quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Pano de fundo: o fim do papel?

Esqueça tudo que você sabe sobre papel higiênico. O futuro (ou seria o passado?) reserva algo inesperado e preocupante para o seu banheiro.

 

Nada como um bom e confiável rolo de papel, macio e reconfortante, não é? Um marco civilizatório definitivo, separando o primitivismo da dignidade moderna. Mas, em tempos em que até a roda anda ansiosa com tanta reinvenção, surge uma nova tendência nas redes sociais: substituir o papel por panos reutilizáveis. Sim, panos. Aqueles de enxugar louça ou do lavabo agora podem ganhar status de item sanitário premium.

Reprodução/TikTok


 

Esta semana, uma família de seis pessoas viralizou no TikTok ao compartilhar sua experiência com essa alternativa. Jazmine, a matriarca da resistência ao papel higiênico, explicou que a decisão foi motivada pelo desejo de levar uma vida mais sustentável. Assim, cada membro da família tem seu kit de paninhos, que usa, lava e reutiliza. Tudo armazenado numa cesta, como quem organiza calcinhas, cuecas, meias ou pães caseiros. Um verdadeiro enxoval de alta costura para o momento mais íntimo após o café da manhã.

 

Os adeptos defendem que os panos preservam o meio ambiente e o bolso, reduzindo o desmatamento e o consumo de celulose. No entanto, a adesão à prática exige planejamento e uma rotina impecável de lavagens – afinal, ninguém quer errar na cor do pano e pegar um que já tenha antecedentes pastosos.

 

Os céticos, por sua vez, argumentam que trocar o rolo pelo retalho pode ser um convite ao caos doméstico, trazendo dúvidas acerca da higiene, logística e, principalmente, sobre aquele momento emergencial onde ninguém tem a mínima condição de esticar a conversa sobre os impactos ambientais da própria evacuação. Mas Jazmine rebate, segura de sua contribuição à posteridade: há panos de tamanhos diferentes para diferentes situações, como quem fala de um jogo de cama de luxo. E a lavagem frequente? Fundamental! Afinal, não se trata de um revezamento olímpico de dejetos humanos.

 

A polêmica reacendeu velhos métodos de higiene. Se você não sabe, antes da era dourada do papel higiênico, o ser humano já havia dado seus pulos criativos. Os romanos, por exemplo, usavam um tersorium – uma esponja presa a um cabo, mergulhada em água salgada ou vinagre. Isso nos banheiros públicos, onde podiam trocar ideias e especular sobre a vida alheia enquanto faziam o descarte orgânico. Já os vikings tinham uma abordagem, digamos, mais colaborativa: em terra, lã de ovelha resolvia o problema; no mar, uma corda pendurada para fora do barco cumpria a função – usada coletivamente, diga-se de passagem, numa folia de coliformes benzida pela boa vontade das ondas.

 

Os esquimós, acostumados ao frio polar, tinham uma solução gelada: neve. E os colonos americanos do século XVII? Espigas de milho – às vezes inteiras, às vezes só a palha ou o sabugo. No Japão antigo, um gomo de bambu prestava o serviço, limpando por dentro e por fora. Serviço completo.

 

Se existissem redes sociais na Idade Média, certamente teríamos posts entusiasmados sobre a melhor textura para um galho seco, um sabugo de milho ou um gomo de bambu.

 

A verdade é que a civilização tentou de tudo antes de inventar o rolo de papel higiênico. Meu amigo Arnaud, falecido no início dos anos 1990, defendia inclusive a ducha e sabonete, aliado ao papel. Dizia ele, entre goles e reflexões etílicas: “Experimenta passar um pouco de titica no braço e limpar só com papel, depois cheira e vê se está limpo mesmo!”. Pois é, nem tudo se resolve no seco.

 

Se você está tentado a aderir ao movimento dos panos, vá em frente. Mas lembre-se: a modernidade trouxe algumas conquistas que merecem ser protegidas com unhas, dentes e, sobretudo, um rolo de papel sempre ao alcance das mãos. O banheiro continuará sendo um espaço também reservado a leitura e reflexões filosóficas, porém ninguém deseja voltar ao tempo dos romanos e compartilhar uma esponja suspeita.

 

Mas quem sou eu para julgar esses novos (ou velhos) costumes? Se a moda pega, talvez o futuro reserve banheiros high-tech onde um braço robótico estenda um pano de microfibra e um algoritmo avalie a “eficiência do serviço”. No fundo, sem trocadilho, tudo se resume à ilusão de progresso – e ao eterno dilema de como sair limpo dessa história. O que importa não é o método, mas a garantia de que ninguém precise dar uma segunda checada pelo olfato.

 

E que ninguém invente o "desafio do pano comunitário". Aí sim, talvez decretemos estado de calamidade pública: a humanidade vai precisar ser passada a limpo.


 

60 comentários:

  1. Hoje em dia, tem muita gente fazendo merda e outros passando o pano. Qual seria o nosso papel nisso tudo?

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  2. ADEMAR RAFAEL FERREIRA12 de fevereiro de 2025 às 05:43

    É a economia circular chegando ao banheiro. A troca de preservação das árvores pelo consumo d'água pode custar caro.

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    1. Tudo vale a pena se a conta for pequena, dirão as criaturas adeptas dos paninhos encardidos.

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  3. Fiquei aqui pensando: quando ela sai leva na bolsa algum paninhos para o caso de aparecer, subitamente, uma necessidade? E o que faz com ele depois? Guarda na bolsa ou descarta? Kkkk Só você mesmo para discorrer sobre um ato tão banal com tamanha engenhosidade! Kkkkk Nelza Martins

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  4. Fantástico,Hayton!
    Um AABBração

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  5. Se a moda pega, a toalhinha já foi usada também como absorvente feminino, antes do modess. Aí é que a coisa vai feder.

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    1. Epa! Não vamos misturar as coisas! De fato, se isso acontecer, o bicho vai pegar.

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  6. Ri demais com esta crônica. 🤣😂🤣😂
    Já vi de quase tudo nesta vida, mas limpar o fiofó com paninho reutilizável é lasquera.
    Quando morava na roça anos 62 até 70, a turma usava folhas de plantas, sabugo de milho e água do córrego.
    A "casinha", que foi construída sob um riacho era até moderna. Por lá passava uma bica com água corrente, mas tinha também uma lata cheia de sabugos de milho, o negócio era sair da "casinha" limpo, mas o sabugo era descartado no riacho, nada de reutilização ou uso para outros fins.🤣
    Em local onde não tinha a "casinha" usava-se folhas de plantas, mas quem não conhecia a urtiga ficava com o forevis daquele jeito.
    Outro dia li uma matéria sobre o uso sustentável de plantas para higiene pessoal. É muita novidade em prol da,sustentabilidade.

    Em matéria de limpeza o melhor mesmo é a boa ducha higiênica, mas cuidado com a pressão sob pena de uma depilação forçada.

    Simbora rumo à próxima crônica.🤝

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    1. Abram o olho, hein?! Há quem diga que a pressão de certas duchas provoca os mesmos tremores que a tampa da esferográfica limpando o ouvido dos machões.

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  7. Excelente . Parabéns Hayton .

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  8. Se a moda (não a merda) pega, os que utilizam folhas de papel higiênico para assoar o nariz, poderão ficar em maus e cheirosos lenços.

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    1. Na minha terra, lá para as bandas de Diamante. Cidade grande de três mil habitantes, não se conhecia outra alternativa, na Latrina, no fundo do quintal, tinha uma cestinha de vime, cheia de rolinhos de sabugo, todos, roliços e limpinhos prontos para o uso. Nem se pensava que no futuro viriam outras alternativas.
      Abraço
      VFM

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  9. Lendo e rindo! todas quartas nos deliciamos com assuntos inimagináveis do amigo.

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  10. Isso tá cheirando a coisa de sujo falando do mal levado! Será que D. Jazmine parou pra saber o que é mais suave para o bolso e o monossílabo? Nessa disputa entre seu Textil e dona Celulose, a srta. Água fica só observando, porque sabe que seu papel, nessa história, nunca será descartado! Mais uma crônica, que dá gosto de ler e curtir! Aplausos pro Hayton!
    Lacerda Jr.

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  11. Rsrsrsrs...acho que esse povo morava no sertão nordestino ou desrto do Saara, pq não usavam agua para lavar e não limpar com objetos esquisitos para nós. Rsrsrs. Se está sujo lava e não apenas limpa. Por isso os franceses especializaram-se em perfumes. Rsrsrs

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  12. Luis Lanzac acima ou abaixo

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  13. Tempos e ferramentas modernas, mas, nem tanto. Panos reutilizáveis em substituição ao papel higiênico vai dar, ou espalhar, muita merda.

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  14. Esta grande ideia gerará empregos. Já imagino a quantidade de ambulantes nos semáforos vendendo os limpadores de "fiofó". Os preços serão de acordo o tecido: seda, algodão, linho ou estopa. Para aumentar a economia, muitos utilizarão de ambos os lados. A máquina de lavar será exclusiva.

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  15. Só quem tem talento poderá escrever sobre o assunto com tanta delicadeza e fina ironia…
    Parabéns!

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  16. Muito boa a crônica, no passado para fazer a limpeza tinha uns papéis usados tipo aqueles de mercearia, cortados do tamanho próximo a um A4, que ficavam pendurados num prego no banheiro. Difícil era quando se utilizava as folhas de revistas, que lisas deixavam rastros. Viva a modernidade, paninhos, lá Ele!🤣😎🙈

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  17. Tem gente que subestima os escritores.
    Hayton acabou de provar que, pra falar de merda com propriedade, é preciso muita pesquisa. Seja sobre romanos, japoneses, vikings ou colonos americanos.
    E que é possível falar até sobre isso com elegância e suavidade, como faziam os esquimós com a neve.
    Aliás, talvez seja essa a referência pra uma das marcas mais famosas de papel higiênico aqui em Pindorama!

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    1. É, meu amigo, mas o risco de ser visto como escatológico é grande. Quando acontece, tudo vira bosta, como cantava Rita Lee.

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  18. No começo da leitura, pensei que seria uma crônica escatológica, mas logo vi que o cronista trouxe-nos uma aula de história sobre como os diferentes povos higienizavam o “Portal do Desconhecido” ao longo dos tempos.

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  19. Ótima crônica. Inclusive com a internet comprovando que o febeapá não é uma exclusividade tupiniquim!
    Abração,
    Gradim.

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  20. It's Neve or never.

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  21. Ainda continua a polêmica quanto ao pós "pugare ventrem"; cada um opta ao que melhor lhe convém. As toalhinhas quando ainda não havia o bidê, eram usadas após uma relação íntima dos casais da época.

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  22. De lascar o cano!
    Senti falta da folha de malva, do jornal de ontem (devidamente amassado antes)... e a mulherada, pelo que observo, já usa o tal lencinho descartável para a higiene do Precioso. O tal pano lavável não vai criar fama. Logo logo sai de cena, que lavar merda nem mãe de 1a viagem quer mais. Se a vida, que é a vida, é descartável...

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  23. ROBERTO SANTOS FERNANDES12 de fevereiro de 2025 às 10:33

    Essa crônica foi muito oportuna! O papel tá caro, caro pra chuchu, precisamos de outras alternativas pra limpar ....., como já dizia aquela paródia da música natalina.

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  24. Eita Hayton, você me fez lembrar meu bisavô. Uma vez ele me contou que morava em Jardim de Piranhas( Próximo a Caicó) e tinha um vizinho muito sovina, que só usava sabugo de milho. Numa oportunidade recebeu a visita de filhos e netos e viu o estoque de sabugos se acabando, foi quando gritou: “Meninos não instruam, um sabugo dá pra dois cu” KKKKKKKK

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  25. Puta merda! Só faltava essa de passar o pano onde ninguém lembra do conforto do sanitário!
    Parabéns escritor de todos os assuntos, escritos com muita propriedade!

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  26. É cada invenção! E essa do paninho reutilizável, nem pensar.
    Entendo que a melhor maneira de higienizar a região do fiofó para retirar os resíduos de fezes que ficam após a evacuação é utilizando água e sabão. Nada como um bom banho após esse momento. O resto é só paliativo.
    Valeu pela crônica, Hayton.

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  27. Muito bem... daqui uns dias os ambientalistas irão pregar que, para evitar o desperdício de água, tais panos deverão ser lavados junto com os panos de prato. Afinal, uns enxugam a entrada e outros a saída...

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    1. E não duvide que eles justifiquem: "nada mais natural; afinal, a vida se move em círculos..."

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  28. No fundo, no fundo, só os que já passaram por uma cirurgia de hemorroidas sabe o que significa o uso de "material inadequado" para limpar tão importante peça da engrenagem do corpo humano, o orifício enrugado que fica na parte inferior de um poleame oposto à cabeça.
    De forma mais clara, e perdão pela parte escatológica, essa situação "pode deixar o sujeito com o cu na mão".
    E como doi.
    Chico Oitavo.

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  29. Como é saudavel começar o dia dando boas gargalhadas ! Só um escritor talentoso poderia descrever " assunto profundo" com tanta maestria....

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  30. Quem lembra do papel rosa Primavera? Era quase uma lixa. Limpava e dava o acabamento. Mas ai de quem passasse álcool ou sabonete no local para completar a assepsia.

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  31. Ótimo texto, Hayton. Como sempre. Não vi a viralização, mas confesso que já sou adepto da prática, não exatamente essa descrita no conto. Uso a ducha higiênica, lavo com sabão e depois enxugo com a toalha. Acho bem mais higiênico.

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  32. Boa!
    Os indianos são mais ecológicos e bem ajustados às recomendações dos proctologistas: para eles, basta uma caneca d'água na mão direita e o "esfregão" é a própria mão esquerda. Sem sabão.
    O problema é que não sobra água para a mão esquerda!

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    1. Meu caro anônimo,
      daí a regra. Nunca cumprimente um indiano apertando-lhe a mão esquerda.
      Chico Oitavo.

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    2. Se o sujeito for canhoto e roedor de unhas... Só os deuses indianos na causa!

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  33. Quem jja passou dos 60 e foi criado realmente no além do além (o então Além São Francisco na Bahia) conhece bem essa realidade pois a viveu de fato. Limpei o forever com sabugo, com pedaços de jornal, com folhas de mato quando era comum satisfazer-se ao verde. Não neguemos, essa noção de risco e higiene exacerbada não é coisa antiga não, assim como a gente andava descalço, viajava em carrocerias, etc o ais de copa não tinha consciência dos perigos que passou e continua sem te-la para alguns.. Eu sou corredor de rua e, ainda hoje, quando a gente se aperta no percurso, se vira como pode. Pedacinhos de pano (sem reutilização, lógico) tem sido a salvação, pois qualquer papel desmancha no suor. E Salve a Intimidade!

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  34. Como disse o velho filósofo Bostanaro: fazer cocô dia sim e dia não também ajuda na preservação do meio ambiente. Quanto à higiene pessoal, vou ficar com o bom e velho Neves do amigo Alfredo. Lembra dele? Gilton Della Cella.

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  35. Outra daquelas crônicas que mexem com todos! E também das que geram outras tantas dos colegas leitores. Identifiquei-me com alguns nascidos no “além do além”, como disse “Seu Vivi” e, de família pobre, da roça no alto sertão, convivi durante a infância com as soluções alternativas citadas pelos colegas: “papel de embrulho A4”, “sabugos” (sem pesticidas ou transgênicos) e, em tempos melhores, o “papel higiênico rosa”. Ainda bem que a minha avó, fornecedoras dos sabugos não era tão econômica como o bisavô do Amaury e podíamos usar à vontade.
    Agora vocês imaginem, essa menina do “além do além”, já adulta, funcionária do Banco do Brasil, indo um dia visitar a Japan House (casa de cultura japonesa) em São Paulo.
    Vai ao banheiro e depara com um vaso sanitário “hightech”, que mais parecia algo de filmes de ficção científica. Nada de papel; além do botão comum da descarga, vários outros, como o do jatinho para lavar o hemisfério sul, outro para secar e ainda outros que nem consegui descobrir a serventia.
    Termino meu comentário ratificando o que outros colegas falaram sobre essa habilidade acima do normal que nosso cronista tem para a escrita. Mesmo para tratar de assuntos embaraçosos - para muitos - ele discorre com graça e muita habilidade.

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  36. Fácil comentar quando o tal do papel está próximo e macio... Situações "fora do padrão" podem acontecer com todos. Quem precisa viajar de ônibus, em longos trechos, provavelmente comeu salgadinhos em lanchonetes das paradas estratégicas, onde não há opção, a não ser comer ou sentir fome e rezar muito... Mas, quando a reza não faz efeito e o "santo" nos obriga a visitar o ambiente coletivo que fica nos fundos do ônibus, aí a criatividade tem que funcionar... Qualquer material serve de consolo...

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  37. Vou repetir aqui, pela quadragésima quarta vez.
    Não há tema, de parto, a atracação de navio, onde você não "deslize", com proficiência, em textos deliciosos.
    Desta vez, você produz um tratado sobre cagadas - que me perdoem o termo chulo, os ilustres e ilustrados leitores e comentaristas.
    No show exposto no texto, você não se contém, mais que divaga, até teoriza sobre as particularidades intestinais de romanos, viking e demais.
    Uma coisa me preocupa sobre essa loucura que está virando a preocupação com a preservação do ambiente.
    Certo que precisamos respeitar e ajudar a Natureza, mas, do jeito que vai, com esse radicalismo em achar que estamos a destruí-la, não demora e voltaremos aos primórdios dos tempos.
    Assim, vão achar que nem panos deveremos utilizar, a limpeza deverá ser feita com o dedo. E aí, pra não gastarmos tanta água, preservarmos os mananciais, a limpeza do dedo deverá ser feita através de uma lambida.
    Não me surpreenderei se você voltar ao tema pra discorrer sobre isso...

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  38. 👆Esqueceram do antigo Jornal de papel ou papel de jornal. 2 em 1, você limpava e educava o retentor. Era assim que limpava o fedorento quando menino, acho que por isso, adquiri o hábito da leitura. Enquanto fazia força, lia o retângulo de jornal com a manchete: “Outro estrondo ontem em Caruaru” e cagava de medo.

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  39. Hayton , desta vez você trouxe uma reflexão interessante e bem-humorada sobre a evolução dos métodos de higiene íntima ao longo dos tempos. Desde os tempos antigos, com o uso de espigas de milho e gravetos, até os dias atuais, com o popular papel higiênico e a nova tendência dos paninhos ecológicos, ela ilustra como, com o passar dos anos, as práticas de higiene se tornaram mais sofisticadas e conscientes. É interessante constatar que a inovação, aliada à preocupação ambiental, continua a transformar até mesmo os aspectos mais cotidianos da nossa vida. Resta saber se o ser humano, preguiçoso por natureza , lavará paninhos como se lavavam as fraldas dos bebês , antes das descartáveis de hoje . Aguardemos .

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  40. Meu Deus!
    Espero que a moda não pegue.
    Não tenho mais tempo para aprender certas coisas.

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  41. Acabei de ler o texto da semana - Pano de fundo. Sinceramente, fiquei surpreso com a mensagem. Apesar de bem escrita, não me pareceu oportuna. No entanto, ela se harmoniza com a modernidade. Tem coisa demais aparecendo por toda parte. Não consigo me identificar com esse tal de modernismo. Prefiro o meu status quo habitual.
    Sou octogenário e isso me conforta. Diante disto, resta-me apenas parabenizar pelo estilo que dá conta do recado até num desafio desta natureza. Vida que segue.

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  42. Penso que a Sra. Jasmine está sendo sensata. Utilizar panos depois de se lavar bem o "hemisfério sul", o "ás de copa", o "forévis", (haja nomes para o ilustre órgão) com a ducha higiênica, é possível a reutilização sem trocas por mais de dois DIAS. Cada membro da família tendo o seu, obviamente! Mas se eu pensar em adotar essa prática aqui em casa, vão pedir a minha interdição.

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  43. Agostinho Torres da Rocha Filho13 de fevereiro de 2025 às 09:51

    Eu já vi neguinho usar seixo, folha de urtiga e até cotonete para fazer a higiene do orifício inferior do corpo humano, mas a toalhinha reutilizável é muita evolução para o meu pensante e para o meu sentante também.

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  44. Grande Hayton, que belo texto trazendo, além da criatividade, conhecimento, experiência, reflexão sobre o melhor método para atendimento a esta demanda.........E o papo deve ser de boa qualidade........

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  45. Maria de Jesus A. Rocha13 de fevereiro de 2025 às 18:42

    Kkkkkk
    Estamos vivendo em um mundo cada vez mais globalizado, essas toalhinhas reutilizáveis em substituição ao papel higiênico, não 👎

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  46. Colonos americanos do século XVII? Na casa do meu avô, na década de 50 em Quixeramobim, era espiga de milho sim!

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  47. Já tinha visto essa ideia na internet mas essa abordagem valeu boas risadas. Até na época do sabugo era descartável. Que venha a próxima quarta!

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  48. Depois dizem por aí que conversa de baiano não dá cocada.
    Como ler duas cartas maravilhosas dessas e não se emocionar? Dois ícones da nossa rica cultura. Gente de talento genuíno. A magia da Bahia é uma mistura de sabores, cores, fé e alegria. Viva Jorge! Viva Caymmi!

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  49. Lena ,Recife , LINDO TEXTO !!

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Trocando em miúdos (até o rim)

Poucas cenas me entristecem tanto quanto o crepúsculo de uma relação amorosa. Pior quando envolve amigos queridos — aqueles que, mesmo a gen...