setembro 10, 2025

Cabeças à venda


CABEÇAS À VENDA

Hayton Rocha

 

Semana passada, um português chamado João Paulo Silva Oliveira resolveu brincar de inquisidor digital. Armado não de espada, mas de um celular e de uma conta no TikTok, ofereceu 500 euros por cada cabeça de brasileiro em território luso — decepada no pescoço, como se fossem melancias maduras à beira da estrada. Na cotação do euro, cerca de 3.200 reais a unidade. O vídeo sumiu, a conta também, mas o cheiro azedo de racismo ficou impregnado no ar, como peixe esquecido no balcão de uma padaria.


Foto reprodução/TikTok.



A padaria, aliás, foi palco indireto. O homem trabalhava numa em Aveiro. Quando a história explodiu, o estabelecimento correu para lavar as mãos, postando no Instagram sua bula de boas intenções: diversidade, inclusão, respeito. Como se fosse preciso explicar que não se paga recompensa por cabeças humanas desde Lampião e Maria Bonita, decapitados em 1938 na Grota do Angico, no Sertão sergipano, e exibidos como troféus em cortejo por cidades nordestinas até serem levados para Salvador, na Bahia.


Mas não é de hoje que pedras provocam tropeços na relação entre os dois lados do Atlântico. Em 2019, na Faculdade de Direito de Lisboa, expuseram um caixote de pedras de calçada com cartaz: “Grátis se for para atirar a um zuca”. A subdiretora da instituição, guardiã da legalidade, justificou como “liberdade de opinião, autocrítica, humor e sátira”. Traduzindo: a pedra virou piada acadêmica, e o alvo que se dane.


Esses episódios parecem isolados, mas possuem raízes mais profundas. A história luso-brasileira sempre oscilou entre afagos e tapas. E quando não voam pedras, voam caricaturas. De um lado, o “portuga” do bigode grosso e do lápis na orelha, ridicularizado em nossas piadas como padeiro de raciocínio curto. Do outro, o “zuca” barulhento, malandro, usurpador de vagas, retratado em terras lusas como hóspede inconveniente que nunca vai embora. É como se as duas nações, presas a velhos ressentimentos, trocassem farpas para esquecer que são feitas do mesmo barro, crias da mesma costela, com a poeira de impérios falidos.


No fundo, herdamos um ao outro — junto com as piadas, a língua, o tempero da saudade e até a sífilis, como brincaram Chico Buarque e Ruy Guerra em “Fado Tropical”. Portugal foi o padrinho severo, que nos batizou à força e depois partiu para cuidar da própria sobrevivência na Europa. O Brasil, o filho imberbe que ainda acha que seria potência se tivesse nascido de pais ingleses, como os americanos. O resultado? Uma relação mal resolvida, que mistura ironia, sarcasmo e sopapos.


É claro que a maioria dos portugueses não pensa como João Paulo, o carrasco do TikTok com nome de santo papa. A maioria acolhe, divide empregos e mesas, vende sonhos embalados em bacalhau. Também é verdade que muitos brasileiros chegam a Portugal carregando a caricatura do padeiro analfabeto e se surpreendem ao encontrar um europeu culto, poliglota, muito além da imagem guardada. O choque cultural é mútuo: um espera encontrar o amigo da esquina, o outro enxerga o invasor da rua.


Racismo ou xenofobia não se resolve com estatísticas, mas vale lembrar: são mais de meio milhão de brasileiros vivendo em Portugal. Raízes que atravessaram o mar e florescem em outra terra. Histórias que poderiam formar uma ponte sólida, mas que às vezes se transformam em muros baixos, fáceis de escalar com pedras na mão.


O problema é que sempre haverá quem prefira a pedra ao abraço. Para esses, é bom lembrar: se fosse para medir o preço de uma cabeça, o mercado estaria em crise. Algumas não valem nem o valor do boné que carregam. Outras, raras, não têm preço, porque guardam sonhos e utopias.


Talvez o que falte mesmo seja revisitar o “Fado Tropical”, que reconhece no brasileiro um sentimental justamente por carregar no sangue o lirismo lusitano. Lirismo que anda escondido debaixo de camadas de ódio gratuito e memes virulentos. O ideal, como canta Chico Buarque, é que este país se torne um imenso Portugal — não no sentido de se apequenar, mas de assumir que somos parentes condenados a conviver, como toda família que se desentende no almoço de domingo, mas volta para a mesa de jantar quando alguém pede perdão.


E que cada um proteja bem a sua cabeça sobre o pescoço. Vale mais inteira do que precificada em euros. Até porque, se fosse para vender, não haveria padaria no mundo capaz de dar conta da fila de trocas: cabeças ocas não faltam, de Brasília a Lisboa.


Melhor trocarmos pedras por versos, porque só a poesia impede que o sangue esfrie e coalhe.

34 comentários:

  1. Presente para os olhos, coração, mente. Acordar, ter a disposição uma crônica de primeira qualidade. Excelente.

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  2. Bom dia, Hayton!
    Crônica assaz pertinente, num momento em que o ódio se espalha, gratuitamente, entre pessoas, aqui e alhures. Um "non sense" sem tamanho e sem precedentes, infelizmente.
    Li, há poucos minutos, que o anunciante (um criminoso contumaz, como indica a nota), fora preso pela polícia judiciária do país dele e onde ele vive.
    Ao menos se mostra ao mundo uma providência para bravatas desta natureza, o que, por seu turno, há de desencorajar outros aventureiros ao crime de igual repercussão e repulsa
    Estimo que os ânimos arrefeçam frente a este episódio e que a sociedade portuguesa não dê azo a ódio tal qual o demonstrado no "anúncio" reprovável de um criminoso preconceituoso e sem qualquer apoio dos seus patrícios.
    Que brasileiros e portugueses convivam, como sempre conviveram, aqui, lá, alhures, em harmonia e irmanados num só propósito: respeito ao próximo e a sua preferência de vida e de lugar!
    Ave acolhimento!
    Ave respeito!
    Vivam brasileiros e portugueses!

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    1. Há quem diga que quem vê cara não vê coração. Sei não, viu?

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  3. ADEMAR RAFAEL FERREIRA10 de setembro de 2025 às 05:27

    O limite da insanidade humana inexiste, os fatos 'repetidos' atestam isto. Que seja encontrado o remédio para a doença universal.

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  4. Felizmente a Polícia Judiciária de Portugal já enquadrou, na segunda-feira passada, o cidadão autor de tamanha incitação à violência.
    Infelizmente não nos iludamos que se trata de um caso isolado. Dia a dia tomamos conhecimento de atos bárbaros praticados por seres humanos. Lamentável!
    E assim caminha a "desumanidade"...

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  5. Troquemos pedras por versos
    Com a dose de lirismo
    Herdamos de Portugal
    E não queremos o abismo
    Que cortem nosso pescoço
    E deixem de alvoroço
    Isto é puro racismo.

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  6. Gosto muito da terrinha. Por lá tenho descendentes e amigos. E, sem dúvida longínquos ascendentes.
    E presto altivo testemunho. Por lá quando vou, em todos os lugares entre e saio de cabeça erguida e nunca ameaçada. A não ser, é claro, quando vou a uma casa de fados. Ocasiões nas quais as emocionantes canções quase me fazem perder a cabeça.

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  7. Ótima crônica, triste vê até nossos irmãos portugueses nos discriminando, mas é uma minoria, seguimos de cabeça erguida, como bem disse nosso amigo Cunha.

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  8. A bandeira dos EUA no desfile de 07 de setembro, as expressões em inglês no nosso falar cotidiano, a busca incessante por recantos estrangeiros para viver, a valorização de tudo que nos chega de fora, o desprezo pelo que é nacional... são registros explícitos de que ainda somos, majoritariamente, muito "brasileiros", ou seja, exploradores do Brasil, e muito pouco "brasilianos", filhos do Brasil.

    Bela crônica, Hayton.

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    1. Talvez estejamos precisando de mais arianos suassunas, manoéis de barros, dominguinhos, para nos “brasilianarnos” um pouco mais como nação…

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  9. “Homo sum; Humani nil a me alienum puto.” "Sou humano, e nada do que é humano me é estranho"

    Mas esse aí passou da conta!

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  10. É a vida como ela é, com intolerâncias grassando por tudo que é canto desse mundo de meu Deus. Deus, claro, particular, cada um com o Seu, que tudo permite e perdoa.
    Um português e um brasileiro conversando:
    - Sabes a diferença entre nós dois, pergunta o português?
    E o brasileiro:
    - Nenhuma, a não ser o jeito de brigar: vocês discutem tomando vinho, a gente discute tomando cerveja. No fim, todo mundo fica amigo… e de ressaca!
    Moral da conversa: se Portugal e Brasil conseguem transformar rixa em amizade, por que tanta gente anda transformando amizade em rixa?
    Mais uma reflexiva crônica. Valeu!

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  11. Até hoje este cidadão é um revoltado por não mais receber um quinto do nosso ouro. Certamente quer o retorno do Brasil colônia. Como diria o Vandré: "Somos todos iguais, braços dados ou não".

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  12. Este é só mais um exemplo do que as redes sociais podem produzir, e tem quem acredita nelas como verdade absoluta: vi na internet, vi no Instagram ou recebi pelo WhatsApp. Piada ou não, registre-se que a cabeça do brasileiro está em baixa no mercado internacional, na visão do português sem noção. Lembrando que os brasileiros entregam a cabeça dos portugueses todos os dias, com piadas engraçadas mas xenofóbicas.

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  13. 'Sei que ha leguas a nos separar... tanto mar, tanto mar..." A xenofobia de alguns portugueses contra brasileiros infelizmente parece ser apenas uma amostra de uma doença mundial. A extrema direita cresce no mundo e, com ela, o odio ao diferente ao imigrante, ao estrange
    iro. Esse cidadao deploravel que ofereceu a recompensa parece ser apenas um subproduto do ódio cultivado e disseminado nas redes sociais. Por outro lado, temos irmãos portugueses com visao ideologica diferente e muito mais receptivos aos imigrantes.

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  14. Pois é, Haiton. Vivemos em uma era de comunicação instantânea, mas também de preconceito e ódio que se espalham com a mesma velocidade das palavras. A ausência de bom senso transforma diálogos em arenas de desprezo, onde muitos acreditam que chamar atenção é mais importante do que construir pontes. Mas será que causar é realmente o caminho? Talvez tenhamos nos esquecido de que o carinho e o amor são as forças que, de fato, poderiam nos conduzir a um mundo melhor — um mundo em que irmãos se reconhecessem na igualdade, e onde a harmonia não fosse quebrada por piadas que ferem mais do que divertem.

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  15. Somos o que somos... Infelizmente, nem sempre conseguimos agradar alguém que pensa e age diferente. Nesse ponto, surge a preocupação: por que o "outro" age assim? Afinal, se ficamos conhecidos, mundo agora, por "levarmos vantagem", é possível que esse "luso" esteja a ver "fantasmas"...

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  16. À parte a qualidade do texto, me anima saber que essa passagem abjeta ficará registrada, imortalizada, nas publicações do grande Hayton, pra que não nos esqueçamos que é preciso enfrentar incansavelmente todo (todo mesmo) tipo de preconceito. Esse grande mal parece ter se revigorado nos últimos tempos com a ascensão de figuras praticantes e incentivadoras do ódio.

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  17. Caro Hayton
    Sua crônica desta vez convidou nos a refletir sobre um episódio lamentável, mas infelizmente não surpreendente, que expôs um sentimento xenófobo em Portugal em relação aos brasileiros. A atitude desse português no TikTok, oferecendo recompensa por cabeças de brasileiros, é lamentável e nos remete a tempos sombrios.
    O interessante da sua análise é como você conecta esse caso a outros, como o das pedras na faculdade, mostrando que não se trata de um incidente isolado, mas de ressentimentos históricos que ainda rondam a relação entre Brasil e Portugal. Aquela velha dinâmica de "afagos e tapas" entre os dois países, onde caricaturas depreciativas de ambos os lados acabam por alimentar o preconceito.
    Você lembrou bem do "Fado Tropical", essa canção que de forma tão genial retrata essa relação complexa e essa herança compartilhada, que vai da língua ao tempero da saudade. Portugal, o padrinho severo; o Brasil, o filho que ainda busca seu lugar.
    É reconfortante saber que a maioria dos portugueses acolhe os brasileiros, assim como muitos brasileiros se surpreendem com a realidade cultural de Portugal, fugindo do estereótipo do "padeiro". No entanto, como você sabiamente aponta, sempre haverá quem prefira a pedra ao abraço.
    Gostei sobremaneira da sua conclusão: o valor de uma cabeça não se mede em euros, e é a poesia e o lirismo, essa herança lusitana que corre em nós, que nos impede de sucumbir ao ódio. Precisamos, sim, trocar pedras por versos e revisitar nossa condição de parentes, que, mesmo com desentendimentos, sempre encontram o caminho de volta à mesa.
    Forte abraço

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  18. O mundo dos cabeças ocas se dissemina por todo o planeta. O padeiro vai comer o pão santo no xilindró e talvez continue amargando seu ódio ao invés de repensar a sua vida.
    Estranho mesmo são os patriotas vira latas do Brasil, que numa manifestação pra defender fascistas, estendem a bandeira dos Estados Unidos em plena avenida Paulista para dizer: "Trump estamos com você. Jogue uma bomba atômica no Brasil que os nossos problemas políticos serão resolvidos". De cabecas ocas em Portugal e gente sem noção no Brasil, o mundo vive uma histeria de uma sub-raça que presenta muito mal a humanidade. Infelizmente, temos que conviver com esses malas, mas conhecidos como ETs de pneus, que compartilham conosco do almoço em nossas mesas e até em orações suspeitas de igrejas com portas mal assombradas. Na igreja que essa gente ingressou, Jesus saiu envergonhado.

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  19. Infelizmente, nobre Hayton, a intolerância e a busca por likes tomou conta do mundo virtual sem fronteiras, sem filtros e sem leis para frear a Xenofobia, a homofobia, o racismo, ... e os preconceitos diversos.

    O povo luso-brasileiro, pacato, fraterno e aguerrido, de um modo geral é respeitoso, mas vez por outra, aparece um João Carrasco para ganhar publicidade e estimular o ódio entre as nações.

    Nelson Mandela, já dizia que "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

    Vamos em frente. A vida é bela para ser vivida com paz, amor e muita empatia.

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  20. Belíssima crônica, sobretudo ao contrapor Fado Tropical ao português decepador de cabeças.
    Pena que o fenômeno da intolerância e da violência sem filtro esteja espalhado pelo mundo todo.
    Só nos últimos dias, em Porto Alegre um sujeitos esquartejou a companheira e deixou uma mala com partes do corpo no guarda-volumes da rodoviária; em Pernambuco, uma menina de 11 anos foi assassinada a pancadas no banheiro da escola por cinco colegas porque ela não quis ficar com um deles; em Belo Horizonte, um sujeito matou um gari porque o caminhão do lixo estaria dificultando sua passagem; no Nepal, queimaram viva a mulher de um político. E alguns políticos brasileiros já se apressaram a incentivar que se faça o mesmo no Brasil.
    Abrimos os portões do inferno e agora ninguém sabe mais como trancar!

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  21. Já de alguns dias venho relendo meu livro de História Geral dos tempos de ginásio, buscando entender a origem de vários conflitos atuais que estamos vivendo.
    E uma das constatações que faço é sobre a característica cíclica desses acontecimentos e, parafraseando Jung, a humanidade é marcada por um “ódio inconsciente coletivo”, acumulado por milênios de existência. Há períodos de relativa trégua e paz e, depois, tudo borbulha e explode.
    A minha impressão é que agora tudo borbulha prestes a explodir. E a mim parece que é preciso que exploda para que haja um acordar coletivo, duradouro por algumas gerações até ser novamente esquecido.
    Na pandemia, após experiência tão terrível para a humanidade inteira, pensava eu, como tantos, que os sobreviventes, pela gratidão mesma de sobreviver, agiriam como pessoas melhores. Não aconteceu isso. Como muitos registraram em seus comentários, o que vemos em nível mundial é o crescimento da intolerância, da xenofobia, do racismo, da negação à ciência. E agora, com as redes sociais, a amplitude dessas vozes é global e acessível a todos.
    Que possamos ser sempre, a exemplo do cronista, a voz que concilia, que fala de poesia, de amizade e beleza sem, contudo, deixar de mostrar o “lado sombrio da força”.

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  22. Como disse um dos comentaristas, numa das matérias que li na FSP, o metido a Torquemada, aí, tem 500 euros, mas parece não ter dinheiro para arrumar os dentes. E por falar em dentes, Jesus não os tem no país dos banguelas, já repisava o grupo musical Titãs, numa maravilhosa obra de Nando Reis/Marcelo Fromer, que há pobreza mesmo onde há riqueza. E esse Torquemada da vez é exemplo dessa pobreza, diga-se, em ato isolado, mas crescente em Portugal.

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  23. Na nova era de facilidade de comunicações, acesso fácil, sempre vai emergir figuras com vontade de se apresentar, vontade de aparecer, obter algum lucro, mesmo com assuntos dessa natureza, cotidiano de uma personalidade sem criatividade. Bom artigo.





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  24. "Sempre haverá quem prefira as pedras, aos abraços". Perfeito meu amigo. Sim, vivemos um tempo de mutações comportamentais bem complicadas. Na busca pela identidade, acabamos excluindo tudo que achamos ser diferente. Tenho colegas que foram morar por lá e estão amando. De fato, há de um tudo.Nada é homogêneo quando se fala em cultura. Há os subversivos, a contracultura. Há os que não aceitam muros. Aqui no Brasil há portugais e brasis, entre os estados da Federação. Mas, não são todos. São grupos de pessoas que propagam discurso de ódio. Como um cidadão de um Portugal do Brasil que queria proibir a linha Belém pra este estado. E foi recente isto. Mas o estado é tudo de bom. As pessoas que ali habitam também. Mas têm os Zé Ruela. Que parecem que saíram dos esgotos da história.

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  25. Falou tudo, Hayton!
    Tempos estranhos, onde um cidadão tem a “coragem” de dizer uma barbaridade tão desqualificante (não fosse um crime!).
    Por uma (in)feliz coincidência, estive em Aveiro há três semanas. Uma daquelas pequenas e aprazíveis cidades do interior de Portugal, em que vc nunca suspeita ter sido capaz de gerar um estrupício desses!

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  26. Hayton, o problema de Portugal é aritmético: a cada dia que passa, mais brasileiros em terras lusitanas e menos "patrícios" em território tupiniquim! Logo, logo, os colonizadores serão "devorados" pelos colonizados, e o reino brasilis se firmará, triunfante, naquela estreita faixa da Península Ibérica. E é esse "terrível" fantasma, que anda assombrando os herdeiros dos notáveis e saudosos dominadores de mares e conquistadores de longínquas terras!
    Não estarei sendo repetitivo em afirmar, que você brilhou mais uma vez! Parabéns!

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  27. Na contramão da realidade e dos fatos, sempre sonhei com uma só nação, vivendo em harmonia e ocupando em paz e de forma justa este planeta, que é minúsculo, se comparado à imensidão do Universo.

    Mas, infelizmente (peço perdão pelo sacrilégio), o Criador cometeu um erro, ao conceder o chamado "Livre Arbítrio" a uma de suas criações, esse tal "ser humano". Deu no que deu: preconceitos, xenofobia, ambição, sede de poder, egoísmo, ódio etc etc etc e bota etcetera nisso.

    E antes que atirem a primeira pedra, a culpa, claro, não é do Criador. É das mentalidades perversas que predominam e dominam o mundo todo.

    Os bons sentimentos estão sendo "abafados", em meio a tantos sentimentos ruins. E não há a menor esperança de que alguma coisa irá mudar para melhor. Ao contrário. A tendência só é de piorar cada vez mais. Perdoem meu pessimismo...

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  28. É inspirador ver a dedicação nas suas crônicas, tornando a leitura um verdadeiro prazer. Excelente amigo Hayton.

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  29. É aquela velha história: existem os que apagam o fogo e os que o ateiam para ver no dará...

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Cabeças à venda

CABEÇAS À VENDA Hayton Rocha   Semana passada, um português chamado João Paulo Silva Oliveira resolveu brincar de inquisidor digital. Armado...