criatividade nos nomes seja livre, há uma lei que limita escolhas extravagantes. Felizmente, quem deseja mudar seu nome pode fazê-lo diretamente em um cartório. Mas é necessário ser maior de idade e arcar com uma taxa, que varia entre R$ 100,00 e R$ 400,00, dependendo da região.

 

Penso no meu próprio legado familiar. O sobrenome “Jurema” vem de minha mãe, uma cabocla paraibana por quem meu pai se apaixonou, na metade do século passado, ouvindo "O Cantor das Multidões", Orlando Silva. De origem tupi-guarani, ecoa raízes indígenas, evocando uma planta espinhosa usada em rituais e uma guerreira venerada na Umbanda. Já o “Rocha”, herdado de meu pai, sugere firmeza – algo que, ironicamente, nunca encontrei em mim. 

 

Posso imaginar a cena no cartório de Itabaiana (PB): meu pai, orgulhoso, registrando o segundo rebento da prole, primeiro homem. Além do nome, na época também se anotava a "cútis". No caso, ficou “cútis morena”. Anos depois, um querido amigo meu, de pele ainda mais escura, mostrou seu registro com ar gozador: “cútis branca”. Minha mãe, espirituosa, rebateu: “Ôxe... Pelanco de urubu também nasce branco!”. Esses rótulos de pele, assim como os nomes, são tentativas de simplificar algo bem mais complexo e mutável: nossa identidade.

 

Meus pais poderiam ter surfado naquela onda bem brasileira de misturar os próprios nomes, “Agostinho” e “Eudócia”, para batizar os nove filhos. Que tal "Eutinho" para mim? Seria overdose para mamute! Talvez “Agostócia” até agradasse uma de minhas irmãs. Felizmente, foram por outro caminho, e assim botei o pé no mundo com um nome, digamos, diferente.

 

Já meu irmão Hélder teve mais sorte: foi batizado em homenagem a Dom Hélder Câmara, um nordestino indicado algumas vezes para o Prêmio Nobel da Paz, defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar. Um peso histórico que ele, por escolha ou acaso, nunca se esforçou muito para honrar politicamente. A verdade é que isso acontece com mais frequência do que se imagina. Nem sempre o nome inspira o legado.

 

Com o tempo, aprendi a aceitar as confusões em torno do meu nome. 

 

"Deixando a profundidade de lado (palavras do sábio cearense Belchior)", eu vos direi no entanto: nomes são etiquetas temporárias. Servem apenas de tiro de partida para a grande correria, dando pistas sobre de onde viemos, mas não nos definem na fita de chegada. 


O que fica não são letras nem sons, mas as marcas que deixamos na memória de quem cruzou nosso caminho na divina comédia humana escrita por todos nós.

68 comentários:

  1. Em Ibotirama-BA, Jônatas Andrade Porto (farmacêutico) decidiu criar uma nova família com sobrenomes pra lá de exóticos. Observe a curiosidade como registrou cada filho:

    AID Lux Lex
    BID Lux Lex
    CID Lux Lex
    DID Lux Lex
    EID Lux Lex (filha)
    FID Lux Lex
    GID Lux Lex

    Tá bom pra você?

    Conheci os dois (pai e mãe, Jônatas e Francisca).

    Quando eu contava isso no trabalho, pensavam que eu estivesse de brincadeira!

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    1. Adultos, só revi o Cid, tempo atrás.

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    2. Haydee Jurema da Rocha4 de dezembro de 2024 às 07:02

      Gostei do nome da primeira! Simplificou...rsrsrsrs

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  2. Ademar Rafael Ferreira4 de dezembro de 2024 às 05:09

    No meu caso graças a intervenção dura da cartorária não cometi o "desatino" de registrar minha filha Raissa, que nasceu em Barbalha-Ce como "Raiça". Meu gesto era unificar a homenagem ao nome russo com "ç" cearense - extraído de Padim Ciço.

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    1. Além da titular do cartório, vai ver Padim Ciço poupou a criança da doidice paterna!

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  3. Vamos tratar logo agora
    Duma coisa importante
    Do nome dado às pessoas
    Um assunto palpitante
    O nome é pra toda a vida
    Acompanha e dá guarida
    Identifica o bastante.

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  4. A criatividade na hora de escolher um nome para um filho parece não ter limites. A cada dia, a imprensa nos surpreende com novas pérolas que saem dos cartórios. Já vimos nomes inspirados em marcas de carro, como você lembrou, comidas exóticas, lugares distantes e até conceitos abstratos. Antes de 1973, quando foi editada a lei proibindo o registro de nomes que exponham as pessoas ao ridículo, eram comuns os nomes estranhos . A imprensa noticiou, certa feita, nomes estranhos, e dentre eles apareceu "Amazônia Rio do Brasil Pimpão" e “Lança Perfume Rodometálico de Andrade". Mas por que as pessoas escolhem nomes tão inusitados? Será que é para chamar a atenção, para ser diferente ou simplesmente por falta de inspiração? O fato é que esses nomes acabam virando notícia e gerando debates sobre os limites da liberdade na hora de escolher um nome para um filho. Como você disse, um nome acompanha uma pessoa por toda a vida e será um fardo para a pessoa ter que passar a vida toda explicando o que significa o nome .

    Por isso, é fundamental pensar bem antes de tomar essa decisão. Afinal, ninguém quer que o filho passe a vida explicando o significado do próprio nome. Excelente e divertida a sua crônica. Parabéns.

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    1. Conta-se que Valdenice Nunes, mãe do youtuber Whindersson Nunes Batista, incomodada com as múltiplas formas como seu filho era chamado na escola em Palmeira do Piauí, no final dos anos 90, resolveu pendurar no pescoço da criança uma pequena tábua com seu nome. Não dei outra: até os 18 anos, quando ganhou fama nas redes sociais, era conhecido “Tabuleta”. Pior: os repentistas da região viam no apelido do moleque uma rima poderosa para seus improvisos.
      Não acredito nisso, mas…

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  5. Meu sogro chamava-se Osório e a minha sogra, Ivete.
    Ele era doido pra ter um filho homem, acho que para chamar de Osório Filho, mas Deus não lhe deu essa graça no relacionamento com Ivete.
    Teve quatro filhas.
    Orivete, Orivonete, Ozanete e Maria das Graças.
    A minha doce Gal se salvou porque, acometida de uma doença assim que nasceu, dona Ivete fez uma promessa a Nossa Senhora das Graças em troca da salvação da filhinha.
    Como Gal sobreviveu ficou a homenagem.
    Salvou-se por um triz!

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  6. Só descobri meu nome correto aos dezessete anos e meio de idade.
    Sempre que mudava de escola e precisava de uma certidão de nascimento esta vinha com um nome diferente.
    Ora Maurílio e às vezes Maurilho.
    Permanecia a dúvida cruel.
    Quando ia me alistar, tirar identidade, título de eleitor, resolvi me deslocar de Mundo Novo para Tapiramutá para verificar o assentamento no livro onde fui registrado.
    Dona Clarice, muito amiga da minha mãe, disse que eu não precisaria ter ido pois ela poderia mandar a certidão como sempre havia feito.
    Imagine o meu constrangimento para explicar o motivo...

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  7. Sempre fui curioso para prenomes exóticos, esdruxulus.
    Antigamente, uma fonte de informação eram as publicações dos aprovados em exames de vestibular, quando o ensino superior no Brasil era levado a sério.
    Recordo que na região do São Francisco, determinado pai registrou um filho com o espantoso nome de Um Dois Três de Oliveira Quatro.
    Em Minas Gerais, da safra de políticos do PSD gerada no período pós deposição do ditador Getúlio Vargas, havia um deputado federal que fora registrado com o nome de Último de Carvalho. Havia sido o último varão de uma prole com mais de 10.
    Tive um colega de escola primária cujo pai colocara José como segundo nome nos filhos homens, que registrou o caçula como José José dos Santos.
    Se puxar pela memória, sairá outros.
    Bom dia.

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  8. Ah! Eu sou do nome misturado da mãe com o pai. Era moda. Minha mãe é Euzira e meu pai era Jesualdo. Mas meu avô, me colocou um apelido no dia que nasci para que eu fosse jogador de futebol: Vivi. Já gerente do Banco, um colega me diz que nem minha mãe me conhecia como Euzivaldo. Então resolvi oficializar o Vivi e eis o que diz o juiz em palavras outras: ...nem eu que convivo no social, há anos, o conhecia como Euzivaldo. À tempo: O SeuVivi é só para evitar anúncios de lingerie.

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  9. .
    Minha mãe foi oficial do Registro Civil em Riachão das Neves, de 1955 a 1987.

    Dentre outras loucuras paternas, teve registrar um indivíduo recém nascido como Cheque-Espeare, segundo o paizão em homenagem a Shakespeare. Que, para evitar problema com a pronúncia, foi imediatamente apelidado de PEARINHO, vive lá até hoje, o agora Senhor PEARINHO.
    .
    Em Nova Soure, me deparei com um cliente da CREAI chamado Cretino dos Santos Pereira. Aí fiquei matutando. Foi muita cretinice do genitor.
    .

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    1. Quase cheque -especial. Seria um excelente bancário.

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  10. Boa Hayton, com leveza e bom humor a crônica mostra alguns nomes excêntricos e exóticos que geram graça, trocadilhos e muito bullying na escola.
    Creio que a turma dizia: Olha aí o tom; aí tem tom...🤣😂
    Em casa foi parecido. Meu avô, mineiro com 16 filhos resolveu dar três nomes exóticos. Meu pai Oceano, um tio Vênus e outro Trajano, demais tudo normal.
    Mas nome bom é aquele que perpetua na família, veio o Oceano Júnior (eu) e depois o Oceano Neto(meu filho). Não consegui emplacar o nome de uma filha, que seria Oceania, hoje ela pergunta quem não deixou, pois gostaria de ter este nome. Ainda tentei com a Neta, mas prevaleceu Marina, mas lembra o mar.
    Ao falar meu nome sempre gera dúvidas: Luciano? Ciano, ... Daí ja falo logo: Oceano, é só lembrar do atlântico, pacífico, etc... Sou um marzão de pessoa.🤣🎯
    Simbora rumo à próxima quarta.🤝

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    1. Pois é, meu amigo. Se algum gaiato perguntar se você se sente velho, pode responder com absoluta segurança: “Velho é o mar; ainda assim, continua cheio de onda(s)…”

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    2. Na escola quando começava a gaiatice, eu falava:
      Meninas venham nadar no oceano e estarão salvas. Referindo ao nome Oceano Salvador.😂😂

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    3. Pelo visto, o mar revolto aquietou-se. O perigo é esse tal de aquecimento global que tá aí…

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    4. Rapaz, os trocadilhos ficaram perigosos. Com o derretimento das geleiras ficaram aquecidas as ações por assédio aos tsunamis de bom humor.🤣🍾

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  11. O meu nome- Nelza- até hoje acho que é por conta de meu pai ser Nelson. E na minha certidão consta “primeira do nome”. Mas, pior é quando o sujeito se chama Corbulon e resolve trocar para Bruno e ele é funcionário do Banco com matrícula “acoplada” a ordem alfabética e chega alguém no setor de informações procurando o funcionário Bruno. O menor-estagiário procura na relação, na letra B e não encontra. Ai pergunta ao chefe; “quem é Bruno?” E lá vem a resposta: é o Ex-Corbulon. Ficou pior! Nelza Martins

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  12. Eu calado já estou errado WANGER

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  13. Esse tema é muito bom. Essa crônica tem o poder de relembrar e recontar muitas histórias na memória da gente. Penso que cada um dos leitores poderia lembrar dezenas ou centenas de casos memoráveis.
    Um muito engraçado tenho em vídeo numa cena entre Matheus Nachtergaele e Edmilson Silva numa viagem de ônibus urbano. O personagem do Matheus pergunta sobre a origem do nome Bruciuilis. Bruci responde que o pai adorava filme de ação. Então batizou os filhos com nomes Briciulis, Chuquinoris, Charlisbronso e Vandami.
    — A caçula é a Mel.
    — Melissa?
    — Não. Melguibsa

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  14. Cadorna,se tivesse um filho dizia que uria colocar o nome de Cadorna III.Fizemos um acordo, se fosse menina eu decidiria e aí nasceu a Carolina,bem simples e lindo.E ainda queria boicotar e colocar,Zuleide Maria.Meu santo é forte e minha linha direta é com Deus.Tive que bater o martelo e decidir.Hoje a minha filha,agradece

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    1. E se a coitada tivesse umas pintinhas nas bochechas, pode ter certeza: na escola seria carinhosamente chamada de “Codorna”. Ô povo infeliz pra gostar de bulir com os outros…

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  15. Muito bom. Li e corri pros comentários! Hilarios. Taí, "Hilário" poderia ser um bom nome para Registro de Pessoas Naturais! A propósito, existe registro de pessoas Sobrenaturais? Frankenstein, Dracula, Mula sem cabeça, ET de Varginha, Papafigo, Michel Temer...

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  16. Tínhamos um colega que às vezes o chamava de "inventor", de nome Aurelídio e a esposa Ninfa. Usando a sua criatividade na junção dos nomes paternos, as filhas foram assim registradas: Aureninfa, Aurerininfa e Ninfaura.

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  17. Pois é... Na minha cidade havia a dona "Avenida* e seu "Amante"... Mas tem muitos casos em que são incluídos detalhes nos nomes que são úteis: Segundo de Oliveira Quatro, por exemplo. Ou o caso de um conhecido e colega que tem apenas uma letra como nome: "L Santos". Dá para imaginar como são os nomes dos irmãos...

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    1. FRANCISCO OITAVO PINHEIRO FERNANDES5 de dezembro de 2024 às 17:25

      Sou o Francisco Oitavo Pinheiro Fernandes. Não sou o único Francisco, pois foram 17 "franciscos". E todos os outros foram a Segunda, ... o Sexto...o Sétimo... a Nona e o Décimo Sétimo para terminar. Alguma confusão já enfrentei. Alguns insistem em registrar Otávio para o Oitavo. A maior delas, quando não havia DETRAN na cidade onde morava. Encaminhei a documentação para a capital e quando recebi o documento do carro constava como proprietário: Francisco "Otávio" Pinheiro Fernandes. Entre irmãos e alguns amigos nos chamamos Sete, Oito, Dez, Quatorze...
      Tenho um amigo, ex-funcionário do BB, que se chamava Antônio Medeiros. Ficou conhecido, não sei a razão, por Antônio Galinha. Candidatou-se a vereador, foi ao cartório e registrou: Antônio Galinha de Medeiros. O crachá do banco era: ANTONIO GALINHA..

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  18. Hayton, com leveza, humor e também reflexões importantes que sua crônica “O peso e a graça de um nome” nos brinda, mostrando que o nome de registro é o nosso primeiro carimbo da vida, por mais simples ou criativo que ele seja, podendo ser de mau gosto ou não, provocando situações cômicas ou constrangedoras, arrancando gargalhadas ou impondo tristezas, o que realmente enaltece ao longo da nossa existência enquanto corremos na pista da vida, é o que você diz brilhantemente ao final da crônica, que são “as marcas que deixamos na memória de quem cruzou nosso caminho na divina comédia humana escrita por todos nós.”

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  19. Seu conterrâneo, Ariano Suassuna, conta um caso engraçadíssimo envolvendo nomes exóticos, com os quais se deparou numa sessão de autógrafos (algo como whenytta e Weydja rsrsrs).

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  20. Sicupira, o maior artilheiro da história do Athlético - e, para mim, o maior ídolo do Furacão -, foi jogar no Botafogo em 1967.

    Chegando em General Severiano, encontrou Nilton Santos que achou seu nome muito estranho.

    Sicupira disse que esse era seu sobrenome.

    Nilton Santos disse:

    - Porque, então, você não usa o seu nome?

    Sicupira respondeu que seu nome era Barcímio...

    E Nilton, a "Enciclopédia do Futebol", disse:

    Melhor continuar usando o sobrenome mesmo ...


    Luiz Andreola

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  21. Esse tema “nome” renderia um calhamaço de milhões de páginas. Até um nome muito comum, como Marcelo, rende histórias. Na escola, chegou um livro infantil, de título “Marcelo, marmelo, martelo”, que acabou com meu ano. Era todo mundo virando para mim e martelando: “Marcelo, marmelo, martelo”.
    Eu ficava possesso, queria ter um martelo em mão para bater em todo mundo.
    Quanto a Hayton, lembro que, já no dia de sua posse, na Super-BA, nós (Nucom) tínhamos que abrir um parêntesis e colocar, em negrito, letra por letra: H-A-Y-T-O-N).
    O sobrenome Jurema, que é também prenome feminino, é uma palavra muito bonita, sonora, vem da natureza.
    Uma mulher chamada Jurema já vem bonita até no nome.

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  22. Excelente crônica. Quem nunca cruzou pela vida, principalmente na nossa trajetória bancária, com nomes, no mínimo excêntricos. Parabéns Ái-ton

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  23. Ainda no primário, estudei com um colega cujo nome era Eueu. Nome oriundo do pai Eurico e da mãe Eurídice. Na hora de certificar presenca, toda vez que a professora pronunciava seu nome era uma confusão. Os gozadores de plantão gritavam: Eu? Aí outro dizia" eu, não". Cansado de tanta gozação Eueu mudou de nome depois que completou maior idade.

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  24. Dos nomes exóticos que já vi e convivi, Tilgathpilnezer é o mais incomum de todos.
    Tilga, como era conhecido na escola, é irmão de minha amiga de infância (que, assim como seus demais irmãos, receberam nomes clássicos: Carlos, Carla e Cláudia).

    Um tanto excêntrico, é verdade. Mas não para por aí:

    Tilgathpilnezer “Neto” herdou de seu avô o nome extravagante. E seus “tios-avôs” vieram no embalo:

    Holophenes
    Zurremio
    Azelopone (essa era uma mulher)

    Exóticos, não! Além!

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    1. Indubitavelmente, os nomes deste comentário ganhariam qualquer concurso de excentricidades na categoria. Fiquei matutando de onde pode ter surgido um deles e lembrei de uma cerveja de El Salvador, PILSENER, que talvez o pai quis homenagear e, no cartório, houve uma pequena inversão. Única explicação plausível! 🫢🤣

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  25. Excelente texto e assunto palpitante. Lembrei-me de quando comecei a exercer a função de caixa em Viçosa-Al, em 1974, manuseando aquelas "Fichas Gráficas" que ficavam atrás da bateria, deparei-me com o nome inusitado de um cliente: Olophenes Fernandes Lima (leia-se Olofenes). Mais tarde descobri outro cliente com o nome de Tilgatphenezer Fernandes Lima, não por acaso irmão do primeiro. Atendi os dois no meu caixa muitas vezes.

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  26. O comentário da Manuella Acima trás os nomes com as grafias corretas.

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  27. O nome diz muito, o legado diz tudo. PARABÉNS mestre Hay-Ton !!!

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  28. No meu livro de crônicas tem uma que falo dos nomes que coloquei nos meus filhos: “Em nome do pai”.
    Achei que estava abafando, mas eles enfrentaram várias situações embaraçosas por conta dos nomes: Ícaro Heron, Níckolas, Arion e Iandra.
    A crônica é uma espécie de pedido de desculpas.

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  29. Mais uma pérola pra nos divertir, fazer refletir e até encabular.
    Afinal, você desperta tanta atenção e curiosidade, que os comentários, também imperdíveis, parecem uma competição de singularidades, principalmente quando o tema da crônica tem uma abrangência tão espetacular como a de hoje.
    O que ainda vai aparecer de nomes exóticos, em próximos comentários, acredito, é inimaginável.
    A propósito, em uma condição bem leve, também eu tenho um nome que até desperta alguma confusão, às vezes.
    Sou Volney - há um Carlos antecedendo, mas parece já perdido no tempo, já que nunca me chamam por ele - como sempre sou tratado.
    Minha mãe, que o escolheu, ficara impressionada com um General francês, famoso lá em suas bandas.
    Só que aqui em Pindorama, há Volneys de todos os tipos e grafias = com W, com A, com I, com Y, enfim, uma confusão. Tivesse me consultado, eu teria pedido pra arranjar outro...
    Pior foi o que se chamava PE PEDRO DE SÁ SÁ - já registrei aqui em comentário sobre outra crônica. Pra conhecimento de quem não viu quando expliquei o porquê de nome tão exótico, vai de novo.
    Diz-se que quando ele revelou seu nome, ao tentar se inscrever pra algo em uma repartição pública onde era atendido, respondendo à indagação do atendente, que lhe perguntou se era GAGO, afirmou - NÃO SENHOR, MEU PAI QUE ERA GAGO E O ESCRIVÃO ERA UM FILHO DA PUTA...
    Perdoem a irreverência, não resisti.

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  30. E eis que Hayton, mais uma vez, está inspirando os escribas seus leitores!
    A leitura dos comentários parece coisa inventada. E quando se trata de nomes, o incomum e até o absurdo se aplicam como se fosse coisa natural.
    Também tomei conhecimento - e confirmada a veracidade tempos depois através do site do IBGE - da existência de um cidadão registrado como TOSPERICAGEJA. Sim, verdade.
    Homenagem de um pai louco por futebol e, na felicidade do tricampeonato de 1970, resolveu homenagear os seus ídolos: TOS (Tostão), PE(Pelé), RI(Rivelino), CA(Carlos Alberto), GE(Gerson) e JA (Jairzinho).
    Não tenho notícias de que o registrado tenha procurado cartório para modificar o nome.

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    1. É verdade e dou fé, Emília. Porém o nome correto e completo do original é TOSPERICARGERJA DA SILVA TORRES, cujo pai era juiz (de futebol) no Amazonas. Salvo engano, um segundo foi registrado da forma como você citou. Li isso em algum lugar.

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  31. Meu nome também já me causou alguns transtornos. Primeiro, quando seminarista, por Mazzini, italiano famoso por ser contra a igreja católica, fui chamado sempre de Antônio, meu segundo nome, era proibido de me chamar Mazine. Quase trocaram meu nome. Depois, já no meu trabalho, andando por cidades do interior, saia de tudo: Marxinho, Marzinho, Mazinho, Marzinio e até Mauzinho. Deixa o povo falar...kkkk

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  32. O sonho de papai era ter um neto e uma de nós, as filhas, colocássemos o nome de Joasdan. O nome dele é: José Assis Dantas. Não consegui realizar seu sonho, rsrs.

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  33. Lembro curiosamente de um pai que colocou o nome de “Um Dois Três de Oliveira Quatro” ( até soa bem aos ouvidos) ao seu filho.

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  34. Ótima crônica!! 👏👏
    Comentários muito interessantes tb.
    Meu nome foi decidido na adolescência de minha mãe. Por coincidência, posteriormente ela casou com um Carlos (Ruy), meu pai.
    O desejo de ter um Carlos Eduardo foi tanto que, desde muito cedo, na escola ou nos locais onde trabalhei, o *Bicca* (da minha mãe Elza) virou “meu nome”.
    Mas… Prestem atenção: *com Bê de bola e dois Cês_*, ok. 😂😂

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  35. Valdery Franco de Moura4 de dezembro de 2024 às 14:25

    Pois é, também sofro dessa crueldade com o nome, raramente o pronunciam corretamente. Para ser franco, nem sei sua origem, ou se tem. E ainda colocaram o mesmo nome no meu filho. Coisa de mãe. Afinal, fazer o quê?

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  36. Já no primeiro dia de escola a sala toda ja’ sabia meu nome:

    Antonio Carlos, Edson… ai a professora empacava: Antonio Pro… Pro… Propheta!

    Todo mundo ficava procurando o Propheta e quando me achavam era Propheta com “ph” pra lá, pra cá…

    Achava um saco, mas hoje também dou risadas…

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  37. Quando criança, sempre foi chique falar o nome do meu pai porque achavam que era gringo. Hayton Rock

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  38. Nomes, como bem citados no início da crônica, são mais que palavras assentadas no Cartório de Registro de Pessoas Naturais, porque carregam histórias, desejos ou sonhos dos pais que deram vidas aos seus rebentos. Quando o nomeado cresce as coisas podem tomar um rumo bem diferente do desejado pelos que os escolheram.
    Li, meses atrás, em uma revista digital, que há, inclusive, especialistas que cobram (e bem) para assessorar pais a escolherem nomes para os futuros filhos, tendo como premissa que eles (os nomes) soem "legais", no TikTok ou Instagram. João e Maria e tantos outros, comuns para muitos de nós, certamente estão ficando fora de moda desse universo midiático.
    Difícil acreditar que nomes rocambolescos, como tantos aqui citados, possam inspirar poetas a construírem belezas musicais, tal qual pode surgir com o simples nome de Luiza:
    "Rua, espada nua
    Boia no céu imensa e amarela
    Tão redonda a lua, como flutua
    Vem navegando o azul do firmamento
    E no silêncio lento
    Um trovador, cheio de estrelas
    Escuta agora a canção que eu fiz
    Pra te esquecer, Luiza".
    Salve Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim e nosso cronista das quartas-feiras, que deu o “tom” certo para mais uma beleza de narrativa!!!

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  39. Como uma profecia, o cantor e compositor maranhense João do Vale (1934-1996) compôs o Canto da Ema, eternizada na voz do cantor e seu conterrâneo, o paraibano Jackson do Pandeiro (1919-1982), em 1956.

    Veja esses versos:

    “A ema gemeu
    No tronco do juremá
    A ema gemeu
    No tronco do juremá”

    A planta espinhosa a que você se referiu é endêmica das regiões de Caatinga e é mais comum do que a gente imagina. Curioso é que a espécie se apresenta em duas versões: preta e branca. Delicadamente perfumada, sua florada é um deleite aos sentidos. A branca, também é chamada popularmente de “Rasga-beiço” por conta dos seus espinhos afiados. É comumente encontrada na beira de estradas, pois tem comportamento invasor.

    “A jurema-preta e a jurema-branca são árvores da família Fabaceae, com características diferentes e usos diversos:

    Jurema-preta
    A Mimosa tenuiflora é uma planta nativa do Nordeste brasileiro, conhecida popularmente como jurema-preta. É utilizada na medicina popular para tratar queimaduras, gastrite, úlceras da pele e inflamações. As suas flores são pequenas e brancas, reunidas em espigas isoladas.
    Jurema-branca
    A Mimosa verrucosa Benth é uma árvore que cresce em média quatro metros de altura. É cultivada em religiões de matrizes ameríndias e afro-descendentes no Brasil. A sua floração é feita por inflorescências axilares, com flores brancas e perfumadas.

    Ambas as espécies possuem na composição de suas cascas e raízes a dimetiltriptamina (DMT), uma substância psicoativa que é também produzida pelo corpo humano. A bebida ritualística feita da jurema é similar à Ayahuasca, também rica em DMT.”

    Seu sobrenome não é fraco não!!

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  40. O nome de meu pai é Petrucio, o de minha mãe é Rosivan e eu fui agraciado com o nome de uma cidade localizada na região da Galileia (Jezreel). Daí fica fácil imaginar a confusão na hora da chamada da escola, da recepção dos consultórios e laboratórios, etc.

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  41. Show! Adorei essa reflexão sobre os nomes e suas histórias.

    É incrível como um simples conjunto de letras pode carregar tanto significado e memórias.

    A forma como meu amigo Hayton descreve sua jornada com seu nome é tanto divertida quanto profunda, lembrando-nos de que, no final, o que realmente importa são as marcas que deixamos na vida das pessoas e a evolução que promovemos em nossa vida.

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  42. Era costume, no Interior, (não sei se ainda é), os pais procurarem inspiração para os nomes que dariam às suas filhas ou aos seus filhos, nas "Folhinhas" ou nos "Almanaques", que as lojas, principalmente as Farmácias, brindavam seus clientes, no início do ano.

    "Folhinha" era como eram chamados os Calendários de Parede. Tinham a característica de que, em cada dia, havia o nome de uma Santa ou de um Santo e, se o nome agradasse, era assim que o bebê era batizado. Mas, nada impedia, que fosse buscado um outro nome, na mesma "Folhinha". "Reza a lenda", que foi assim que minha irmã recebeu seu nome: "Venina".

    Já os "Almanaques" eram pequenas revistas, de assuntos diversos e curiosos, onde também eram contadas histórias, cujos nomes dos personagens inspiravam os pais a batizarem seus bebês.

    E foi o que aconteceu com aquela que estava "predestinada" a ser minha esposa, ainda que isto não fosse nem cogitado, à época... Seu pai e meu, à época, "futuro sogro", leu uma história em um "Almanaque" e gostou muito do nome da personagem: "Geldi". E foi assim que ela foi batizada.

    Quando a conheci, dezessete anos depois, achei o nome muito bonito e não tive a impressão de que ele era singular. Só com o tempo é que fui perceber que eu não conhecia mais ninguém com esse nome. Tão singular, que dá margem para ela ser chamada de vários outros nomes (Judi, Gedi, Geudi, Judite, Géldi...). Aí, a solução é soletrar, para as pessoas entenderem...

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  43. Rindo muito ...os comentários também muito engraçados e alguns inacreditáveis.
    Mas seu amigo também, SEMPRE erram , confundem com Wagner.
    Fazer o quê??? Sempre tem que corrigir. Kkkk

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  44. No interior, de tantos Antonio, José e Maria, e João, tende-se a denominar qual o Antonio, e o nome é logo substituído pelo apelido.
    Antõe Soldado, foi soldado de polícia a vida toda. Na hora de ir para reserva, foi promovido a Cabo, em benefício da aposentadoria. Mas, a tal patente não se adequou ao nome: Antõe Cabo, "eca!", não dá.
    A criatividade interiorana resolveu a bronca, e ele passou a ser chamado solenemente, de Cabo Antõe Soldado.
    Um mimo de nome de matuto.

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  45. Belíssimo o texto da semana, o que não é novidade. É uma inspiração permanente, badejo pela competência de redigir um texto todas as semanas e atender às exigências de seu imenso público leitor. Parabéns! Que continue sempre assim. Até a próxima.

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  46. Semanalmente nos deliciamos com estas crônicas bem elaboradas e criativas! rindo muito quando eu sempre falo para meus filhos colocarem o nome Francisco Canindé Neto e não sinto um retorno feliz.

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  47. Essa a alquimia do cronista!
    De matéria-prima banal, faz um produto delicioso.
    A profusão de nomes curiosos, agora ligeiramente cerceada pelos cartórios, é uma das riquezas do Brasil.
    Parabéns, como sempre!

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  48. Eu, como educadora voluntária de EJA, naturalmente, inicio as aulas no ano letivo com apresentação de cada pessoa e, costumo fazer uma atividade de contação da história dos nomes. Claro que inicio contando a história do meu nome que, pela vontade do meu pai, seria Semirames, ou Sabrina pela vontade da minha mãe. Não chegavam a um consenso, mas quis o destino que, já no nono mês da gravidez, assistissem a um filme com a Deborah Kerr e Robert Mitchum, O Céu é Testemunha e saindo do cinema, estava decidido: me chamaria Deborath, nome hebraico que significa abelha, segundo a bíblia, Debora foi uma profetisa e juíza de Israel. Não me perguntem o porque do "th" no final, isso foi arte do meu pai, mas existem outras com th. Esse sufixo me perturba bastante.
    Gosto do meu nome. Me identifico muito com ele. Depois descobri que tenho origem judia o nome se ajustou ainda melhor.
    Mas, trabalhando no Banco por 30 anos, tive oportunidade de tomar conhecimento de muitos nomes peculiares e criativos.
    Em Irecê, aprendi o que significava a expressão planejamento familiar, quando conheci um senhor que tinha cinco filhos: Primeiro, Segundo. Terceiro, Penúltimo e Último. Me arrisquei a perguntar como seria se viesse um sexto filho, como se chamaria? Ele tranquilamente respondeu: Não sei. Fato é que o planejamento tinha dado certo.
    Minha mãe se chama Maria Crizeuda Souza de Almeida, nome que nunca tinho visto antes, mas quando trabalhava como gerente de expediente me trouxeram um cheque avulso para fazer uma consulta a uma agência numa cidade do Amazonas, junto com o RG da sacadora. Minha surpresa foi descobrir que a moça era homônima da minha mãe. Como pode haver duas Crizeudas, e mais estranho ainda com o mesmo sobrenome. Pensei ser pegadinha, pedi para ver a moça e não é que era verdade? Quando mostrei pra ela o meu RG com o nome da minha mãe, ela não acreditava. Liguei para minha mãe e as duas conversaram muito surpresas.
    Nome é algo muito importante porque nós acompanha a vida inteira. Ninguém merece carregar um nome que lhe causa incômodo ou constrangimento. Felizmente, há a possibilidade de trocar de nome.

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  49. Carlos Alberto de Melo Marques da Silva5 de dezembro de 2024 às 19:55

    Ao ler seu texto brincando com o saudoso amigo Belchior, lembro do LP Medo de Avião, no qual o sábio brincou com as palavras e a literatura de tal forma que, as letras, sendo tão belas como o são, a rigor, dispensaram a música.
    Você, numa linha similar, costuma brincar com as palavras com uma habilidade tal que soam como música.

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  50. Nem vou falar que meu nome quase foi colocado como Alcione Vieira de Araujo. Graças ao representante do cartório e devoto de São Francisco de Assis, tenho a honra de carregar o nome de santo (nem tanto assim).

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  51. Altamirando F. da Silva6 de dezembro de 2024 às 18:29

    Nasci na roça, onde os nomes comuns eram Pedro (meu pai), José, Joaquim, Antonio, Francisco, Manoel, etc. Do “alto” dos meus 1.56 metros de altura, continuo não entendendo porque fui batizado como Altamirando.

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  52. Seu nome é naturalmente comum se comparar com alguns outros. Imagina as filhas da Baby Consuelo e Pepeu Gomes: Kryshna Baby, Pedro Baby, Nãna Shara, Zabelê e Riroca, esta sofria muito bulling na escola, dizem. Há também outros nomes estranhos, como 1, 2, 3 de Oliveira 4 ou Abrilina Décima Nona Caçapavana Piratininga de Almeida, Abxivispro Jacinto, Acheropita Papazone, Adalgamir Marge, Adegesto Pataca, Adoração Arabites, Aeronauta Barata, Agrícola Beterraba Areia Leão, Agrícola da Terra Fonseca ou Alce Barbuda.
    Por isso, Hayton é um nome e tanto! Nome de um cara que parece mais que tem um HD Externo dentro do cérebro, por nos apresentar sempre uma coletânea de crônicas nunca lidas em lugar nenhum. Parabéns, meu primo rico!

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  53. O nome, qualquer que seja, é a marca registrada de cada um e é uma coisa muito séria.
    Tanto que, como dizem, o importante é “honrar o nome”, “ter o nome limpo”, “fazer o nome” e outras mais.

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  54. Abrindo esta crônica, como sempre um texto da melhor qualidade, traz junto a história com sensibilidade, grandeza da nossa rotina e da vida. Comentava e sorria muito com meus Filhos sobre nomes diferenciados da cultura brasileira. A começar de casa.

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