quarta-feira, 12 de abril de 2023

Cores do jogo

A camisa da Seleção brasileira ainda é tida como uma das mais “pesadas” do futebol mundial, status conquistado por craques lendários e cinco títulos mundiais. Mas nem sempre o Brasil jogou com a “amarelinha”.

 

A primeira era branca, com detalhes em azul na gola e nas mangas. Mas já teve que usar outras, como uma vermelha, em 1917 e 1936, e as do Boca Juniors e Peñarol, numa época em que não havia uniformes reservas.

 

Reprodução: Redes Sociais

Mudou após a trágica derrota para o Uruguai, em 1950, na partida final da primeira Copa do Mundo realizada no Brasil. A CBD (precursora da atual CBF) resolveu trocar as cores e, antes do torneio seguinte, na Suíça, em 1954, um concurso organizado pelo jornal O Correio da Manhã definiu o novo modelo de uniforme, inspirado nas cores da bandeira nacional: camisa amarela com detalhes em verde, calção azul e meias brancas. 

  

Talvez por conta do que o jornalista Nelson Rodrigues chamou de “Pátria de chuteiras”, expressão que, mais tarde, a imprensa e a ditadura militar tomariam emprestada para mobilizar o povo em torno dos semideuses do “País do futebol”.  


Reprodução: Redes Sociais

Ou porque a execução de hinos antes das partidas de Copa do Mundo demarca a origem de cada time, remetendo os torcedores a símbolos nacionais, mesmo aqueles, como eu, que questionam o mofo e a poeira de certas expressões (de “raios fúlgidos”, “impávido colosso” ao “lábaro que ostentas estrelado”).

 

Implico também com as cores do uniforme da Seleção. Inspirado numa bandeira que representa a independência, a soberania e a unidade da Nação, foi concebida, há 133 anos, a partir dos olhos do colonizador português.  

 

O verde vem do escudo da família real de Bragança e não representa mais nossas florestas. O Brasil tornou-se fomentador de queimadas, um dos seis países do mundo (ao desonroso lado de Indonésia, Bolívia, Venezuela, Congo e Malásia) responsáveis pelo desmatamento de 60% da área total de matas que sumiu do Planeta de 1970 para cá. 

 

O amarelo remete à cor da casa de Habsburgo, da imperatriz Leopoldina, e também ao ouro, metal nobre e vil que, atualmente, nos impõe severos prejuízos com o garimpo fora de controle, inclusive nos territórios indígenas remanescentes, devastados pela ação de dragas e retroescavadeiras, resultando erosão e poluição de rios e solos pelo uso de mercúrio. Sem contar a tragédia humana da fome, da exploração sexual e de toda sorte de doenças “brancas”.

 

O azul e o branco, presentes na bandeira do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves, um dia já traduziu o céu estrelado do Rio de Janeiro, onde agora só se fala de crime organizado e enchentes transbordando cursos d’água assoreados por derramamentos de óleo, além de favelas e condomínios desmatando encostas, num círculo de flagelo anualmente anunciado.

 

Em 2022, a jornalista e escritora Milly Lacombe defendeu em sua coluna no UOL “uma campanha por uma camisa preta... De um preto jamais visto, jamais usado por nenhuma outra seleção... Uma camisa preta que evoque os horrores dos quase 400 anos de escravidão para que, enfim, possamos começar a superá-los. Uma camisa preta que abra espaço para que a verdadeira história desse país seja contada...”.

 

Prefiro a mistura de branco e preto (diga-se, indevidamente chamados de cores), nada mais que a presença ou a ausência de luz. O branco é luz pura, reflexão abrangente de todas as cores. O preto, a total ausência de luz, quando as cores são absorvidas mas não se refletem. 

 

Defendo uma camisa simples, cinza, entre o branco e o preto. Um cinza grafite (inclusive no calção e nas meias) que nos remeta à ponta do lápis que faltou na alfabetização de mais de 10 milhões de brasileiros, segundo o Serviço Social da Indústria (SESI), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2019.


A identificação do atleta (apelido e número) seria em vermelho, como o sangue derramado há mais de meio milênio de história pelas minorias sociais em situação de desvantagem cultural, econômica, étnica, política e religiosa.

 

Se quiserem uma referência histórica ao colonizador, cairia bem uma faixa branca diagonal atravessando o peito, símbolo das grandes travessias marítimas que levaram ao descobrimento do Brasil. Com uma cruz de malta na altura do coração, evocando o primeiro clube brasileiro a aceitar a participação de negros, pardos e caixeiros viajantes. 


Reprodução: Redes Sociais

Há 99 anos, aliás, esse clube se recusou a excluir pretos e pobres de seu grupo de jogadores, ato que ficou conhecido como “Resposta Histórica” à condição estabelecida para inscrição na Associação Metropolitana de Desportos Atléticos do Rio de Janeiro .

 

Ano que vem, no centenário desse marco histórico, seria arrebatador ver a próxima Seleção brasileira perfilada antes de uma partida eliminatória de Copa do Mundo, cantando, à capela, “Maria, Maria”, de Fernando Brant e Milton Nascimento.

 

Afinal, é a cinza (e o sangue) dessa gente humilde, “que traz na pele essa marca e possui a estranha mania de ter fé na vida”, que pode e vai virar esse jogo sem graça que se arrasta por aqui. No braço, nem que seja no ultimo lance da prorrogação.


35 comentários:

  1. Bem interessante a sugestão. Mas como boa brasileira,tenho muita Fé que a voz do povo é a voz de Deus.Simbora,lutar por um país mais justo

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  2. E que não tarde esta prorrogação. Já virá tarde demais para uns tantos que ficaram pelo caminho. De terno cinza, nossa seleção encamparia toda nossa vergonha. Estampada numa cor menos vistosa, sem festas. Excelente leitura de quarta. Mexe e remexe em nossas tralhas. Pesadas quais os grilhões usados pelos escravos da terra brasilis. Onde a evocação de problemas e empecilhos nunca para. As soluções, que tanto ansiamos, nunca vêm. Grande pena.
    Roberto Rodrigues

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  3. Minha sugestão seria um mix das cores de IPÊS que dão um colorido especial ao nosso cerrado. Tudo misturado.

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  4. Que aula maravilhosa de história e atualidades, quem dera esses assuntos comentados em sala de aula, abriria muitas mentes e caminhos. A sugestão da cor da camisa , excelente refletindo a realidade do nosso País.

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  5. Como sempre discorrendo com maestria diversos assuntos! Neste belo texto passamos a refletir sobre tudo que acontece no nosso Brasil.

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  6. O que tem se passado dentro e fora de campo com a amarelinha, infelizmente tirou muito do encanto que essa camisa já representou pra nós.
    Hayton, Milly Lacombe e a história toda dão muitas razões pra que o amarelo dê lugar ao preto.
    Mas tenho que confessar que meus sentimentos e pensamentos andam confusos sobre o que será do “nosso” time e da “nossa” camisa como símbolos de um país, de um povo.

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  7. Foram atitudes como essa agora centenária que moldaram a glória eterna do Vasco da Gama. Acompanho integralmente a defesa de adotar o uniforme cruzmaltino para a seleção brasileira, como forma de buscar algo que ainda possa restar de nossa identidade. Dedé

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  8. Não to dizendo que esse escriba ta cada dia mais fera? Bota competência pra defender de modo fundamentando e sedutor o uso da camisa do Vasco pela seleção brasileira! Rsrs

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  9. Prezado Hayton

    Acho admirável como você consegue colocar sua competência literária para abordar, a partir de um assunto aparentemente descompromissado, componentes de nossa brasilidade que precisam ser insistentemente problematizados.

    “Abordar” não é ficar nas bordas e sim ir a bordo, como você faz com esses temas que precisam de um olhar crítico.


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    1. Pela “caligrafia”, deu pra descobrir o “anônimo”. Gostei da “abordagem”. Só vejo você utilizar o verbo dessa forma, meu caro Artur Roman.

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  10. Confesso que eu, flamenguista convicto, “quase” me convenço a abraçar a campanha pelas cores do Vasco na camisa da seleção brasileira. Mas, o que mais me chamou a atenção no texto, foi a “linguagem das cores”. Fantástico!!!

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  11. Muito bom Hayton, tanto fundamento que nem pude sugerir nada que lembre meu Inter no novo modelo. Também...tá faltando até coragem...

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  12. Uma verdadeira aula de história sobre nossa bandeira, como introdução à defesa da camisa cruzmaltina, que como bom tricolor eu teria minhas ressalvas para corroborá-la, embora tenha sido usado excelentes argumentos. Como minha condição não estaria à altura para essa defesa, invocaria o mestre citado na crônica, tricolor de coração, Nelson Rodrigues, para o fazê-lo (rsrsrs).
    Já faz muito tempo que a "amarelinha" deixou de promover algum encanto em mim, ao ponto de fazer-me torcer pelo seu sucesso. Confesso, inclusive, que o 7 X 1levado da Alemanha deixou-me mais satisfeito do que lamentoso.
    Mas, bola pra frente...

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    1. Concordo em parte com você. O grená (ou vermelho) já está contemplado na proposta que formulei. Mas, não posso negar, do ponto de vista estritamente musical, considero o hino do clube a que você se refere bem mais bonito do que aquele entoado nos jogos da Seleção. É só inserir uma letra mais condizente com a história de nosso povo.

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    2. Acho muito difícil mudanças tão radicais, depois de tantos anos da criação de nossa bandeira. Os fatos e acontecimentos narrados são verdadeiros, mas nenhuma bandeira conseguiria ultrapassar o tempo sem ver suas cores manchadas pelo comportamento do povo que ela representa ou de seus governantes. Melhor encontrar inspiração para ressignificar o verde, o amarelo, o azul e o branco. Sem esquecer que ela quase foi confiscada por um recente aventureiro e quase a maioria da população até concordou. SMJ. Grande abraço meu querido amigo.

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  13. Me atrevo a ser mais radical. Acho que deveríamos mudar de "esporte nacional". Adotar, por exemplo, a queimada, onde o objetivo dos jogadores é "queimar" os oponentes, sem delicadeza ou elegância nos passes. Ou o rugby, com toda aquela vontade de derrubar o outro, sem disfarce, sem dó. Penso que retrataria melhor como os brasileiros aceitam ser tratados pelas grandes seleções, pelos seus treinadores, dirigentes, empresários e uma parte da torcida.
    Marina.

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  14. Impossível falar do "nosso hino", com tantas expressões desconhecidas do povo, sem que eu não lembre do NÓ DE PORCO, de que só ouvia falar e nunca aprendi a dar.
    Sobre a crônica de hoje, como de resto todas as demais, pensei no seguinte chamado: leia a crônica e ganhe uma aula de história, de atualidades, de conhecimentos gerais etc.
    Vendo a foto de Pelé com a camisa daquele time, pensei em como seria diferente a história do gigante da colina.

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  15. Muito interessante! Aceito o famigerado escudo da CBF em lugar da cruz de malta, afinal a torcida flamenguista é grande. Mas, rapaz, uma camisa cinza, com golas e mangas pretas e números em vermelho seria avassaladoramente bela. Parabéns pela condução do tema até o brilho vascaíno.

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  16. Neste mundo bicudo e caneludo que estamos vivendo, com demonstrações de intolerância explícita cada vez mais frequentes, é mais que que oportuno relembrar a exemplar história do Vasco.

    E quanto ao uniforme da seleção, gostei muito dessa ideia da cor preta, salpicada com alguns pontos de branco, de azul...

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  17. Que essa nova camisa esteja vestida por meninos e meninas que venham das várzea descalças e, ao mesmo tempo preservando a alegria e orgulho de sua origem e raça .

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  18. Parabéns por mais um texto. Realço o detalhe da abordagem do dia - esporte. É que achava o assunto menos atraente para a missão. Engano pleno. Deu o recado da melhor maneira possível. Isto prova a competência do autor para qualquer tipo de assunto. Fico feliz com a sua felicidade. Grande abraço.

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  19. O meu lado amante do futebol é meio que uma aberração. Se ganhou, beleza. Se perdeu, vida que segue.
    O 7 X 1 não me abalou em nada. Provavelmente, devo ter sido uma exceção. Talvez não.
    Mas, se tem uma coisa que me deixa um tanto pistola é essa de que “quando veem a amarelinha” eles tremem. Como se ainda tivéssemos Pelé, Tostões, Garrinchas e outros. No máximo, somos uns iguais. No máximo.
    Minha visão sobre o que temos de craques hoje é míope. Não consigo enxergá-los por aqui.
    Quanto à descrição que fizestes das cores da camisa, meu lado um tanto bairrista consegue ver um pouco das cores do ABC. Aquele mesmo que ultimamente andou aprontando para os cruzmaltinos. Mas isso é outra história e não constou da crônica. Minha simpatia pelo ABC, não torcida, remonta aos tempos de Alberi. E fica por lá.
    Em tempos de mudanças não é inapropriado que adotem uma nova camisa. Se isso servir para que melhorem o futebol que vêm praticando já terá valido a pena. Talvez até arranjasse coragem para usar uma com cores e modelo diferente.
    Por tudo que ultimamente representou, cansei da amarelinha.

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  20. Cleber Pinheiro Fonseca12 de abril de 2023 às 19:33

    Caro Hayton,
    É invejável sua capacidade de brincar com as letras, ainda que a narrativa esteja revestida de muita seriedade. Agora você se revela um exímio artista no uso da aquarela, ao dar cores e ressignificar os nossos dramas e dissabores, valendo-se de todas as matizes que retratam uma realidade cruel e nada poética.
    Entendo muito pertinente as sugestões de cores para a (ex-nossa) seleção de futebol. Só lamento que os atuais “atletas”, travestidos de futebolistas - opa! Qualquer comparação não é mera coincidência -, não compreendam o simbolismo das cores que estejam envergando, a exemplo de como se comportam perante a bandeira e o hino do seu País.
    A despeito do verso do Toquinho, em Aquarela, “…Vamos todos numa linda passarela de uma aquarela que um dia enfim descolorirá…”, ainda sigo confiante numa vida multicor, que não desbote e em muito reluza com todos os seus tons.

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  21. Agostinho Torres da Rocha Filho12 de abril de 2023 às 19:37

    Ainda que seja mera inferência de um sofrido torcedor cruzmaltino, o texto arrebata seus leitores pela riqueza de informações, críticas sugestões e argumentos, dispostos de forma muito criativa. E para reforçar sua ilação, o autor ainda encontrou uma fotografia do Rei vestido de Vasco da Gama. Parabéns, meu irmão! Mais uma pérola da crônica brasileira.

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  22. Excelente reflexão!
    Mas, respeitosamente, discordo da Milly Lacombe. Utilizar “camisas pretas” seria facilitar ainda mais o sequestro, a apropriação, até com mais coerência…

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  23. Em minhas reflexões, de uma coisa estou convicto.
    Ou você é um extraterrestre, ou tem ligação com seres de outro Planeta que lhe abastecem, através de uma inteligência artificial, com tantos detalhes ínfimos sobre qualquer tema.
    Sim, o WAZE nos dá informações menos detalhadas sobre trânsito, percurso e rotas de que precisamos, que você em suas crônicas, qualquer que seja o assunto tema do dia.
    Nesta crônica de agora você mostra até uma veia política; floreia, adoça, enfeita bem pra conquistar a plateia a favor do seu Vasco da Gama.
    Mas é verdade, tenho que reconhecer, como flamenguista com certo nível de paixão, mas que nunca briga por futebol e até aceita gozação numa boa. O Vasco da Gama foi realmente o primeiro Clube brasileiro a aceitar e abraçar negros em seus quadros. E mais, poderoso econômica e financeiramente, decidiu construir seu estádio em um subúrbio, quando poderia fazê-lo em qualquer lugar privilegiado do Rio de Janeiro. E fez isto pra prestigiar o lugar e seus habitantes, promover a sadia integração.
    Até serviu de inspiração para que posteriormente três componentes dos quadros do Fluminense, indignados com a decisão do Clube em não aceitar negros em seus domínios, rebelaram-se, desligaram-se dele e fundaram o venerado Clube de Regatas do Flamengo - remember Ibrahim, "sorry periferia".
    Brincadeiras à parte, minhas congratulações, sinceras e eternas ao Vasco da Gama por sua corajosa, determinante, histórica e eterna atitude exemplar.
    Mas claro que esta admiração que tenho é só pelo Clube, o time quero que também brilhe, mas que fique sempre como o mais querido VICE do meu Flamengo - o detalhe é que, na marcha que a coisa vai, o Flamengo logo, logo destrona ele da "gloriosa" posição, o Fluminense e o Palmeiras estão aí mesmo para isso.
    Por fim, perdoe as brincadeiras e grande abraço deste seu admirador e leitor.

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  24. Corrigindo: - *REBELAREM-SE, DESLIGAREM-SE DELE E FUNDAREM o venerado..."

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  25. Caro cronista Hayton, obrigada pelas pérolas das quartas feiras, crônicas estas que nos enriquecem com tantas informações importantes, que nos levam a reflexões acertadas e dignas de serem levadas adiante. Parabéns mais uma vez. Contudo, nenhuma mudança acontecerá enquanto o nosso povo não mudar sua cabeça de que o nosso país tão combalido pela injustiça das instituições que se dizem da Justiça, pela ignorância, pelo câncer da corrupção e enquanto uma eleição for fraudada por quem não deveria ser, enquanto o cargo mais importante do Brasil for ocupado por um condenado e sua quadrilha como ministros versus Congresso, só lembrarem do próprio umbigo e interesses próprios, onde já se acostumaram com esse "modus operandi" que um brasileiro de bem jamais aceitará. Eu, particularmente, gosto muito das cores da nossa bandeira, discordo de qualquer mudança. Não são as cores que devem ser mudadas, mas a mente de um povo que não generalizando, ainda tem muita gente cega. Um abraço grande cronista!

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  26. É, meu amigo, mas do jeito que as coises vão... a cor está mais pra rosa... rosa de todes...

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  27. Vamos simplificar, ficando apenas com o alvinegro de Garrincha, Jairzinho, Zagalo, Nilton Santos, Didi, Manga, Jefferson…!

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  28. Mais uma vez o autor foi muito feliz na crônica. Ótima reflexão. Só não gostei da sugestão do uso das camisas pretas. Nada a ver...

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  29. Caro Hayton, obrigado pelo show de cores e simbologias e nos deliciar com seu talento literário. Abração.

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  30. Olá Hayton
    Como bem disse Silas Jr: aula de História. Arrisco dizer que é a mais pura arte literária, ensinando História, Filosofia e Política.
    Em geral, suas crônicas são excelentes pontos de partida para que professores trabalhem variados temas em sala de aula, com o adicional da leveza que certamente atrairá a atenção dos alunos.

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  31. Belíssimo texto, é assim que começa, lembramos de algo e isso vai puxando outras coisas e aí passam por momentos bons, também ruins, mas tudo faz parte da vida. Ganhar, perder e saber lidar com tudo isso. Também um grande apanhado histórico e que por tanto tempo nos fizeram acreditar na falácia das cores da nossa bandeira que se refletiu nas cores da seleção “canarinho”.
    Parabéns por provocar tantas reflexões!

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