quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Não deu certo, Brigitte

Há duas semanas, publiquei neste espaço uma crônica sobre Brigitte, ou melhor, Abigail Alves dos Prazeres. Lenda viva dos casarões do bairro portuário de Jaraguá, em Maceió, reinou como diva do cabaré Night and Day. Generosa e irreverente, ela deixou uma marca inapagável em quem teve o privilégio de conhecê-la. No início deste ano, aos 91 anos, Maceió se despediu dela com um cortejo único: lágrimas e celebração, embalados pela canção "Pagu", de Rita Lee e Zélia Duncan.

Entre as lembranças, emergiu o seu principal legado: uma carta escrita há três décadas, um manifesto irônico e sagaz sobre envelhecer com dignidade. Nela, Brigitte disparava conselhos mordazes: aceite a velhice sem drama, cuide da educação e da higiene e evite excessos – de maquiagem, minissaias ou nostalgias. Gastar sem culpa também fazia parte do roteiro, pois, segundo ela, heranças às vezes premiam a ingratidão. “Leia, trabalhe e viva sua vida”, pontuava, com a leveza e o humor que sempre a definiram. Sua despedida foi uma celebração de tudo o que ela foi e inspirou: rir de si mesmo e seguir em frente, sem arrependimentos, é o luxo mais acessível e transformador.


Minutos depois da publicação da crônica, tive que explicar a alguns leitores que o texto não era autobiográfico nem baseado em fatos. Tudo pura ficção. Mas não adiantou. Alguns insistiram que realidade e imaginação não poderiam andar tão próximas. Um deles até me fez uma proposta inusitada: descrever o encontro, no plano espiritual, entre Brigitte e Benedito Alves dos Santos, mais conhecido como Biu Mossoró, ou simplesmente Mossoró.



Ícone da noite maceioense, Mossoró foi proprietário do cabaré Tabariz – mais tarde, transferido para a parte alta da capital, rebatizado de Churrascaria e Boate Areia Branca –, um dos principais redutos da "cadeia produtiva do prazer" entre os anos 1950 e 1980. Seu estabelecimento atraía autoridades, boêmios, coronéis de engenho e estrangeiros de todos os recantos, sob regras inflexíveis: nada de contrabando ou drogas ilícitas. E sempre foi questão de honra sua pontualidade, tanto como contribuinte de impostos quanto no pagamento de duplicatas e outros compromissos bancários.


Ele também se orgulhava de nunca ter ocorrido um assassinato em sua casa noturna. Nem subornava ninguém, apenas lubrificava relações: uma dose de uísque aqui, uma água de coco ali, e a vida seguia seu curso. Suas “colaboradoras” eram escolhidas a dedo, com seu olhar clínico para beleza e comportamento. Em troca, oferecia moradia, comida e até assistência médica. Pai Véio, como também era conhecido, tinha sua ética particular: nunca transgredia a lei. Segundo ele, apenas a contornava, com jeito e todo respeito.


Muitas histórias. Conta-se que, em certo carnaval, ele adquiriu uma mesa para o baile de terça-feira em um famoso clube alagoano, para premiar três de suas funcionárias mais esforçadas. Resolveu acompanhá-las, mas foi barrado pelo porteiro, que alegou ordens da diretoria por conta das “acompanhantes suspeitas. Mossoró reagiu: “Peraí, meu filho, suspeitas são as que estão aí dentro. Essas aqui são putas legítimas, e das melhores...”.


Ele ousou até na publicidade, com um comercial exibido na extinta TV Rádio Clube de Pernambuco, cujo sinal alcançava Maceió. O anúncio, direto e inesperado, confundia inclusive turistas: "Churrascaria e Boate Areia Branca – a continuação do seu lar”. E nos fins de semana, vira e mexe era visto circulando devagar em um Ford Galaxie, acompanhado de jovens bem-vestidas e perfumadas, anunciando “novidades” à clientela. Morria de rir do cinismo de alguns de seus clientes que, limpando os óculos, fingiam não o ver passar.


Outro caso famoso envolveu sua ida ao dentista, que recomendou uma nova dentadura superior e outra inferior. Mossoró bateu no bolso e retrucou: “Tá vendo isso aqui, doutor? É dinheiro! Na minha boca só entra coisa superior...” E a fama do “Pai Véio” inspirou até o famoso Martinho da Vila, que, numa de suas turnês pelo Nordeste, criou um samba com um refrão incontestável:

"Só em Maceió, 

Só em Maceió
É que se pode vadiar
Com as meninas do Mossoró…”


Quase aos 80 anos, em 1995, ele ainda reinava na varanda de sua residência no bairro de Pajuçara, refletindo sobre uma vida em que cultura talvez tenha faltado, mas sabedoria nunca. Partiu levando consigo segredos que ninguém mais ousaria contar.

 

Voltemos à proposta que recebi para descrever o encontro entre Brigitte e Mossoró, no plano espiritual. A ideia é sedutora, ę poderia começar com ele estendendo os braços para recebê-la: “Minha filha, ver você só pode ser imaginação, porque não me recordo de seu perfume...”

 

Mas não daria certo. São estrelas de constelações distintas. Ela, leve como uma pluma que desafia o tempo. Ele, destemido como um timoneiro que não se dobra aos caprichos do vento. São fachos de luz que nunca se cruzam na eternidade da noite, embora iluminem o mesmo horizonte: a beleza e as contradições de sermos humanos, imperfeitos e, ainda assim, inesquecíveis. 

47 comentários:

  1. Rebouças- Porto Seguro/BA22 de janeiro de 2025 às 05:17

    Hayton: mesmo contra vontade obrigo-me a ser recorrente ao reafirmar que você é ímpar na arte de transportar mentalmente seus leitores a “horizontes de luz”, fazendo do cotidiano um poema magistral !!! Parabéns amigo.

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  2. Com efeito,! Brigite e Biu Maceió brilharam com estilos diferentes , embora tenham tido vidas que agora, revisitando o passado, nos parecem divertidas. Mas a realidade muitas vezes despe os acontecimentos da áurea romântica e divertida, sendo muitas vezes até cruel. Lendo esta belíssima e divertida crônica fico a imaginar quanta persistência e tolerância Brigitte e Maceió tiveram que exercitar para exercer atividades tão antigas e incompreendidas atividade.

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  3. Hayton, agradecendo a fidalguia de me incluir no rol de leitores aptos a receber seus textos, revelo que gostaria imenso de ler esse conto épico do memorável encontro cósmico entre os dois ícones do acesso ao prazer maceioense.
    Ave Palavra!
    Parabéns pelo seu riquíssimos texto👏🏻👏🏻👏🏻

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  4. Você vai fazer muita gente viajar no tempo lembrando das aventuras naquela casa de caridade….. Parabéns

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  5. ADEMAR RAFAEL FERREIRA22 de janeiro de 2025 às 06:23

    Uma das maiores qualidades na arte de escrever é dar pontos sem nós, tudo fica entrelaçado sem amarras. Cada um pode tirar conclusões de acordo com as percepções individuais. Neste texto um exemplo. Houve o encontro? Como foi? Onde foi? Eu sei e não digo.

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  6. Mais uma bela crônica do grande Hayton.
    Viajando pelas histórias de Brigitte e Mossoró, inevitável lembrar do filme Amor de Redenção. Ouro e diversão escondem um lado nada glamuroso da vida das “princesas” dos bordéis.
    Penso que Brigittes e Mossorós sejam perfis raros no mundo dos prostibulos.

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  7. É impossível ao leitor saber onde termina a verdade, o fato, e onde começa a ficção. Seria tudo verdade? Seria tudo ficção? Não importa! O bom mesmo é “viajar”nas linhas da crônica Nelza Martins

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  8. Roberto Santos Fernandes22 de janeiro de 2025 às 06:55

    Muito boa história, principalmente para aqueles que viveram em Maceió naquela época. "Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra"!
    Parabéns.

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  9. De Brigitte "dos Prazeres" uma ficção muito realista ao Biu Mossoró, este com três décadas administrando as meninas que atuavam na profissão mais antiga da humanidade (Segundo a historiadora holandesa Marieke van Doorninck). Mossoró tinha o dom do negócio e sabia motivar as meninas para manter o negócio em pé. Teria Mossoró um plano de cargos e salários? E a PLR era distribuída? Parece que o caboclo tinha um Manual dos Prazeres, pois fez tanto sucesso que até Brigitte deve ter feito pós graduação por lá.
    Creio que alguns leitores viajaram no tempo revisitando Areia Branca, Mustang, Odete, Capim Verde, dentre outras regiões onde o prazer era um convite para uma dose singular.

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  10. Época da faculdade, entre 1989 e 1994, eu e amigos íamos ao Areia Branca. Era uma festa para todos nós.
    Luis Lanzac

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  11. Antes, eles darão uma bela "cruzada" no infinito. Abrirão filiais que serão mais coloridas e brilhantes do que as penteadeiras de suas colaboradoras.

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  12. Certa vez encontrei Hayton em um evento festivo. Ao perguntar pela esposa, ele respondeu-me dizendo que estava sozinho. Imediatamente me afastei e comecei a andar apressadamente em outra direção, mas fui interrompido pelo chamado dele, perguntando o que houve. Respondi que o mundo estava perto de acabar e que eu estava indo pedir perdão do meus pecados. Ele deu uma risada e disse que era brincadeira. Ela estava lá também. Quero dizer com isso, que não tenho dúvida de que a história foi ficção. Só diria que se tratava de fato real se fosse a história de um convento e de uma freira.

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    1. Pela “caligrafia”, trata-se de meu velho amigo Mauricio “Jacaré” Santacruz, elemento de alta periculosidade no Recife dos anos 1990.

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    2. Anos 1990 em diante… 🫣
      Ass. Anônimo. 😂

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  13. Excelente, amigo Hayton! Tive a felicidade de um dia, na década de 80, haver tomado uns drinks naquela Casa juntamente com a turma da faculdade. De outra forma, também eventualmente, usufruí de um convívio dominical nas partidas de futebol, onde o Mossoró, que levava um grande rádio ao ouvido, assistia o espetáculo sempre no setor das cadeiras cativas do Trapichão!

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  14. A de hoje tocou ainda mais meu coração ao ter a sensação de que o autor flanou na brisa leve e suave da poesia para demonstrar que a vida de dois notáveis seres humanos, sejam eles reais ou fictícios, à frente de suas respectivas casas de prazer, podem ser exemplos de retidão moral, generosidade e fonte de inesgotável prazer e alegria. Assim, como suas elegantes, inspiradas e gostosas crônicas nos brindam todas às quartas-feiras! Forte e fraterno abraço.

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  15. Ler essas crônicas é sair de si e entrar nessa outra dimensão de imagens. Que show!

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  16. Novamente, genial! Crônica gostosa de ler!

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  17. Entre a realidade e a imaginação, vividos por muitos, nasce uma bela crônica.. Parabéns!

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  18. Em Salvador-BA, na Pituba, há um bar e restaurante com um nome pra lá de sugestivo: PONTE AÉREA, porque localizado na esquina das ruas Rio de Janeiro e São Paulo.

    Pensando com meus botões, Abigail Alves dos Prazeres, a Brigitte, ganharia, em criatividade, com o nome PRAZERES DA CARNE em seu estabelecimento.

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  19. Muito que bem! Mestria é isso! A vida pulsa onde o povo está. E o povo, em especial o nordestino, tem no Cronista seu narrador atento e criativo. Parabéns, Mestre!

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  20. E eu que achava que conhecia o Mossoró. Tuas crônicas são show de bola, Hayton. Além de resgatar momentos únicos e inesquecíveis, nos leva, pelo tempo, aos saudosos e bons momentos de nossa história.

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  21. Blog do Hayton, onde ficção e realidade literalmente se encontram. Onde imaginação e história se complementam! Onde leitores são tentados a relatar suas memórias vividas no contexto mas precisam se conter. Onde se constata que até nos locais mais inusitados um código de ética está presente.
    Viva a vida! E viva a morte também!

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  22. Imagino o que poderia acontecer se a MAGDALA tivesse conhecido a Brigitte …😀😀

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  23. Cano sempre : Pérolas !!!

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  24. Sempre acordo cedo, mas às quartas-feiras mais cedo ainda e vou direto pro celular pra me deliciar com suas crônicas, caro Hayton! E o dia segue leve! Obrigado por compartilhar sua arte!

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  25. Esses ambientes eram mais famosos e importantes que o Palácio do presidente... quem viveu viu. Ah, os prioritários, por incrível que pareça, eram extremamente respeitados ai de não fossem. Suas histórias serão eternas.

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  26. Eita que crônica boa, parabéns, Hayton.
    Esse time de história com certeza limita os comentários de muitos guerreiros.🤣🤣🤣

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  27. Se eu tivesse visitado Maceió nessa época, com certeza teria frequentado a boate de Mossoró ou a casa de Brigitte. Falar com romantismo de um tempo repleto de aventuras sexuais pode até soar estranho, mas a realidade das luzes vermelhas nos traz muitas lembranças. Seja em Maceió, Salvador ou qualquer outro lugar do Brasil.
    O fechamento dessa crônica, repleta de poesia e singeleza é o retrato de que o tempo voa, mas as memórias continuam vivas. Parabéns, Hayton!

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  28. Ao ler presente texto, me atrevo a dizer que tanta inspiração para redação deva vir das lindas paisagens de Maceió e que tanto contrasta com as audacias investidas dos coronéis dessa terra Alagoas.

    Belo texto.

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  29. Pois é... Brigitte e Mossoró foram lembrados e imortalizados no imaginário de muitos. Mesmo para quem não os conheceu pessoalmente, passa a respeitar suas histórias, suas formas de lidar com o mundo. Sabe-se que outros "Mossorós" e "Brigittes" foram e ainda são reverenciados por sua ética, pelo respeito ao ser humano. Sim, caro Hayton, "as contradições de sermos humanos, imperfeitos e, ainda assim, inesquecíveis"...

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  30. Sensacional esse paralelo entre os protagonistas da noite: Brigite e Biu Mossoró.
    E a propósito, desse habilidoso Biu, ele era sempre lembrado nas falas do Coroné Ludugero, quando perguntava a Otrópe:
    "E cuma vai Mossoró? Mossoró vai bom?

    Sobre o fruto desse encontro nas alturas, penso que daria um bom Café no calçadão do céu, bem no estilo Mossoró:
    "Chá e cafeteria Goso Eterno".
    E quanto às coisas do passado, isto não infrói nem borifica. O que infrói e borifica, é a constânça do sujeito no meio onde ele convéve. O resto é foquilóre.

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  31. No plano imaginário de encontros de criaturas, reais ou ficcionais, envolvendo personagens que conviveram com o mais sublime dos prazeres terrenos, não é tarefa fácil de descrever, pois seria regado a muito vinho (ou muitas garrafas de cana) e troca de confidências pra lá de cabeludas.
    O cronista, inteligentemente, justificou a não narração desse encontro por incompatibilidade de constelações. Sábia saída.

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  32. O Pai Véio, assim como Brigitte, eram sabidos.
    Também, se não fossem, como iriam sobreviver nesse mundo em que viviam?

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  33. Quem viveu a Alagoas e a Maceió da época, com certeza, sabe o que é ficção e o que é realidade.
    Lembro de muitas viagens que fazíamos de União para Maceió para as "matinês" na Rio Branco. Hoje fosse, seriam "happy hour".

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  34. Muito boa sua crônica. Agora refletir sobre a realidade e a imaginação.

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  35. Na minha adolescência e juventude, em Santa Maria (RS), eu ouvia falar da "Zona", com casas (eu imaginava muitas) que tinham luzes vermelhas na fachada. Só que a distância (era do outro lado da cidade), a falta de dinheiro (não tinha, nem para comprar passagens de ônibus. Onde eu tivesse que ir, tinha que ser "di-a-pé") e, especialmente a idade, não me permitiram conhecer. Tudo ficou na "imaginação"! Caso alguém duvide, não tem problema. Invoco o "benefício da dúvida"!

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  36. A crônica q parece um cinema aos olhos… adorei os conselhos e inspirações!

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  37. Abstraíndo registrar sobre o brilhantismo do texto, como tantos aí já fizeram, resolvi falar sobre a conclusão que a reflexão sobre ele me causou.
    Então, concluo convictamente: existindo realmente o chamado outro mundo, a coisa do metafísico, não tenho dúvida de que hoje haverá lá uma comemoração inédita, convocada pelo grande Mestre, pra homenagear os dois maiores personagens entre os que lá habitam, a Brigitte e o Benedito.
    Sim, todos estariam reunidos e o Comandante se penitenciaria, reconhecendo que foi preciso o surgimento de uma insuperável peça literária pra chamar sua atenção sobre o merecimento dos homenageados.
    Tenho dito...

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  38. Meu preclaro cronista, eu, vivedor da Maceió da década de 50, digo que, no famoso bairro de Jaraguá de então, havia duas categorias de cabarés: para os pobres e para os ricos ou remediados.
    Aquele, o Duque, onde multidão de plebeus vagava a céu aberto atrás do sexo fácil e barato das prostitutas que expunham suas mercadorias à porta de casebres das vielas do bairro.
    Estes últimos, os dos coronéis e políticos, na avenida principal, abrigado por casarões que se distinguiam dos demais apenas pelo detalhe da luz vermelha e que,em seus salões, belas Brigittes bebiam e dançavam com os figurões da vez.
    Detalhe da história: fui sorteado,
    no bingo do Major, e fui comemorar no grande salão do Night and Day e talvez, quem sabe, posso ter dançado com a grande diva Brigitte!
    Parabéns, Hayton, crônica arretada de boa!


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  39. E Brigitte deu o que falar! E não poderia ser diferente! Ela já é uma lenda da ficção. Parabéns ao seu criador.
    Agora nos traz Mossoró, na real.
    Mudei-me para Maceió em 1991 e ouvia as histórias do Mossoró. Do lugar. Nunca sobre a figura que Hayton descreve com tanta arte e sensibilidade.
    Coincidentemente, acabei de ler há pouco que o prefeito de Cuiabá acaba de anunciar que vai fechar todos os prostíbulos da cidade.
    Vou fazer duas coisas: compartilhar as crônicas da Brigitte e do Mossoró com ele e convidá-lo a conhecer Maceió cuja padroeira é Nossa Senhora dos Prazeres.

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  40. A narrativa do encontro no “além “ pode não ter dado certo mas a história de ambos contada hoje foi muito boa.Parabéns!

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  41. Ler as crônicas do Hayton é um privilégio para quem gosta da excelente leitura. (Emilton Rocha)

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  42. O clube em que Mossoró foi barrado foi o clube fênix, local da elite alagoana. Na década de 60, adolescente, não dispensava uma passada em Jaraguá no final das noitadas, reduto das primas e das gonorréias contraídas, me livrando, por sorte da sífilis. Tinha sobrados que tinham até três andares, sem elevador, mas não era impecilho para a vistoria das primas mais sedutoras.
    Lembro que toda autoridade que chegava a Maceió, era levada após as obrigações diurnas, a jaraguá e depois à areia branca!
    Um deles o mais famoso endocrinologista do Recife, Ênio Castelar! Foi levado por eminentes médicos à churascaria famosa!

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  43. Onde se lê ‘impecilho’, leia-se empecilho!

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  44. Bom dia caro Hayton
    Tenho lido e saboreado suas abençoadas crônicas das quartas feiras
    Sei que o aviso sonoro do celular indica que, logo pela manhã, terei um acepipe a mais para aguardar o cafezinho coado.
    Prossiga!

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