Nesta quarta-feira, 26, celebro 67 fevereiros, início de uma nova página na minha existência. Uns dirão: “um menino, ainda!”, enquanto outros, com os pés fincados na realidade, comentam: “descendo a ladeira, hein?!” Millôr Fernandes diria: “Qualquer idiota consegue ser jovem. É preciso talento pra envelhecer.”
Alguns me perguntam: por que escrevo? Escrevo porque preciso conversar com amigos e amigas, mesmo que virtualmente, e deixar rastros de momentos em que pensei, senti e vivi com intensidade. E você? Já refletiu sobre o que tem deixado de si?
Ilustração: Álbum de família |
Em 1970, em Maceió, ao lado do meu irmão Agostinho – ou Nena, pois minha língua não acertava “nenê” –, antes de brincar com as palavras, mergulhávamos numa outra arte: fabricar botões para o futebol de mesa. Nossa alquimia usava ingredientes simples e, ainda assim, perigosamente poéticos. Numa panelinha de leite em pó, untada com sabão, misturávamos pedaços de plástico rígido – tampas de remédio, retalhos de cano, lanternas quebradas – e, sob o fogo tênue de uma lamparina, o ordinário se transformava em pura magia. Depois, políamos com folhas de cajueiro bravo e, com flanela e fragmentos moídos de azulejos, fazíamos brilhar o que fora descartado.
Antes dessa alquimia, em União dos Palmares, experimentamos uma breve temporada dos botões de quengo de coco, logo após a fase passarinheira em que engaiolávamos canários, curiós e galos-de-campina, como se a beleza e o canto pudessem ser aprisionados. Depois surgiram os botões de capas de relógio e de acrílico – o mítico “vidro inquebrável”, que parecia imune ao tempo.
Aprendemos juntos, então, que viver é um eterno aprender e desaprender. Hoje, duvido que ousássemos arrancar um pedaço daquela janela de acrílico rachada do ônibus da linha Ponta da Terra – Ponta Grossa, desembarcando às pressas, sem pagar passagem, mesmo com o passe estudantil amassado no bolso.
Nem com uma serra de canos nos atreveríamos a recortar quadradinhos, arredondar as quinas do batente do quintal e, entre dois discos meticulosamente alinhados, fixar a foto de um craque recortada da “Placar” – um batismo laico de ídolos. Quem não se lembra do número 10 dos grandes clubes – Pelé, Tostão, Rivellino, Ademir da Guia? Em seguida, Zico e Roberto Dinamite inaugurariam uma nova era, enquanto nós, artesãos do futebol de mesa, lutávamos para tornar o “10” o adversário mais temido. Com palheta ou pente em punho, olhar fixo e respiração contida, alertávamos: “Coloque-se!” E, em resposta, o adversário implorava aos deuses do futebol que seu goleiro – uma caixa de fósforos recheada com grãos de chumbo – evitasse o gol.
“Dez segundos pra acabar... Último chute!”, avisava o árbitro imaginário. E o mundo aguardava o apito final.
Às quartas-feiras, nossa rotina nos levava ao mercado público da Levada, onde comprávamos carnes, frutas e raízes, movidos pelo desejo quase sagrado de garantir a nova edição da “Placar”. Da lista de compras, separávamos o trocado que sustentava nossa dose semanal de futebol impresso. Nossa mãe, imersa no desafio de cuidar de nove filhos, não notava o pequeno confisco; enquanto nosso pai, com olhar cúmplice, compartilhava o entusiasmo silencioso pela leitura.
O cheiro da revista ainda pulsa em nossas narinas, evocando não só uma revista, mas o elo que unia os rachas nos campinhos, as noites de domingo diante da TV esperando os gols do final de semana e as épicas disputas de botão.
Numa dessas idas ao mercado, um camelô, com sua banca improvisada, revelou-nos um segredo quase mágico: bastava espalhar, com um chumaço de algodão, uma mistura de álcool e gasolina sobre uma folha de papel para que as imagens da “Placar” se transformassem num passe de encantamento. Assim nasceram nossos jornais – eu editava o “Destaque”, que apenas Nena lia; ele, o “Jortebol”, exclusivo para mim.
Nena tornou-se um fanático são-paulino, embalado pelo bicampeonato paulista de 1970-71, enquanto eu, contagiado pelo entusiasmo do nosso pai e pelo título carioca do Vasco, forjava minha seleção com Buglê, Valfrido e Silva. As partidas eram intensas e, logo, a guerra de narrativas se instaurava: cada um redigia sua versão do jogo, alinhando à régua as notícias escritas com esferográfica, enquanto as imagens da “Placar” serviam de pano de fundo. O resultado era o mesmo, mas os fatos se desdobravam em três versões: a minha, a dele e a verdadeira.
O tempo passou. Mudamos e o mundo se transformou. Não nos tornamos escritores, jornalistas ou “game designers” (ainda nem existiam Microsoft, PlayStation ou Xbox). Viramos bancários, como nosso pai. Aprendemos que cada escolha traz ganhos e perdas – e que, enquanto o apito final não soa, o jogo continua.
Hoje, aos 67 anos, sigo em campo. Já marquei gols, perdi pênaltis, ganhei abraços e levei pontapés, mas a bola ainda rola nos gramados da vida. E, quem sabe, o próximo chute, a dez segundos do fim, seja o mais memorável de todos. Coloque-se! – porque o jogo ainda não acabou.
As "teias" que uniam nossas 'redes sociais' eram humanas, nossos sonhos eram embalados com 'coisas reais'. A revista Placar e os gols do Canal 100 nos ligavam ao mundo do futebol. Um texto que nos leva de volta à infância.
ResponderExcluirEm um dia tão especial, o cronista brinda-nos com uma relíquia onde retrata com maestria seu tempo de criança, juventude, chegando à boa idade.
ResponderExcluirSigamos firmes, cheios de gás, com muita garra, determinação e milhares de crônicas pela frente e sempre com a frase do nobre cronista: *"Coloque-se! – porque o jogo ainda não acabou."*
Curta bastante seu dia, Hayton. Deus te abençoe, hoje e sempre e vamos que vamos.🙏🤝
Disse tudo!!!! Que descrição perfeita! A saudade apertou de Agostinho e Laura! Saudades com gratidão e muito carinho por um casal mil! Assim como esse escritor poeta que tanto nos emociona! Parabéns por mais um ano que se inicia para você e pelos belos escritos! Abracos
ExcluirAqui acima sou eu, cristina lyra
ExcluirUma bela e cativante crônica rememorativa, meu caro Hayton. Abraço do Sidney.
ResponderExcluirReceba meu abraço, caro amigo e muitos anos mais para muitas outras crônicas e “escritos”.
ResponderExcluirVocê tem o dom de nos levar juntos na jornada das letrinhas, que debulhadas em emoção, vivenciam não só a tua história, ou reflexões, mas que nos representam também. Estive pensando que há um pouco de Hayton em cada um de teus seguidores, assim como em mim. Teus escritos tocam a partitura da vida. E eternizam momentos que poderiam ser nossos também.
ResponderExcluirParabéns, por mais essa bela crônica e parabéns por sua nova vida. Muitas felicidades, saúde e muita inspiração para nos blindar com muitos textos todas as quartas. Deus o abençoe imensamente.
ResponderExcluirParabéns Hayton 🥳🥳🥳 Felicidade e saúde sempre meu amigo. Continue aproveitando a vida e que não lhe falte estímulo para continuar nos deliciando toda quarta com suas crônicas 🙏🏼 Abraço e aproveite bem o seu dia
ResponderExcluirCompletar 67
ResponderExcluirCom o olhar na infância
Não é para qualquer um
Existe muita distância
Parabéns Hayton Jurema
Sua vida é um poema
Escrito com abundância.
“por que escrevo? Escrevo porque preciso conversar com amigos e amigas. “
ResponderExcluirEsse jeito carinhoso de cultivar amigos , com escritas ricas e agradáveis , com conhecimento e pitadas de humor. Continue o jogo amigo 👏🏻👏🏻👏🏻
Saude e paz Hayton.
ResponderExcluirParabéns pelo seu aniversário e por mais esse gol de hoje. Boas lembranças de sua infância e juventude que nos trazem saudades daquela época.
ResponderExcluirCaro Hayton, parabéns pelos 67 bem vividos e muito obrigado por nos brindar com mais uma bela crônica de vida e por me fazer refletir sobre: “E você? Já refletiu sobre o que tem deixado de si?” Ficarei um tempo tentando buscar a resposta! Mas certamente o terei como exemplo do que um homem deve deixar de si! Te admiro. Forte abraço.
ResponderExcluirParabéns Hayton,saúde,paz,sucesso e,felicidades em toda sua vida,q Deus na sua infinita bondade lhe abençoe,vc e toda família,fica com Deus ,gde abraço!!!
ResponderExcluirÉ muito bom ter um irmão quase de sua idade. Eu e meu irmão Max também fizemos história em nossas partidas entre Flamengo e Vasco, ele, também, fã do almirante, assim como o autor. Assim como o autor, também bebíamos das poucas fontes de informação para dar repertório às fantásticas narrações dos cotejos e os "arruma que vai a gol" que criavam a antesala do eterno a cada chance de gol. Ali, como agora, agradecemos a Deus pelo futuro que a gente combinou. Eu era tão criança e ainda sou. Dedé Dwight.
ResponderExcluirQue maravilha, meu amigo!
ResponderExcluirEsse Jogo está só começando! Há muito placar a ser construído.
Siga contando (ou inventando, o que dá no mesmo!) histórias!
Parabéns!!!
Caro amigo Hayton, bom dia!
ResponderExcluirSua crônica é uma verdadeira viagem no tempo, repleta de nostalgia e vivacidade. Ao ler suas palavras, voltei à infância, compartilhando a simplicidade e a magia dos tempos passados. Sua habilidade de transformar momentos cotidianos em poesia é inspiradora.
Hoje, ao celebrar seus 67 anos, desejo que continue a escrever e a nos presentear com suas histórias. Que a bola nunca pare de rolar nos campos da sua vida e que cada novo chute seja um gol memorável.
Feliz aniversário, meu amigo! Que venham muitos mais anos de saúde, amor e palavras encantadoras. Curta bastante o seu dia e os próximos com muita intensidade e alegria.
Com carinho e admiração do seu amigo baiano,
Ulisses
Feliz aniversário!
ResponderExcluirParabéns, Hayton!
ResponderExcluirMais um verão para sua coleção!
Muitas felicidades nos próximos jogos pelos campos da vida.
Grande abraço.
Luiz Andreola.
Lembro-me que comprei a revista placar número 01(acho que veio com uma moeda), na antiga Remanso (nosso Pai foi bancário, e desde cedo começamos o destino cigano).
ResponderExcluirA festa é sua. O presente é dos leitores. Fica a sugestão que as crônicas também naveguem nas "ondas de rádio", surfando na "voz de um locutor" e outras mídias. Na infância, a reciclagem(ou "arte")era uma diversão.Saúde e paz! Que o verbo continue fluindo na sua memória.
Parabéns Hayton. Muita saúde . Lembro-me de quando, pelo ofício que ocupávamos, tivemos a oportunidade de conhecer o nascedouro da Revista Placar. Momento muito especia que tive a oportunidade de participar. No mais, desejo que comemore esse dia especial ao lado dos seus. Parabéns.
ResponderExcluirParabéns meu caro!! Vida longa!!! Muita saúde e muita paz!!! Continue escrevendo porque você nos dá o privilégio da leitura, tão envolvente!! Parabéns ao Nena pela brilhante escolha futebolistica!!! Me tornei um torcedor, como ele, no mesmo bicampeonato!!!
ResponderExcluirNão tem como não ser saudosista lendo uma (bela) história como essa! Embora em tempo e lugar diferentes, eu também esperava ansiosamente a revista Placar. Imagine pensar, hoje!, um menino de 13 ou 14 anos, contando as horas à espera de uma revista! Impensável nos tempos virtuais/eletrônicos.
ResponderExcluirVocê faz anos (é perigoso esse negócio de “fazer anos”), mas você faz aniversário e nós é que somos brindados, presenteados. Duas vezes, 67 vezes, parabéns.
Gostei da frase do Millor Fernandes: é preciso talento pra envelhecer!
ResponderExcluirE o aniversariante está cada vez melhor escrevendo suas crônicas semanais!
Parabéns pelo seu dia!
Emilio Hiroshi Moriya.
Hayton,
ResponderExcluirQue bela escolha para comemorar a alegria de viver: Lembrar a magia
dos sonhos e brincadeiras que encantam a vida!
Continue sonhando e brincando, o jogo continua. Feliz aniversário!(Anchieta e Fátima)
Hayton, feliz aniversário. Não posso dizer que o jogo está apenas começando, mas, com certeza, esse campeonato ainda está pela metade. Que os próximos jogos sejam de muitas felicidades e saúde na companhia dos craques antigos e dos novos que vão chegando para aumentar a família e continuar a história. Grande abraço
ResponderExcluirInicialmente parabéns, meu amigo. Que você nos brinde por muitos anos com suas maravilhosas crônicas. Felicidades, muita saúde, amor e vida longa. Quanto as seleções de jogadores de futebol, vou deixar a você a camisa 10 dos meus escritores preferidos. Obrigado pelos brindes semanais. Um forte abraço.
ResponderExcluirRapaz, você me fez viajar pelo tempo. Lembrei do meu time de futebol de botao que guardava cuidadosamente numa flanela com espaço para acondiciona-los junto com o goleiro. Passei um bom tempo da minha infância para formar um time campeão, que perdi numa mudança. Sinto falta até hoje.
ResponderExcluir"Que crônica magnífica!
ResponderExcluirCada palavra parece ter sido escolhida a dedo, como pérolas cuidadosamente dispostas em um colar de rara beleza. A narrativa flui com uma leveza poética, mas ao mesmo tempo carrega uma profundidade que nos faz refletir sobre as nuances da vida. A forma como o autor consegue capturar sentimentos tão humanos e universais, transformando o cotidiano em algo extraordinário, é verdadeiramente inspiradora.
Parabéns ao autor por essa joia literária! Uma crônica que, com certeza, ficará gravada na memória de todos que tiveram o privilégio de lê-la. Arte pura!"
Feliz aniversário, querido tio. Que Nossa Senhora siga abençoando você, sua vida, sua família e seus projetos.
ResponderExcluirSaúde farta e vida longa!
Com amor, Feijãozinho
Parabéns duplo. Pelo aniversário e pela viagem a infância.
ResponderExcluirExcelente crônica. Remete-me à época dos meus 12, 13 anos. Principalmente, a fase "passarinheira" em que achávamos que se engaiolava o som sublime e maravilhoso dos cantos dos pássaros.
ResponderExcluirParabéns!!! Desejo a você muita saúde e longa vida cheia de disposição e inspiração para nos brindar com as crônicas das quartas-feiras, sempre aguardadas com boa dose de ansiedade. Sendo menina, nunca fiz essas artes (artísticas e arteiras) que você descreveu na crônica de hoje, mas me recordei dos garotos lá da rua fazendo botões, jogando, ou fazendo cerol para suas pipas. Nelza Martins
ResponderExcluirA crônica fez-me também mergulhar no baú de memórias, para recordar grande parte da minha infância/adolescência, travando duelos no futebol de mesa, principalmente com meu grande amigo Chico, com quem, felizmente, ainda mantenho contato regular, quando nos falamos semanalmente, diminuindo nossa distância, para dividirmos as angústias ou rirmos de nosso passado/presente.
ResponderExcluirParabéns pela chegada de mais uma Era.
O aniversário é seu, mas nós que ganhamos o presente com a crônica, que nos transportou para uma época de grande felicidade.
O jogo nunca deveria chegar ao "apito final", pois as emoções que nos proporciona são ventos que balançam as velas de nossa frágil embarcação, embora, tem momentos em que o "Senhor dos Ventos" se descuida, mas o "jogo" continua... Portanto, "coloque-se" firme para mais um ano de boa saúde, paz, alegrias e prosperidade.
ResponderExcluirParabéns meu irmão, colega, cunhado, compadre e amigo Hayton Jurema.
ResponderExcluirTive o privilégio de prezar de sua convivência por quase quarentena anos.
Nesse tempo, vivemos momentos fantásticos que dariam várias crônicas.
Que você tenha muita saúde e muita paz, pois as outras coisas vem por gravidade.
Vivi momentos muito semelhantes. Muito bom.
ResponderExcluirParabéns, Hayton. Pelo aniversário e pela crônica. Jogo que segue!
ResponderExcluirForte abraço,
Gradim.
Caro amigo, Hayton. Você é tão bom escritor, quanto foi funcionário do Banco do Brasil. Excelentes recordações em palatável leitura. Parabéns, pelo aniversário!
ResponderExcluirO parabéns, de hoje é dobrado, pela crônica e pelo aniversário.
ResponderExcluirE a crônica de hoje foi baseada nas trapaças de meninos trelosos. Quando não se tem cão, caça-se com gato. Quando não se tem os botões oficiais para jogar, se improvisa. Mas, o importante era brincar, se divertir, jogando futebol de botão. Joguei bastanta na minha infância. Mas nunca fui um exímio jogador.
Como não tinha os botões oficiais, improvisava com tampas de garrafas. Tinha o time da Sukita, do Guaraná, da Coca Cola, entre outros e o campo era improviado e desenhado no cimento de casa. Cada um, com seu modo de improviso.
Que você continue a brilhar e a fazer a diferença na vida das pessoas ao seu redor. Que neste dia especial, lembre-se de que Deus está sempre contigo, guiando seus passos, te proporcionando paz, saúde e vida longa, para nos presentear com muitas outras crônicas.
Feliz idade nova.
Apesar do aniversário ser teu, o presente é nosso, amigo. Mais uma crônica SHOW DE BOLA. Notadamente, pelo fato de ter vivido tudo isso, com exceção da fabricação dos botões de times de botão. PARABÉNS, com saúde e vida longa, amigo. Forte abraço!!!
ResponderExcluirParabéns Hayton pela crônica que nos fez viajar no tempo, das nossas melhores memórias. E muita felicidade neste seu dia.
ResponderExcluirParabéns estimado Hayton.
ResponderExcluirRogamos a Deus que o abençoe, ricamente, derramando bênçãos de:
fé, paz, amor, graça,
saúde e sabedoria na tua vida e dos seus familiares.
👏👏🎂🎂🍧🍧🍾🍾.
Forte abraço.
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”
Filipenses 4:7 ARA
https://www.bible.com/1608/php.4.7.ara
Parabéns também pela excelente crônica onde você dar uma caminhada, narrando a importância da família, mencionando a sua trajetória familiar: o seu pai/mãs seguiu as orientações da Bíblia: crescei e Parabéns estimado Hayton.
Rogamos a Deus que o abençoe, ricamente, derramando bênçãos de:
fé, paz, amor, graça,
saúde e sabedoria na tua vida e dos seus familiares.
👏👏🎂🎂🍧🍧🍾🍾.
Forte abraço.
Dias e Leda.
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”
Filipenses 4:7 ARA
https://www.bible.com/1608/php.4.7.ara
Parabéns também pela excelente crônica, notadamente pela ênfase na família.
Onde você menciona o cuidado dos seus pais em criá-los com amor e ensinamentos importantes para a vida.
Digo que eles foram obedientes à Bíblia:
Crescei e multiplicai - nove filhos.
Narrativa exemplar de família, curtindo o esporte, a natureza, enfatizando os passarinhos, notadamente, o galo de campina, lindo pássaro.
Forte abraço.
Que Deus nos abençoe.
Temos muitas semelhanças em nossa história, Hayton.
ResponderExcluirVocê faz 67, eu já vou pra meia nove.
Você resolveu escrever; eu também. Até me inspirei em você pra lançar crônicas novas todas as semanas, no meu caso às sextas-feiras.
Ambos fizemos carreira no BB e mantemos amizades muito sólidas e inspiradoras.
E ambos tivemos paixão por times de futebol de botão (que os puristas do “futebol de mesa” não nos ouçam). Com o detalhe importante que tanto você como eu “construímos” nossos próprios jogadores praticamente do zero. Minha crônica “O Mundo Mágico dos Botões” tenta contar essa alquimia!
A revista Placar foi inspiração pra nós dois. Você com seu ídolo Dinamite. Eu com Tostão, a Fera de Ouro de João Saldanha.
Que as comemorações dos teus 67 sejam o início de um novo ciclo de muitas realizações.
Um forte abraço pra você!
Nossa infância foi maravilhosa, criativa, pois fabricávamos nossos próprios brinquedos.
ResponderExcluirTenho dó das crianças de hoje, alienados com os celulares, notebook, ipêd etc. não sabem o valor da liberdade de brincar na rua, e morar em casas sem grades.
Parabéns pela excelente crônica, e pelo seu aniversário, que seja de muitas bençãos.
Abraço
VFM
Não é em toda crônica que a gente pode sentir o que o autor sente ou gostaria que a gente sentisse o que ele sente ao escrever. Essa não é só uma crônica. São pedacinhos da vida colocados no papel da existência, em que são impressas saudades, amores, momentos apaixonantes inesquecíveis e dores, todos indeléveis na alma. Showww.
ResponderExcluirAproveitando, parabéns, querido amigo. E... segue o jogo.
Que vc tenha tenha um dia iluminado e recarregue essa sua energia pulsante de vida para nos presentear durante muitos e muitos anos com suas lindas leituras das caminhadas neste planeta!
ResponderExcluirQue seu jogo continue abençoado e a bola siga rolando sob a sua maestria!
Grande abraço
Bom dia.
ResponderExcluirMergulhar em tuas histórias, nos fazem lembrar também iniciativas empreendedoras e lúdicas da infância.
Eu Filho de comerciante, tive minha primeira experiência de captar recursos financeiros, levando água gelada da casa de minha avó para os chapeados/estivadores que ensacavam farinha de mandioca, comprada à granel na serra do araripe, processada por viamentos, que depois de rasparem a mandioca, as ralavam e iam à prensa para secar a massa, depois seria cozido em forno, essa já é outra histórias das viagens em cima da chapado do Araripe...
Voltando aos empreendimentos:
- contruí mini engenho para cozinha caldo de cana e tentar fazer rapadura;
- tentei confeccionar carro de brinquedo, este é bem comum a todos;
- captava ovos trincados dos usuários da calçada do comércio de papai e os vendia no meio dos inteiros me apropriando do valor;
- cultivei pé de caju, desde a castanha, para venda da muda...
Eita vida boa... Será se na próxima vida haverão empreendimentos a serem construídos? 😂
Dia de celebrar mais um entre tantos gols desse nosso craque das crônicas.
ResponderExcluirBoa parte das suas memórias me soam familiares, prezado Hayton. É um afago no coração.
Viva você, e seus textos, nas nossas vidas, Prezado Amigo Cronista! Forte abraço!
Parabéns nobre Hayton pelo aniversário e pela beleza da crônica que você nos deu de presente hoje. Só discordo quando você afirmou, se entendi bem, que não se tornou um escritor, será que não? Imagino o que sairá desse seu cabeção quando se tornar um, já que o jogo continua!!! Um grande aniversário, caro amigo, e muito jogo pela frente, com muito gol, alegria e vibração! Tô na torcida! Abraço.
ResponderExcluirParabéns por tudo: pelo aniversário, pela crônica, pelo que voce é e representa para nós, seus amigos. Beijo no coração.
ResponderExcluirParabéns e muitas felicidades Hayton! Bela crônica! Que essa bola continue rolando nos gramados da vida por muitos anos, nos brindando com os gols de placa de todas as quartas feiras. Por aqui fico torcendo. Forte abraço.
ResponderExcluirHayton,
ResponderExcluirParabéns!!!
Desejo a você muita paz, saúde e felicidades!
Que você continue a nos brindas com suas belas e inspiradas crônicas das quartas-feiras e mantenha este espírito jovem de quando jogava futebol de botão, o único, em tive algum sucesso, já que a bola nunca foi minha amiga....rsrsrs
Que crônica mais linda!!!! Perfeito! Feliz vida, tio tão querido! Obrigada por ensinar sempre!
ResponderExcluirMeu caro e bom amigo,
ResponderExcluirMillôr e Nelson Rodrigues quase sempre tinham razão.
Se envelhecer como um idiota é tarefa de muitos, fazê-lo com sabedoria é privilégio de poucos.
Melhor escolher ficar entre os sábios, mesmo que, algumas vezes, ou muitas das vezes, nos comportemos como tolos.
Dentre as virtudes de Nelson Rodrigues, não tenho conhecimento de que fosse profeta. “Os idiotas estão tomando conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade.” Pelo que disse, acertou em cheio. Ou como dizem os jovens; profetizou.
Ainda bem que na hora que estavam distribuindo talentos, foram generosos com a porção que te coube.
Saúde, Sabedoria e Paz.
Parabéns.
Chico Oitavo.
Indagado sobre o que faz uma criança feliz, o renomado médico e professor de Pediatria, Dr. Mário Cordeiro, respondeu:
ResponderExcluir"Ter sido amada e ser amada. Ver as suas necessidades irredutíveis respondidas de forma cabal. Ter amigos e presença da família alargada. Ter limites e acesso ao ensino, mas ter lazer, cultura, promoção dos seus talentos, uma educação para a ética e para estética. Aprender a ser frugal, a contemplar e defender a natureza, os animais, as plantas. Aprender a ser solidária, empática, reflexiva e contemplativa. Viver num ambiente onde se rejeite a violência e se enquadre a agressividade. Aprender a amar e a gostar de viver até à sua última gota. Aprender a viver em liberdade e em democracia, numa cultura de paz e harmonia."
Recordar a infância é a mais doce forma de ser feliz novamente e, nesta importante data, o autor optou por dividir a sua felicidade com todos os fiéis leitores. Afinal, como ele próprio diria, "a crônica de hoje é também uma forma de dizer ao mundo que, se soubermos jogar o jogo da vida, sempre teremos pessoas queridas ao nosso lado, compartilhando dores e sonhos." Que Deus lhe conceda saúde, paz e sabedoria para que ele possa encarar com muita disposição e criatividade os enormes desafios da próxima metade de sua trajetória terrena. Feliz Aniversário!
A crônica de hoje é um verdadeiro gol de placa!!Parabéns por mais um ano de vida e que o Criador continue lhe proporcionando muita saúde e disposição para continuar escrevendo essas “coisas” maravilhosas que nos encanta e nos faz lembrar da nossa infância criativa. Também fui artesão em fabricar carrinhos utilizando latas de óleo, rolimãs, pedaços de madeira e pregos. Não tínhamos acesso a brinquedos natalinos. Tínhamos que produzi-los e autopresentear-nos. Produzíamos também bolas de meia, para desespero da minha mãe, que não sabia como explicar o desaparecimento da indumentária. O meu pai certamente sabia e, mesmo lamentando ter que comprar novas “vestimentas” para os pés, vascaíno que era, admirador do “expresso da vitória” e do ídolo Ademir Queixada, artilheiro da Copa de 1950, provavelmente acalentava o sonho de ter um filho que jogasse futebol, o que de fato aconteceu, na figura do Mirandinha, que não passou do amadorismo porque tinha um sonho que considerava maior: ingressar em um famoso Banco Estatal (BB).
ResponderExcluirParabéns, Hayton!
ResponderExcluirOs 67 fevereiros te deram muitos ensinamentos para viajar no tempo e fazer com que eu também viajasse nas minhas memórias. Quando vim com dona Zezé, minha avó, visitar uns parentes em Salvador com meus 13 anos, parecia um estranho no ninho ao conviver com uns meninos amarelos de playground. Acostumado a tomar banho de rio e viver como bicho solto pelas matas do interior, a cidade grande era uma selva de fuscas e gente estranha. Depois de 45 anos em Salvador, por força do destino, ainda tento me adaptar, mas não nego que também construí outra história. Conheci pessoas interessantes que me influenciaram politicamente e também me decepcionei com muitos oportunistas que cruzaram meu caminho. A vida é assim mesmo. Os percalços foram muitos, mas continuo em cima da terra e debaixo do sol. Só mando um recado para àqueles que me chamam de velho: tenham a mesma sorte de chegar aonde cheguei. Valeu a pena e de pouca coisa me arrependo. Que Deus nos proteja de todos os males.
Você faz aniversário e nós, seus leitores, é quem ganhamos um presente tão valioso.
ResponderExcluirMais uma história, simples e até quase comum entre crianças desse Brasil varonil, transformada em uma peça tão rica quanto bela por você. Enfim, repito, fomos os presenteados.
Que a vida lhe sorria sempre, que tenha muita saúde e pelo menos mais sessenta e sete fevereiros produzindo tantas pérolas literárias, nós merecemos...
O tempo, realmente, não paraaa! não paraaa!..., passaaa! passaaa..., mas (olha o mas aí, substituindo o todavia, contudo), caso queiramos ter vida longa e feliz, devemos nos esquecer do tempo que voaaa, voaaa...!
ResponderExcluirE o passar do tempo, é ainda mais importante, à medida que os dias ficam para trás e vamos tendo clareza das coisas que foram e continuam sendo essenciais para nós e de que não foram ou estão sendo sacrificadas por amenidades, bobagens, frivolidades, futilidades, ninharias, insignificâncias e outras vulgaridades mais. E, ultimamente, as banalidades não têm sido poucas.
Hayton, hoje, ao celebrar nova era, não deves comemorar apenas o passar do tempo, mas a grandiosidade de vida bem vivida, cheia de significados, lutas, conquistas e, principalmente, de amor e amizade, como bem "Agostiniado".
Que venham muitos anos mais, com escritos, causos, casos, estórias, histórias e crônicas tão boas quanto às que nos tem brindado nas quartas semanais e nos livros.
No mais, votos de felicidades, amor, paz, saúde e rumo aos 💯!
No seu dia quem ganhou o presente fomos nós, seus leitores e amigos. Tempo bom e que deixou saudades em todos os leitores sessentões . Desejo muitas bênçãos em sua vida e muitos anos com saúde e inspiração para nos encantar com seus escritos. Abraços fraternos!
ResponderExcluirCaro amigo, parabéns por sua história de vida e por seu exemplo que orgulha a todos os seus amigos e familiares. Vida longa para continuar o seu legado. Saúde e paz.
ResponderExcluirHayton, antes de tudo, parabéns mais uma vez por esta data especial do seu aniversário, na qual, generosamente, você nos presenteia com uma belíssima crônica. Acredito que suas palavras despertaram em todos nós reminiscências da infância, esse território mágico onde pequenos rituais se transformavam em grandes aventuras.
ResponderExcluirDe fato, envelhecer exige sabedoria, pois a passagem do tempo nos ensina a viver de forma compatível com cada fase da vida. Quando você mencionou o que Millôr Fernandes diria, imediatamente lembrei do meu pai. Sempre que alguém mais jovem insinuava que ele estava velho, ele respondia, com um sorriso cheio de experiência: “Sua idade eu já tive; faça força para chegar onde já cheguei.”
E então, sua crônica me transportou para os campeonatos de botão de mesa da minha infância, na Rua Antônio de Melo, em Natal. Como era especial aquele universo lúdico! O meu time era de baquelite, vermelho a parte de baixo e transparente a de cima, no meio os rostos dos jogadores do América de Natal. Guardava-os com todo o zelo, em um estojo de pano com espaços costurados individualmente para cada botão, como se fossem verdadeiros craques prontos para entrar em campo.
Ao final da leitura, fica clara a sua mensagem e reflexão: a vida, como um jogo, segue em movimento. E como você bem incentiva, continuemos em campo, atentos às jogadas, prontos para mais um lance decisivo. Afinal, enquanto o apito final não soa, sempre há espaço para uma jogada memorável.
Amigo, parabéns novamente e obrigado❗️
Ótima crônica. Desculpe a demora, mas hoje o cumprimento por aqui, pelo seu aniversário, saúde e felicidades, com os seus! Como foi citado acima, além do BB, também temos outras coisas em comum, a origem nordestina e o passado de passarinheiro, característico dos meninos da nossa era. Abs Francisco Miranda
ResponderExcluirParabéns Hayton!
ResponderExcluirFeliz Aniversário! 🎂
Que Deus lhe dê muita saúde,
pra viver mais de um centenário 💯e nos presenteando 🎁 com suas belas crônicas.
🙏🙏🙏
Adorei! Acho que foi a crônica mais comentada. Não há nada mais a dizer, a não ser: saúde e vida longa, meu escritor, meu amigo! Abraço grande! Diniz!
ResponderExcluirSaude para continuar estas maravilhas que vc ama fazer. Aproveitar as belezas da vida.
ResponderExcluirGalalite era o plástico que caçávamos no lixão de Brasília, o local no mercado da produção, que usávamos pra fazer times de botão.
ResponderExcluirDerretíamos e colocávamos em formas!
Fantástico, bons tempos.
ResponderExcluirEu folheava a Placar todas as semanas na Banca mais próxima da minha casa, em busca das notícias do Vasco, não comprava uma revista, de vez em quando ganhava umas dos amigos do meu Pai.
Aproveite. Você só está no 13⁰ ano da vida adulta. Segundo um estudo britânico divulgado no Telégrafo (O Globo 30/10/13), um homem só fica adulto a partir dos 54 anos. Eu acho que ainda não fiquei. Kkkklkkllllkll
ResponderExcluir...e nem quero ficar!
ExcluirHayton, publicar uma crônica tão bela no seu dia é a melhor festa que se pode dar. Nós, os seus convidados, somos presenteados com esse relato delicioso de uma infância inventiva, vivida de verdade, descrito de forma tão especial que a mim pareceu um filme: vi as cores, os cheiros, o riso largo dos dois jornalistas mirins. Coisa mais linda!
ResponderExcluirVejo você aos 67 anos como um homem realizado e feliz. Sim, isso mesmo. Seus escritos revelam o quanto você teve e mantém apreço por sua vida. Por isso você escreve.
Agradeço por estar entre seus convidados e desejo a você muita saúde, mente sã e bons anos vindouros para continuar a valorizar a beleza do viver.
Seus textos são fantástico.
ResponderExcluirGostaria muito de ter a capacidade de colocar em palavras, em belos textos e até mesmo em livros as experiências da minha vida. Acredito ser excelente terapia e oportunidade ímpar de dividir experiências com nossos semelhantes.
Obrigada amigo.
Que delícia de texto.
ResponderExcluirQue bom lembrar das molecagens da infância.
Que arte é brincar com palavras como quem o faz com alegria e facilidade.
Muito bom isso.
Uau! Que jeito bonito de compartilhar um presente no dia do seu aniversário. Ao invés de receber uma lembrança, você nos move para as memórias da infância e adolescência, onde o futebol, em suas mais variadas formas, se fazia presente e essencial como o ar que respirávamos. Jogo de botão, revista placar, jogo na TV, as peladas diárias e tantas outras atividades lúdicas que vivenciamos.
ResponderExcluirFeliz aniversário amigo Hayton!
Beto Barretto
Parabéns, Hayton!!! Meia Sete por aí e eu, meia três por cá. Aniversariei em pleno carnaval.
ResponderExcluirNunca fui futebolista mas, desafios diversos sempre me acompanharam, o bastante para os tombos "educacionais" coroarem os momentos de boas colheitas. Sigamos... viver é uma arte e envelhecer um privilégio!
Aliás, costumo dizer que a contemporaneidade nos favoreceu... quando adolescente, a lembrança dos seres humanos c/ mais de 60 era estarem "depositados" numa cadeira de balanço ou fundo de rede. Já hoje em dia, a rede é só um conforto.
Que delícia de crônica, meu caro Hayton! Faz a gente viajar, reviver, rememorar.
ResponderExcluirEste teu disciplinado exercício de cronista é um permante passeio pelas lembranças da vida e leva a gente junto, como neste caso, aos times de botão puxador e mesmo aos zagueiros feitos com botão de casacos da mãe.
ResponderExcluirBela crônica! Muito bom ler esses registros de uma infância saudável e divertida! Você escreve porque gosta e tem muito talento! A propósito, parabéns pelos seus 67 anos! Que continue inspirando todos ao seu redor com seu talento e sabedoria. Feliz aniversário!
ResponderExcluirBela crônica! Muito bom ler esses registros de uma infância saudável e divertida! Você escreve porque gosta e tem muito talento! A propósito, parabéns pelos seus 67 anos! Que continue inspirando todos ao seu redor com seu talento e sabedoria. Feliz aniversário! (Emilton Rocha)
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