Quase toda noite, eles brilham sobre as águas da Baía de Todos-os-Santos. Jorge Amado e Dorival Caymmi são irmãos na amizade e na fé nos orixás. Seus talentos se entrelaçaram como raízes fincadas no coração da Bahia, gerando romances e canções que traduzem a essência da terra afro-brasileira.
O destino os separou algumas vezes. Ora exilado por questões políticas, ora perambulando por razões profissionais, Jorge vagou pelo mundo durante certo tempo, enquanto Caymmi, no Brasil, curtia a saudade que um dia traria o amigo de volta.
Um dia, em 1976, enquanto escrevia “Tieta do Agreste”, lançado no ano seguinte, Jorge recebeu em Londres uma famosa carta, que, resumidamente, dizia:
Jorge, meu irmão…
Terminei de compor uma linda canção pra Iemanjá, inspirada no reflexo do sol na Pedra da Sereia. Nem sei quantas já compus pra Janaína. Stela talvez saiba, essa mulher é um milagre. Manda beijos pra Zélia. Eu, saudade. Quando vierem, tragam um pano africano bonito. Quero um blusão de respeito.
Ontem, Carybé e eu encontramos Camafeu na Rampa do Mercado. Sentimos cheiros, vimos cores, contamos quinze tons de azul e um ocre de arrepiar. Fiz um quadro: baiana, tabuleiro, gente em volta. Simples, mas bonito que só. Carybé ficou mordido. Se eu tivesse tempo, virava pintor e ganhava uma fortuna. Mas cadê tempo? Tenho que visitar dona Menininha, saudar Xangô, ouvir Carybé mentir, andar à toa e fazer nada. Isso me toma o dia inteiro.
A Bahia segue viva. No Axé, Stela de Oxóssi agora é iyalorixá. Perguntaram por você na festa: "Cadê Obá Arolu que não veio ver sua irmã rainha?" Saí pra te procurar, mas não te achei. Que fazes tão longe se teu lugar é aqui? Londres, Jorge? Me diga: o que foste buscar aí? A lua daqui é que é a lua.
Vendi a casa da Pedra da Sereia. Construíram um edifício horroroso e botaram meu nome nele. Fiquei retado e me mudei pra Pituba. Agora sou vizinho de James e João Ubaldo. Mundo virado, hein? Mas antes da mudança, fiz outra pra Iemanjá. Sempre Bahia, sempre o mar, sempre mulher. E sempre Stela, minha eterna musa, com quem me casei tendo você como padrinho.
A bênção, padrinho. Oxóssi te proteja por essas inglaterras. Um beijo pra Zélia. Tragam meu pano africano e voltem logo. Aqui é tua casa, e eu sou teu irmão... Caymmi.
Ninguém garante que Jorge respondeu, mas, recorro a fragmentos de sua vasta obra e tomo a liberdade de imaginar algo nesta linha:
Caymmi, querido amigo.
Volto, sim. Não hoje, nem amanhã, que exílio tem lá suas vantagens, mas volto. Voltar sempre foi o destino dos que partem e o consolo dos que ficam. E se a Bahia segue viva, como dizes, é porque nela há o mar, o dendê, a fé e amigos como tu, que sabem contar os tons de azul como ninguém neste mundo.
Tu me contas que compuseste outra canção pra Iemanjá. Claro que ficou linda, como todas as tuas, porque tua música, meu irmão, não é feita só de notas, mas de alma, de cheiro de maresia e da boa preguiça – aquela que transforma o tempo em contemplação.
Aqui, deste lado do oceano, penso em nossa terra e na sina de quem nela nasce sem sobrenome. O Brasil, meu velho, visto daqui ou daí, segue como sempre: grande demais pro bolso do povo, pequeno o suficiente pra caber nos caprichos de uns poucos. Mas deixa isso pra lá, que o dendê e a pimenta ainda temperam a resistência, e a fé segue viva entre os que contam estrelas na beira do cais. Já pensaste na sorte? Tanta miséria e, ainda assim, sobra poesia até nas curvas dos acarajés abaulados.
Quero mais é saber de ti, da casa nova na Pituba e de teus vizinhos. James, João Ubaldo… Olha só, virou quarteirão de colhudos! E eu aqui, do outro lado do Atlântico, sem um cantinho quente pra repousar as palavras.
Zélia manda beijos. Diz que sente falta dos dias em que Stela ensinava os segredos do candomblé. Já eu, meu caro, sinto falta do Axé, de Mãe Menininha, das noites na Ladeira da Montanha e das manhãs de ressaca no Mercado Modelo. E de ti, claro, que nunca te cansas de olhar o mar e fazer cantigas de ninar.
Ah, sim, levarei teu pano africano. Escolhi um de azul profundo, quase negro, da cor dos mistérios de que somos feitos. Logo estarei de volta pra entregá-lo em mãos e brindar contigo ao que nunca muda: a Bahia, o mar, as mulheres e a nossa amizade.
De teu irmão, Jorge.
Agora, quando anoitece e a lua dança sobre a Baía de Todos-os-Santos, há quem diga que os dois velhos amigos-irmãos ainda trocam cartas de luz. O mar, cúmplice a vida toda, leva as palavras e guarda os segredos. O resto, Caymmi canta e Jorge conta.
Maravilha caro amigo… fiquei com lágrimas penduradas
ResponderExcluirQue coisa linda, poética, romântica!
ResponderExcluirVocê se supera, meu amigo!
Pense numa crônica arretada de poética e danada de boa. Top, top Hayton.
ResponderExcluirGlorioso Amado Jorge com Caymmi sem Dor, que deixaram um grande legado para a cultura brasileira e reinam eternamente no coração dos baianos e de todos os brasileiros.
"O mundo só vai prestar
Para nele se viver
No dia em que a gente ver
Um gato maltês casar
Com uma alegre andorinha
Saindo os dois a voar
O noivo e sua noivinha
Dom Gato e Dona Andorinha."
Jorge Amado
"É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar.
Passo a passo, passando, eu passo!"
Dorival Caymmi
Abração, e vamos que vamos rumo às novas crônicas tão aguardadas.
Tinha que ser alguém com um grande nome com o seu a tecer um comentário desta magnitude. Valeu, meu caro amigo!
ExcluirGenial !!!
ExcluirDifícil encontrar palavras pra comentar uma beleza dessas.
ResponderExcluirFiquei com o sotaque baiano na cabeça. Uma poesia pra lá e outra pra cá, como se o mar levasse uma e trouxesse outra.
Que presente você nos manda hoje, meu caro amigo!
Maravilhosa essa crônica, sem palavras pra descrever tamanha beleza.
ResponderExcluirObrigada por mais esse presente de quarta-feira. Ansiosa para receber a próxima obra prima.
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirMaravilha! Li e reli... já quase nem sei quem escreveu qual. Foi possível se deliciar nas cartas como se ambas fossem da mesma época, do mesmo sentimento!
ResponderExcluirLembrei da vez que Vinícius de Moraes (assim contou Baden Powell), já após algumas garrafas de whisky, quase teimou que uma música composta por Baden havia sido plagiada de Chopin. Por fim, já sem argumentos q não o teor alcóolico, disse "se não é Chopin, ele se esqueceu de compor esta!" Bem... se não foi Jorge que escreveu, deveria te-la escrito assim!
ResponderExcluirA crônica de hoje veio se juntar ao filme Ainda Estamos Aqui. Nos lembrou os negros tempos da ditadura militar, de todos os que foram separados de seus entes queridos, mas nos mostra a força da amizade - que une apesar das distâncias. E, de quebra, nos trouxe a poesia que a Bahia tem. Parabéns!!!!! Nelza Martins
ResponderExcluirAcabei de ler o texto da semana, que homenageia Jorge Amado e Dorival Cayme. Interessante e original abordagem. Parabéns!
ResponderExcluirPresumo que os dois amigos andam pelo o Universo Celestial, abraçados, depois de "umas e outras", entoando essa canção:
ResponderExcluir"Minha jangada vai sair pro mar,
vou trabalhar meu bem querer...
Se Deus quiser, quando eu voltar do mar,
Um peixe bom, eu vou trazer.
Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do Céu vamos agradecer".
... o resto, Jorge conta e, cá na terra,, Hayton nos encanta.
Lacerda Jr.
Espetacular
ResponderExcluirUma bela amizade relembrada/homenageada com um texto à altura do seu calibre, onde parece que o azul da cor do mar permeia cada linha/parágrafo. Numa visão poética-imaginária, fico a pensar Caymmi colocando a carta em uma garrafa e jogando-a ao mar, onde dias depois Jorge encontra-a e após lê-la, ainda com os olhos marejados, escreve sua resposta no verso da mesma carta, a põe na mesma garrafa e a manda de volta, nas ondas salgadas, pelo sal do mar e das suas lágrimas.
ResponderExcluirTexto primoroso. Merece profunda reflexão sobre o que significa amizade em tempos de TikTok, Facebook, Instagram…
ResponderExcluirNo futebol, um jogador com confiança arrisca dribles cinematográficos, dá passes quase impossíveis, faz gol de qualquer lugar.
ResponderExcluirSó um escritor com muita segurança arriscaria escrever como se fora Jorge Amado. E o faz com maestria!!!
Parabéns, Hayton!
" ... andar à toa e fazer nada. Isso me toma o dia inteiro."
ResponderExcluirEsse trecho é delicioso.
Parabéns pela belíssima crônica!
Luiz Andreola
Maravilhosa crônica. 🙌🏼
ResponderExcluirAbração,
Gradim.
“Da cor dos mistérios de que somos feitos “. Antológica essa crônica, no mínimo! Adorei! Diniz.
ResponderExcluirHayton capturou o universo de Jorge Amado, com sua mitologia baiana, em que santos e divindades esmorecem e se deleitam contemplando o mar e os prazeres da Bahia. Tudo isso presente no ritmo da narrativa de um Amado que o autor nos presenteia ao tão bem resgatá-lo.
ResponderExcluirSergio Freire
O JORGE voltou! Eis o motivo: "As aves, que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá! CAYMMI na rede, balançando como as águas do mar, sentindo preguiça no corpo, esperando o amigo. A inspiração da crônica e poema literário, é de um autor com sangue "PARABAIANO".
ResponderExcluirNossa Bahia de Jorge
ResponderExcluirÉ também de Dorival
Foi uma bela amizade
Com romance e musical
Aqui em nossas ladeiras
Essas aves cantadeiras
Fizeram um festival.
Essa crônica de hoje superou todas as demais! Simplesmente fantástica. Digna dos próprios personagens.
ResponderExcluirParabéns!
Maravilha Hayton Rocha, todo baiano se emociona.
ResponderExcluirParabéns! Ayton
ResponderExcluirQue fantástica crônica, enche os olhos e nossa alma. É a vida e é Bonita.
ResponderExcluirLindíssima crônica e, sobretudo, altamente crível. Parabéns, Hayton.
ResponderExcluirAs cartas desde as de Paulo, passando pelas de Henfil... são sentimentos da alma transcritos com tintas da emoção. Belo texto.
ResponderExcluirDiria que todos os lugares têm seus encantos, nem sempre percebidos na chegada. Na Bahia de Jorge e Caymmi a pessoa é surpreendida ao respirar o primeiro ar temperado pela maresia... Todos os cantos inspiram cultura e alegria. Porém, felizes os que compreendem que o melhor lugar é onde vivemos e temos amigos...
ResponderExcluirÊta, Hayton, cabra retado! Superando-se na arte do bem escrever. Parabéns por tão inspiradora narrativa, a ponto de suspeitar ligeiramente que tem um requinte de psicografia permeando este admirável texto, o que só eleva o mérito do competente cronista.
ResponderExcluirSaudações apimentadas e besuntadas de dendê desta terra de todos os Santos e Orixás e de muitos baianos que aprendemos a lhe estimar e admirar por ocasião de sua passagem profissional tão profícua e generosa entre nós.
Axé!
Resposta digna de um Jorge Amado!
ResponderExcluirAxé!!!
Parabéns pela crônica, Hayton!
ResponderExcluirNão é que o cronista, hoje, amanheceu inspirado.
Poesia, regada a grandes escritores, ou melhor, o cronista é um grande escritor.
Incorporou o espírito de Jorge e respondeu a Dorival, com maestria, que nem o próprio Jorge conseguiria.
Valeu de verdade, a leitura.
Fantástico! Alegre Bahia!
ResponderExcluirMuito bom. Aliás foi muito pertinente citar também Caribé, que era muito amigo dos dois. Conta-se que Caribé tinha uma mania de "roubar" imagens sacras. Certa ocasião foi com Jorge numa pequena cidade do interior da Bahia e pegou uma santa que era a padroeira da cidade. Após a revolta da população e o acionamento da polícia, Caribé, que ainda estava na cidade, procurou Jorge preocupado, ao que Jorge respondeu que ele resolvesse a bronca. Quando foi a noite Caribé saiu do hotel correndo com a santa na mão e gritando: .Milagre, Milagre, Milagre, achei Santa.
ResponderExcluirCoisas dessa maravilhosa terra chamada Bahia.
Pra ser rigorosamente honesto, só acredito no "espírito de porco", pois este tem em todo lugar, mas longe de mim a pretensão de ter a melhor ideia ou visão, então, todo meu respeito a quem de mim discordar.
ResponderExcluirNo caso aí, de sua deslumbrante - como costuma ser - criação literária, fico aqui a imaginar.
Certamente, se houver realmente o outro mundo - e eu adoraria constatar que existe - , Caymmi e o Amado Jorge estarão hoje convidando amigos diletos pra a grande comemoração que farão pra exaltar sua obra. Penso até que dirão que nunca receberam, quando mortais comuns, como nós, tão memorável homenagem.
Só que aí, fico aqui preocupado, tomara que eles não lhe queiram próximo deles tão cedo, nós é que merecemos e até precisamos de sua presença, pra nos deleitar em um mundo tão convulso.
Quem sabe uma dia você escreve sobre LAMPIÃO, não duvido...
Que as famílias AMADO/CAYMMI, também se deleitem da leitura que homenageia os Irmãos de além-mar!
ExcluirEm resumo, a crônica é uma celebração justa e emocionante de dois gigantes da cultura brasileira.. A Bahia que eles retrataram não é apenas um cenário de beleza e magia, mas também um espaço de luta e resistência.
ResponderExcluirA crônica em questão é uma bela homenagem a duas figuras icônicas da cultura brasileira, Jorge Amado e Dorival Caymmi, cujas obras transcendem o tempo e continuam a ecoar como testemunhos vivos da identidade afro-brasileira. O texto captura de forma poética a conexão profunda entre esses dois artistas, não apenas como criadores, mas como irmãos de alma, unidos pela amizade e pela fé nos orixás. Essa ligação espiritual e cultural é retratada de maneira sensível, destacando como suas raízes estão fincadas no coração da Bahia, terra que ambos souberam traduzir em palavras e melodias.
ResponderExcluirNo entanto, o texto poderia explorar com mais profundidade o impacto social e político das obras de Amado e Caymmi. Ambos não apenas retrataram a Bahia, mas também denunciaram as desigualdades e celebraram a resistência do povo negro e das comunidades tradicionais. Jorge Amado, em romances como Jubiabá e Tenda dos Milagres, deu voz aos marginalizados, enquanto Dorival Caymmi, em canções como "O Mar" e "Saudade da Bahia", eternizou a relação do povo baiano com o mar e com suas tradições religiosas. Esses aspectos poderiam ser mais enfatizados para mostrar como suas obras não são apenas belas expressões artísticas, mas também ferramentas de luta e afirmação cultural.
Além disso, a crônica poderia abordar de forma mais crítica como o legado desses artistas é apropriado e comercializado hoje, muitas vezes desvinculado de seu contexto original de resistência e identidade. A Bahia de Jorge Amado e Dorival Caymmi é uma terra de contradições, onde a beleza da cultura convive com a dura realidade da desigualdade social. Uma reflexão sobre como essa dualidade é tratada (ou não) na atualidade enriqueceria ainda mais o texto.
Excluirkkkkkk Que enorme coincidência, Stoney! Fiz uma consulta a um site de inteligência artificial sobre o que achou da crônica acima e a resposta foi quase a mesma!
Excepcional crônica!
ResponderExcluirRapaz …. Que viagem !!! Eu me senti um vivente de toda a crônica. Moro na Pituba, trânsito muito por Itapuã, seguindo ,“de quebra” passo na porta da casa de Vinicius, observando sua imagem numa mesa a tomar seu whisky( a garrafa foi roubada) e após uma curva, me deparo com a Pedra da Sereia. Enfim atravessei a Terra da preguiça e da poesia. Tenho que me sentir um privilegiado!
ResponderExcluirQue beleza de viagem sua crônica. Parabéns amigo.
Se você estava receoso de enveredar pela ficção pura, fique mais não! Enquanto lia, só pensava em “A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Agua.” O que você criou, esse sim é realismo mágico. Divino. Sua obra prima para deleite e orgulho dos seus leitores. “Colhudo” para inveja dos outros que festejam à mesa da fantasia do bem escrever. Apoteótico. Único. Perfeito. Genial.
ResponderExcluirJorge Amado e Dorival devem ter acordado, nesta quarta-feira, mais felizes.
ResponderExcluirBeleza de escrito.
Meu amigo, você foi longe, muito embora, bom como sempre ("Longe" na linguagem baiana é profundo). Que deleite esses textos. Gosto do destaque da virtude da preguiça baiana. No primeiro Caymmi reclama da falta de tempo porque tem que fazer nada e, no segundo, Jorge fala da boa preguiça de transformar o tempo em contemplação. Parabéns pela sensibilidade de captar Valores e valores verdadeiramente baianos. Em tempo: me chame de preguiçoso que alegrarei, me chame de burro que partiremos para brigas.
ResponderExcluirSensacional. Parabéns.
ResponderExcluirLindo demais! A Bahia cantada por Caymmi, contada por Jorge Amado e Amada por Hayton Rocha. Parabéns!
ResponderExcluirSe Jorge Amado lesse a carta que você fez por ele, com certeza, assinaria ao final. Bela crônica!
ResponderExcluirBahhh!!
ResponderExcluirQue maravilha de crônica. Todos os sintomas da resposta do Amado estão aí, bem amanhadas e poeticamente bem postas.
Estás, agora, morando parede-meia com essa turma: Ubaldo, Jorge, Dorival... Vais beber bastante, escrever bastante, pintar, e cantar o Mar.
Amado e Caymmi, dois grandes homens, cujas obras permanecerão inesquecíveis!!!
ResponderExcluirMeus parabéns, Hayton!!!
Excelente!! A poesia da sua crônica, a cultura baiana, candomblé , o tempo para contemplar a beleza, para não fazer nada, para ouvir as mentiras dos amigos. Muito bom!
ResponderExcluirSugestão para quem ainda não conhece: visitem a casa de Jorge Amado, no Rio Vermelho. É uma passeio maravilhoso, com direito a leituras de cartas originais escritas e recebidas de vários escritores e artistas.
É muita criatividade, maestria e genialidade... Concordo plenamente com o leitor Jessier Quirino, quando afirma que o autor já pode chamar os homenageados de "vizinhos" ou amigos, compadres. Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirQue crônica maravilhosa, Hayton. Você sincronizou cartas com palavras tão delicadas, para definir uma amizade tão especial, numa escrita poética só. Bahia, é sempre Bahia e mar, ambas se confundem na prosa e na poesia. Mais uma vez, você se supera grande cronista Hayton! Um abraço.
ResponderExcluirFico na dúvida se digo que o Hayton é insuperável e mesmo inimitável com a caneta nas mãos, ou com as mãos no teclado. Caneta, nos dias atuais só é usada para assinaturas exibicionistas na televisão, já que as assinaturas comuns são digitais.
ResponderExcluirSou grato ao meu fraternal amigo Carlos Volney que me premia com o envio dessas preciosidades. Incluo os comentários, todos ricos de conteúdo. Dentre todos, destaco o de Edivaldo Pereira, quando ele parabeniza Hayton. Quem, na verdade merece cumprimentos somos nós os leitores de Hayton.
Meu amigo, para falar desses dois eu me sinto um analfabeto. Sempre gostei de suas composições. Ouço Nana pra lembrar um pouco. Foram fabulosos, por isso eternos.
ResponderExcluirEspetaculares as cartas de um dos irmãos-de-além-mar e da sua/Jorge. De resto, como baiano residente em Salvador há 44 anos, tenho o privilégio de acordar respirando o ar, os vários cheiros da primeira capital do Brasil: acarajé, pimenta, maresia…E o que dizer das músicas do Dorival e da literatura do Amado? É muita cultura a ser degustada. Pessoas como esses irmãos são insubstituíveis, como Roberto Dinamite, no Vasco da Gama.Ainda temos alguns remanescentes desses gênios (Caetano, Gil, Bethânia..). Você, amigo,sempre se reinventando. Parabéns!!
ResponderExcluirAve Maria que eu fico é acanhada para escrever meu comentário.
ResponderExcluirHayton, que coisa mais linda essa resposta de Jorge!
Não fui amiga dos dois gênios baianos, mas poderei sempre contar orgulhosamente para meus amigos que Hayton é meu admirado amigo.
Deus te crie, como dizia minha avó Ciana.
Os comentários e os elogios diz tudo sobre a crônica.
ResponderExcluirParabéns, escritor!!
Emílio.
Botou pra lenhar! O escritor viveu apenas um ou dois anos na Bahia e pegou o macete!
ResponderExcluirExcelente! Você psicografando ficou supimpa...
ResponderExcluirEu gostei demais dessa crônica dos dois irmãos, mas gostei mais ainda da carta inspiradora do meu irmão Hayton, que em cada crônica que escreve, consegue tocar em algum recanto escondido na minha alma. Nessa dos irmãos, alegrou minha esperança com a frase “Voltar sempre foi o destino dos que partem e o consolo dos que ficam”.
ResponderExcluirMandarei para o meu filho Guilherme que está muito feliz do outro lado e dando-se tão bem profissionalmente que nem sei quando será esse dia da volta. Acho que só depois dos 50 anos dele. Mas ainda serei um jovem de 80, com tempo para muita conversa.
Grande abraço.
Queria eu escrever cartas assim e ter muitas amizades com essa, desses dois.
ResponderExcluirEssas cartas me lembram de algumas boas amizades que já tenho e que me ajudam muito na minha caminhada.
Com textos assim, Hayton, logo seu nome vai ser lembrado para a academia. Abração.
Menos, meu caro e generoso amigo. Mas muito obrigado por sua atenção! Abraço e bom domingo!
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