quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Benza-te Deus, Vó!

Trago comigo que o sorriso continua sendo a roupa mais luxuosa que alguém pode vestir, o reflexo de uma alma em movimento ou a curva mais bonita do corpo humano. 

 

Foto: Rosângela Escórcio Lima

Um amigo me manda uma fotografia e pergunta se me lembro de Vó, que vendia jornais e revistas numa banca no 2º subsolo do edifício-sede I (o primeiro!) do Banco do Brasil, em Brasília, na segunda metade do século passado, ao lado do “Bandejão”, onde todo dia se restauravam mais de três mil almas.  No fecho, a boa nova: “esta semana ela completou 100 anos”. 

 

Quis responder, mas me segurei diante da plenitude da imagem. Sou dos que acreditam que a fotografia é uma forma de expressão silenciosa capaz de congelar cenas e cores que a mente uma hora esquece. Que transforma algo comum em extraordinário. Dispensa comentários ou legendas.

 

Até ontem, Vó, eu nem sabia o teu nome completo, e só hoje descobri: Helena Escórcio Lima, mãe de 12 filhos (só metade vive) e bisavó de sete bisnetos. 


Você não faz ideia do quanto me recordo do dia em que te conheci, em agosto de 1982, pouco depois de minha chegada a Brasília, pela primeira vez, para participar por quatro meses de um curso de formação profissional. 

 

A nova capital do país tinha apenas 22 anos. Para milhares de imigrantes domésticos, com destaque para o Nordeste, a história estava só começando, feito uma folha de papel em branco onde cada um escrevia a crônica de uma vida. Tu eras uma dessas cronistas, Vó.


Como me recordo daquela mulher aparentemente frágil, leve, mas forte e determinada, que avistei várias vezes, de manhãzinha, guiando uma kombi nos arredores da Galeria dos Estados, no Setor Bancário Sul, transportando amarrados de jornais e revistas. 

 

Mais tarde, Vó, com os óculos na ponta do nariz, atenta às circunstâncias e aos circunstantes, quase sempre te encontrava em paz, de bom humor. Só perdia a paciência com alguns chatos, a quem mandavas para aquele lugar se zoassem com o “nosso” Vasco da Gama. 

 

O Vasco que tocou teu coração, imagino, foi o mesmo que fez de meu pai um vascaíno raiz, com o time considerado um dos melhores da história do futebol: o Expresso da Vitória, de Barbosa, Danilo e Ademir de Menezes. Depois viriam Bellini, Roberto Dinamite, Juninho Pernambucano, Edmundo, mas isso é outra história.

 

Ah, Vó, bem antes de te conhecer, não imaginas o quanto desejei tomar conta de uma banca de jornais e revistas em minha meninice, ao lado de meu irmão. Poder ganhar alguns trocados e, assim, ajudar na despesa de casa; de quebra, ter acesso amplo e irrestrito a todas as publicações da época. 

 

Até hoje o cheiro de tinta que saía da revista Placar continua intacto em nossas narinas (minhas e dele), como um perfume que embriagava dois obcecados por bola, desde os rachas nos campinhos de terra batida na Gruta de Lourdes, em Maceió, até as noites de domingo, quando a extinta TV Tupi exibia os gols da rodada no programa Ataque e Defesa.  

 

E como esquecer as disputas de times de botão, com “craques” de acrílico feitos por nós mesmos? Bastavam dois discos translúcidos ensanduichando a foto recortada de Placar ou de Manchete Esportiva, o nome de “guerra” e o número (recorte de calendário) que usava na camisa do clube a que pertencia.

 

Um dia, Vó, encontramos numa feira livre um camelô vendendo frascos de uma mistura de álcool comum com gasolina. Com um chumaço de algodão, ele molhava uma folha de papel e, usando o fundo de uma colher, decalcava imagens de revistas velhas, reproduzindo-as, de forma invertida, como se refletidas num espelho. 


Era o que nos faltava para fazer a “cobertura” dos campeonatos de futebol de botão. Com folhas de caderno de desenho e imagens extraídas das páginas das revistas, criávamos "reportagens" para “jornais” reservados a um único leitor: eu lia o dele; ele lia o feito por mim. 

 

Nem jornaleiros nem jornalistas, um dia eu e ele viramos bancários. Quando te conheci, Vó, eu já era homem feito, pai de família, mas ainda cochilava em mim o moleque que a tua banca de jornais e revistas despertou.

 

Hoje, Vó, o número de publicações diminuiu ou sumiu de muitos desses pontos de venda. A crise no meio impresso sofreu o golpe fatal com a pandemia, quando muita gente deixou de comprar aquilo que não pudesse ser descontaminado. E as bancas sobreviventes parecem pontos de camelôs. Vendem de tudo: água mineral, bebidas, cigarros, doces, preservativos, acessórios para celular e sabe-se lá mais o quê.

 

Mas chega de saudade! Como bem disse um poeta, o futuro é uma astronave que tentamos pilotar e que muda a nossa vida, depois convida a rir ou chorar. 

 

Agora, Vó, numa folha qualquer posso até escrever sobre sol amarelo, castelo ou uma linda gaivota a voar no céu. Mas o que queria mesmo é aprender a sorrir assim feito tu. Benza-te Deus!

 


48 comentários:

  1. Adorei a descrição do sorriso! Daquelas frases de um grande filósofo!
    Como sempre, voltamos no tempo com suas crônicas. Sempre gostei de banca de revista. Uma na Praça Centenário, era sócia e me veio à lembrança o cheiro de tinta das revistas e livros, esses de uma encadernação simples, mas de belos conteúdos. E não poderia esquecer de meu pai, vascaíno "doente", com seu rádio chiando, tentando ouvir a "Resenha Esportiva", e eu, tentando estudar. Boas recordações foram proporcionadas, Hayton!

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  2. Que alegria vê-la bem nessa foto, ao lado do Pepê, seu filho, que pra nós do futebol da AABB era o "filho da vó". Uma homenagem gigante e mais do que necessária pra Dona Helena. Que alegria! Dedé Dwight

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  3. Eita, como é bom viajar no tempo...que delícia de texto.

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    1. Verdade. Foto maravilhosa. Lembrei-me do sorriso largo às explosões com os provocantes e brincalhões. Dos óculos na ponta do nariz, das escadas do Edificio Sede I entre o térreo e o subsolo, de tudo. Enfim, um filme se passou na mente. Parabéns, Vó e muita saude e alegria.

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  4. Ademar Rafael Ferreira1 de novembro de 2023 às 05:40

    Esta crônica destaca o ambiente que mais visitei nos anos 70/80, a revista Placar e o gabinete de TEX eram os irmãs. Coisa boa.

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  5. Ótima descrição de um ser humano dos mais autênticos e de bem com a vida que conheci, também, no início 1978, naquele cantinho próximo ao restaurante do Sede I e, depois, na "sucursal" que instalava na AABB, nos finais de semana. Parabéns e saúde, Vó!

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  6. Quequié isso, meu amigo!!
    Eu também recebi a foto, comentei com meu amigo Pepê, fizemos uma resenha sobre a foto e sobre a vó antes da pelada na AABB Brasília.
    Mas Hayton foi longe: acabou de cometer mais um poema em forma de prosa.
    Ficou lindo demais! Lírico, profundo, verdadeiro, quase universal!!
    Um sorriso e uma crônica pra ficarem na eternidade!
    Parabéns!

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    1. Ali por volta de 1974, aos 16 anos, quando trabalhava como menor estagiário do BB, eu até tentei cavar uma oportunidade como “foca” no jornal Gazeta de Alagoas, querendo ser jornalista como você, Riede, mas o então redator-chefe, o enorme Márcio Canuto, foi sincero e premonitório: “Meu filho, vá em frente no BB”. Fez sentido. Não posso me queixar.

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    2. Isso prova que bem Márcio Canuto é infalível!!! Kkkk

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  7. Mais uma excelente crônica, primorosa e poética, que me transportou ao passado, quando ajudava meus irmãos a produzir os jogadores para a tábua de botões, as idas e vindas aos jornaleiros para comprar albuns e figurinhas, minhas revistas e jornais. E me fez também desejar um futuro que, com fé em Deus, hei de chegar com um largo sorriso de gratidão pelas melhores lembranças que a vida me deu. "Não há companhia melhor na velhice do que um bom estoque de boas lembrancas", já dizia minha sabia Vó Eliza.
    Incrível como há pessoas, para alguns invisibilizadas, que nos marcam e nos acompanham para sempre e, é tão bom quando recebemos notícias - acho que são seres missionários que nos chegam como presentes.
    Recentemente assisti ao documentário "Como viver bem até os 100. O segredo das zonas azuis" e descobri que além de nutrição e atividade física há outros fatores que contribuem muito para essa dádiva, como vida social, propósito de vida, espiritualidade e alegrias. Imagino que a "Vó " aprendeu o segredo porque o sorriso dela não deixa dúvidas. Vida longa e alegre para a Vó!!!!

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  8. Vó, uma pessoa imensa! Bons tempos trazidos à memória por mais uma bela crônica. Obrigado, Hayton.
    Gradim.

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  9. Doces lembranças trazidas a partir de uma foto. A imagem criando sonhos, reiterando desejos. São muitas as descobertas. Ao menos para o leitor. Porque para o narrador está tudo grudado na alma. E basta um simples estímulo para desgrudar vidas e mais vidas inteirinhas.

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  10. Ainda me lembro da banca. O bandejão ainda existia. Sim, na memória dos que o conheceram. Mais que uma crônica, uma quase tentativa de trazer ao presente, um passado que teima em se fazer presente, por marcante que é. Ao declarar o nome completo da personagem central, parece confessar: "Sim, esse passado existiu, é concreto e vive...sempre". Showwwwww!

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  11. Hayton: vou repetir: você é ímpar…”fora da curva”…Deus conserve sua inteligência, empatia, e sobretudo sua capacidade de rememorar , com extrema lucidez, imagens de vida que de certa forma são comuns às nossas vidas

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  12. Na minha infância nunca sonhei ter uma banca de revista, muito distante para minha realidade, nas esquinas de Araçatuba - diferente de Brasília, lá tem esquinas. Me contentava em poder comprar um gibi novo, coisa rara, para iniciar uma nova série de trocas depois de lido - um gibi novo valia três ou quatro bem surrados - o conteúdo é que era importante. Conheci a Vó na segunda metade da década de 80, quando comecei minha militância no movimento sindical. Sempre que estava em Brasília para as negociações com o Banco, pela Executiva Nacional, aquele restaurante alimentava meus sonhos e minha luta politica por um banco ainda melhor, muito além do bandeijão. A banca da Vó era passagem obrigatória, que lembrança maravilhosa. Saber que ela vivi, em tempos de tantas perdas, me faz ainda mais feliz. Obrigado por mais esse presente. Beijos

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  13. Se mencionou a Placar e a Manchete Esportiva, deveria ter citado também o nome do jornal com o menor número de leitores do mundo (poderia até estar no Guinness às avessas), que permitiu ao escritor iniciar nas primeiras histórias escritas, o JORTEBOL.

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  14. felixbala61@gmail.com1 de novembro de 2023 às 09:46

    Caramba chefe! Como foi.bom viajar nessa sua crônica. Ela dirigia aquela Kombi branca como ninguém e nós finais de semana e feriados ia para a AABB, pois tinha uma banca lá tb.

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  15. Ao observar a foto me véio à mente: - Oxe! Parece a careca do Pepê! Ao ler os comentários tive quase certeza. Bela homenagem.

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  16. Os anjos q passam pela nossa vida para nos ensinar… ainda bem que sempre tem os que aprendem e compartilham a beleza dessas pessoas!

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  17. Se fosse hoje, Vó poderia ser candidata a algo, né?

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  18. Viajei também com a bela crônica, quando retornei no tempo à banca de revistas em que era um frequentador assíduo, em busca de gibis das histórias em quadrinhos e da histórica Placar, a qual lia na íntegra, até as escalações de todos os jogos que vinham descritas; disse isso certa vez a Juca Kfouri, que foi um dos diretores da revista.

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  19. Mais um texto para a nossa leitura - Benza-te Deus, Vó!
    Gostei da referência ao valor da fotografia ao dizer que ela é forma de expressão silenciosa capaz de congelar as cores e cenas que a mente uma hora esquece. E como esquece!
    Principalmente com o passar do tempo e se sente as consequências da idade avançada. Sem as fotografias não teríamos as emoções revividas com o entusiasmo que soe acontecer.
    Além da importância da Vó mencionada no texto, destaque principalmente para o grande torcedor do Vasco que definiu a preferência do cronista por um dos times mais populares do Brasil. Certamente seria impossível o filho não se tornar o torcedor fervoroso que sinaliza ser em todos os seus registros e atitudes. Sinal de bom gosto.
    Digno de nota também é a influência recebida da banca de revistas da querida Vó, que proporcionou a motivação necessária para a grande revelação para as letras de quem não pretende se afastar do citado universo ao longo de toda sua vida.
    Sonho realizado é a garantia de ter alcançado a felicidade.
    Parabéns!

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  20. Belíssima crônica, parabéns.
    Eu conheci a nossa querida Vó em 1985 e me aproveitava a condição de vascaíno para dar uma olhada rápida no Jornal dos Sports e na Revista Placar sem tomar as broncas que eram direcionadas aos outros torcedores.

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  21. Que riqueza de texto!!! Viajei no sorriso de Vó e na sua incrível narrativa!!!!!!! Parabéns.

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  22. Agostinho Torres da Rocha Filho1 de novembro de 2023 às 19:53

    Benza-te Deus! Que texto! Somente o primeiro parágrafo já paga a leitura. A homenagem, então... Ótima crônica!!!

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  23. Você e suas histórias inusitadas! Que memória fantástica! Parabéns!

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  24. Trabalhamos juntos no CESEC SUL Ed Sede II, eu e o Pepê, e a vó com sua banca no 2o Sub-solo do Sede I, ali junta aos elevadores de serviço, era visita certa todos os dias da semana. Tempos passados, mas que não esqueço jamais. Bom vê esta foto da vó com o Pepê.

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  25. Ótimo texto.
    Qualidade literária refletindo história e sentimentos.

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  26. A poesia de sua narrativa é sempre um presente para os leitores, Hayton! E hoje, mais uma vez, nos conduziu a um tempo muito especial na memória dos que viveram a experiência das “bancas de revistas”, como principal fonte de aquisição de livros e revistas. As aguardadas coleções, encomendadas ao dono da banca, as revistas semanais, os gibis, o Almanaque Abril. Sem internet, os jornais expostos eram também parada para sabermos das notícias locais e de mais além. Seu texto também me fez lembrar com muito carinho das livrarias, de uma especial em Maceió, a Livraria Caetés. No intervalo do almoço, quando trabalhava na Maceió Centro, passear pelas estantes e pilhas de livros maravilhosos ali, com direito a conversar sobre as obras e autores com João - o culto proprietário- era uma espécie de sobremesa. E nessa viagem fui também até os tempos de sócia do Círculo do Livro. Ah, quanta lembrança boa! Bendita Vó e bendito Hayton, que Deus os abençoe por tanta beleza que nos trouxeram.

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  27. Bom dia, amigo Hayton. Excelente crônica. Conheci a Vó Helena na agência central. Antes de iniciar o expediente, passava na banca para receber sua bênção. Á tarde, ela vinha na agência para um dedo de prosa e sempre trazia um banana para o lanche. Lembranças inesquecíveis. Parabéns, Vó e obrigado por tudo. Abraços,
    Berilo

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  28. Comovente esta crônica! Adorei!

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  29. O mais interessante de tudo é que personagens fictícios, você os faz tornarem-se quase íntimos nossos, somos capazes de jurar que os conhecemos.
    Agora você invoca uma figura real e a transforma até em personagem da literatura brasileira, não tenho dúvida em afirmar.

    Tenho certeza de que a "Vó" consideraria essa crônica o maior
    presente recebido em sua vida - se dela tiver conhecimento -, como todo e qualquer brasileiro passa a ter vontade incontida de conhecê-la.
    Você é verdadeiramente impagável!!!!

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  30. Sobre o sonho de trabalhar numa banca de revistas na meninice, me remeteu a uma história engraçadíssima em Ibotirama-BA.
    Numa farmácia, havia um atendente a quem os clientes costumavam perguntar quanto era o seu salário. Quando respondia, ficavam compadecidos, admirados com a mixaria que ele ganhava.
    Prontamente, ele sussurava no ouvido do curioso:
    "Tá vendo esses remédios todos aí? Já tomei um pouquinho de cada um!"
    🤭😂😂

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    1. Ou seja, os medicamentos ficavam incompletos?? 😅😅😅

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  31. A sua definição de sorriso, registrei a parte, para levar em nossas citações. Muito bom transitar sobre este texto, que Nos faz reviver, enbolve, trazendo prazer na leitura.

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  32. Ótima crônica. Bem, sobre o Vasco, nem vou comentar. Brasília era cheia desses tipos de entendedores. As publicações impressas já não dão guarida a mais ninguém. A vó passou por um processo de mudança e adaptação invejável. Pra não passar em branco, sua vida daria um livro espetacular, com certeza.

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  33. Reminiscência que nos faz crescer. A Vó, na sua labuta diária, certamente formou o saudável hábito da leitura em muitos felizardos que a conheceram. Ler coisa boa nos leva para mundos maravilhosos. Lendo sua agradável Crônica, lembrei de um senhor gordinho que "passeava" pelos andares da Agência Centro daqui de Maceió, vendendo jornais e revistas. Dizia sempre, ao entrar nos setores: "jorná!!!" Lembra? tinha de tudo... Que nunca morram os livros!!! representam a porta para sonharmos, ou, dependendo do momento, voltarmos a sonhar.
    Parabéns!!!
    Mário Nelson.

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  34. “ Trago comigo que o sorriso continua sendo a roupa mais luxuosa que alguém pode vestir, o reflexo de uma alma em movimento ou a curva mais bonita do corpo humano.” Este parágrafo é uma obra de arte e espelha a sua sensibilidade e capacidade de leitura do ser humano; que aqui aplicou à vó, em seu centenário, e aos nossos contemporâneos, dos tempos das bancas, das publicações impressas periódicas e de uma outra vida, num formato que não existe mais.
    Aplausos sempre. Bel

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  35. Admiro, cada vez mais, sua capacidade de prestar as devidas homenagens aos grandes nomes da música, literatura, esportes e outros expoentes e, também, aos anônimos que estiveram perto de nós, tão perto que pudemos aprender mais da vida com eles, que em muitas palestras bem elaboradas. Marina.

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  36. Também me lembro da Vó na banca de revistas do Sede 1 e na AABB.
    Bons tempos.
    Abração, Hayton

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  37. É admirável essa facilidade que você tem de escrever e nos transportar a deliciosas reminiscências, que nos tocam o coração e traz saudades!

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  38. Dessa vez, esqueci de me identificar no comentário acima: Belaniza Maciel.

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  39. Poxa, quem não gostaria de ter uma vó dessa? Pena que as bancas de revista estão sumindo! Benza-te Deus, vó?

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  40. “Recordar é viver”.Também fiz parte dos leitores que sonhavam com a aquisição de uma banca de revistas.

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