quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Novas noites tropicais

Há 20 anos, quando li “Noites Tropicais – solos, improvisos e memórias musicais”, obra do jornalista, compositor e escritor Nelson Motta, fiquei só imaginando como teria acontecido um duelo doido, emocionante e técnico, no Festival de Jazz de Montreux, na França, em 1979. Bem depois pude ver as imagens, com a criação da plataforma de vídeos YouTube.

 

A gaúcha Elis Regina era a grande estrela da “Nuit brésilienne”. Ao lado do maestro paulista César Camargo Mariano e de um grupo de músicos, ela montou sua apresentação com grandes sucessos, embora quase nada de cunho político e, apenas por conta da exigência dos organizadores do festival, um pouco de Bossa Nova (a sua voz forte não batia com cantar baixinho e suave do movimento criado pelo baiano João Gilberto).   

 

Hermeto Paschoal, alagoano de Lagoa da Canoa, arranjador e multi-instrumentista reconhecido nos meios jazzísticos até por Miles Davis (um dos mais influentes músicos do século XX), fez a abertura do evento. E arregaçou: foi aplaudido de pé por vários minutos. 

 

Meia hora depois, Elis entrou no palco. Cantou com a categoria de costume, mas sem ousar muito. Para os experts no assunto, o repertório era conhecido, os arranjos discretos, a performance com técnica apurada, mas de emoção contida. Ainda assim, todos ficaram encantados com sua afinação e seu timbre de voz. Muitos aplausos também, menos, é verdade, do que aqueles oferecidos a Hermeto. 

 

Hermeto, aliás, que assistira ao show de Elis na coxia, voltou ao palco, atendendo aos apelos vindos da plateia. Recebido com uma espetacular ovação, sentou-se soberanamente ao piano. Elis sabia que o brilho do “bruxo” fora bem mais intenso. Aparentemente frustrada, ela também retornou, disposta a provar quem de fato era a grande estrela no céu da “Nuit brésilienne”. 

 

“...Silêncio total, piano e voz. Hermeto começa a tocar Corcovado e, quando Elis começa a cantar, suas harmonias começam a se transformar, dissonâncias surpreendentes começam a brotar do piano, é cada vez mais difícil para Elis – ou para qualquer cantor do mundo – se manter dentro da tonalidade, tantas e tão sofisticadas são as transformações que Hermeto impõe... E Elis lá, respondendo a todos os saques do bruxo com uma precisão que o espantava e o fazia mudar ainda mais os rumos de uma canção não ensaiada. Na corda bamba e sem rede, Elis cantava como uma bailarina, como uma guerreira... Hermeto arregalava seus olhos vermelhos atrás dos óculos. Elis crescia a cada nota, a cada frase de seus improvisos e scats, a cada compasso... Foram delirantemente aplaudidos...”, assim escreveu Nelson Motta.

 

Quando Hermeto veio de Garota de Ipanema (que a gaúcha não gostava e dizia que jamais a cantaria), Elis acusou a pancada. “Mas logo se recuperou e cantou, com todo vigor, como se fosse a última música de sua vida, improvisou como uma negra americana, virou a música pelo avesso, provocou Hermeto, voou com ele diante da plateia eletrizada...”, garantiu Nelsinho.

 

Com o público em transe, as duas estrelas partiram para a apoteose de Asa Branca, “o baião de Luiz Gonzaga em ambiente free-jazz... harmonias jamais sonhadas se cruzando com fraseados audaciosos de Elis, trocas bruscas de ritmo e de andamento, propostas e respostas, tiros cruzados, arte musical de altíssimo nível protagonizadas por dois virtuoses”, concluiu Motta. 

 

Passados 44 anos da “Nuit brésilienne” em Montreux, circula agora um vídeo nas redes sociais, reproduzido por vários sites noticiosos, que está causando furor entre os internautas. Nele, a cantora paulista Linda Mel, criada em Pernambuco, vocalista da banda Top do Brasil, aparece “servindo” cachaça coada na peça mais íntima de seus trajes.
 
Ilustração: Umor

 

Em resumo, a artista chama para perto do palco uma fã que assiste ao show, abaixa a calcinha, filtra e derrama sobre ela a bebida destilada, em meio a uivos e urros do público, cantando a trilha sonora da hora: o hit “Cachaça na Calcinha”.

 

Segundos antes, ansiosa pelo momento em que tomaria o néctar de cheiro e sabor discutíveis, a fã partira com tudo para cima de sua deusa, que pediu moderação: “...Tem que ser com calma! Você quer tirar minha calcinha?”. E a criatura se mostrou ainda mais empolgada, preocupando Linda Mel: “Esta mulher vai me rasgar toda, segurança!”, queixou-se, de maneira não muito convincente, claro.

 

Trecho do fundo musical cita uma certa funkeira que se popularizou por shows com performance nos limites da irresponsabilidade cristã: "Eu e a Pipokinha somos diferenciadas, na hora de fazer amor 'nós gosta de uma lapada'. É uma pancada que nos deixa excitada, bate na nossa bunda. Linda Mel e Pipokinha topa qualquer parada, dá cachaça na calcinha, virote na madrugada...”. 

  

Noves fora o julgamento de cada leitora ou leitor, dinossauros como eu não compreendem bem os meandros dessas novas noites tropicais, suas exultações e seus desvarios. 


A certeza da finitude, no entanto, nos traz o consolo de que seremos poupados de certos asteroides, de algumas cenas grotescas. Mas às vezes não dá tempo. 

35 comentários:

  1. Meu Deus! Estava empolgada nos primeiros parágrafos, como o narrador reproduzia tão lindo festival, sobre Hermeto e Elis Regina, onde de repente dá uma vontade de ter estado naquele momento único de belas vozes. Mas os últimos parágrafos da “ cachaça na calcinha” , que triste, para onde estamos caminhanfo.

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  2. Ademar Rafael Ferreira6 de dezembro de 2023 às 05:53

    Sem o propósito de alterar algo perfeito, pelo 'andar da carruagem' este texto poderia ter como título "A equilibrista e o bêbado". Na primeira fase como a 'gauchinha' se virava para acompanhar o 'bruxo' e na segunda o efeito da bebida.

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    1. A Equilibrista, O Bêbado e O Bruxo!

      Formidável a maneira como vc conduz as palavras. Vou agora correr atrás desse vídeo. Falo do produzido na França, o daqui,, tem sido visto por todos aqueles que frequentam a noite, como diria João Nogueira.

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    2. Anônimo é um jumento pelo-de-rato que meu avô tinha, eu sou Ticiano Félix.

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  3. Eu tenho muita vergonha de fazer parte de um país que cultua tantas excrescências, aqui incluindo a música sertaneja à podridão do funk que você descreve. Vergonha mesmo. Profunda e verdadeira. Não tenho ideia de como chegamos a um mundo onde esses lixos são campeões de audiência. Dedé

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  4. Acredito na evolução humana, mas tenho certeza que ela não é linear… as guerras estão aí para comprovar isto …
    Texto irretocável, mais uma vez!

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  5. E eu que pensava que a letra da música de sábado passado no Calabar, de frase única, (ela deu a boceta na barra), cantada à noite toda incomodando os bairros vizinhos de tão alto o som, já era o fim da picada, agora fiquei em dúvida.
    Mas quanto o duelo dos Titãs da nossa música, gostaria ter ter estado lá e visto de perto.
    Bem verdade que você me transportou no túnel do tempo e consegui “ver” Hermeto ao piano e Ellis com sua voz inconfundível, caras e bocas, a provocar e no fim, quem saiu ganhando foi o público.
    Nelza Martins

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  6. https://youtu.be/kNT_fpgrKUU?si=m5h2TqNigILmGWXK

    https://youtu.be/m2F4x9VwsDk?si=tyNPNgtqiUoKKe2w

    Obrigado, Hayton! Encontrei no YouTube registros desse dia histórico em Montreux. Maravilha!

    A segunda parte da crônica, confesso que passei os olhos, mas deixei pra lá, com todo respeito que você merece.

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    1. “… Confesso que passei os olhos, mas deixei pra lá, com todo respeito…” Ah, bom!

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  7. Seu texto, caro Hayton, irretocável, descreve muito bem a "evolução" de nossos valores culturais...
    É incrível a degradação, a passos largos, do que empolga o público...
    Começou com o "duplo sentido" e vai involuindo para a escancaração sem medidas...

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  8. Jesus.Essa é a cabeça dessa juventude atual. Só tem porcaria .O mundo tá de cabeça para baixo

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  9. Mais uma vez, um texto maravilhoso para ser lido. Porém, sei que é sempre muito intencional as suas inferências, mas achei mais rico onde descrevia a dupla brilhante Hermeto e a maravilhosa Elis. Dispensaria a segunda parte, sem nada interessante e agradável. Por sinal, não conheço a 'iustre" da calcinha e só sei que existe a '"pipoka" por causa da celeuma causada ao nos criticar" professores. Acredito que em breve serão esquecidas e não mais citadas em lugar algum. Viva a boa música brasileira

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  10. Infelizmente, grande parte do que se vende no mundo musical hoje é de uma qualidade extremamente vergonhosa. Somos salvos por pequenas minorias que ainda produzem algumas obras de arte ou rebuscando no baú por verdadeiras pérolas, como a transcrita na parte inicial da crônica. Mas, como bem fechado no texto, a finitude nos poupará de coisas muito mais grotescas que ainda haverão de vir.

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  11. Prezado Amigo Cronista

    Me lembrei de outro sucesso da Elis: “O Brazil não conhece o Brasil” (Querelas do Brasil, composta em 1978 por Maurício Tapajós e Aldir Blanc).

    Penso que as críticas de natureza estética têm um legítimo efeito catártico, mesmo quando compara eventos incompatíveis, inconciliáveis e que envolvem brasileiros e brasileiras pertencentes a mundos muito diferentes e distantes no tempo e no espaço.

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  12. Que maravilha o dueto Elis e Hermeto, tive a graça de vê-los em shows, separados é bem verdade, mas posso imaginar quão maravilhoso deve ter sido esse deles juntos. Em relação à segunda parte, prefiro não emitir comentario, deixo por conta dos que admiram.

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  13. Mundo cão. Cada vez mais cão. Os shows, antes exclusivos de cabarés de quinta categoria, hoje são apresentados livremente para o delírio de multidões. Tudo por dinheiro: o sexo sendo vendido por atacado. Bosco Torres

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  14. Quando Cazuza escreveu que seus ídolos haviam morrido de over dose, foi poético e trágico. Um desvio criticado por Suassuna, que eu acompanho, com ressalva. No palco a “licença poética” tem limites, para o talento, não. Elis eu te perdoo por ter nos deixado tão cedo, Hermeto obrigado pelo talento imortal.

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  15. Hayton, como disseram seus leitores assíduos, concordando com eles, como sempre mais um texto irretocável, ímpar e que tem o poder de nos transportar aos inesquecíveis dias da boa música brasileira; eu diria, felizes fomos nós que até hoje guardamos o que há de melhor na nossa MPB. A segunda parte, dispenso comentários, que lamentavelmente nossos adolescentes e jovens curtem tanta porcaria. Valeu mesmo, até a próxima sumidade textual. Um abraço.

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  16. "Pois tudo passa,/ tudo passará!/ E nada fica,/ nada ficará!"

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    1. E veja você que Moraes Moreira alertou: “…Lá vem o Brasil descendo a ladeira/
      Na bola, no samba, na sola, no salto…”

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  17. Bom dia, Jurema!
    Já conhecia o vídeo do sucesso que foi a apresentação de Hermeto e Elis… verdadeiros “monstros” da música.
    Aproveitei para conhecer a turma da chachaça na calcinha… rsrsrs
    Acho que seu texto aumentou a audiência da banda.. 😂😂
    Mas, como escrever é mesmo uma arte, seu texto ficou melhor que os vídeos.. 👏🏼👏🏼👏🏼
    Avelar

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  18. Assim caminha a humanidade....triste final.

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  19. Mais uma bela crônica!
    Tem coisa muito ruim hoje em dia? Claro que tem. Na música, no futebol, na política.
    Mas às vezes sinto que sublimamos o passado, como se não tivessem tido espaço cantores e músicas extremamente ruins, jogadores de futebol péssimos e políticos igualmente.
    Cada um idolatra o que dá conta de idolatrar. Ou seria o que o representa melhor?

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  20. A crônica devia começar mesmo no parágrafo que lê: “Hermeto Paschoal, alagoano de Lagoa da Canoa…” A partir desse parágrafo, deveria ser retirada toda a pontuação do texto. O leitor que escolha.
    A loucura polifônica de Hermeto Paschoal reproduz a infinita quantidade de sons produzidos pelo trem da linha Colégio-Maceió, via Palmeira dos Índios, que na sua adolescência Hermeto tomava duas, três vezes por semana. A participação eletrizante de Elis Regina parece coroar uma alucinante “trip elessedeana”, beirando a loucura incontida. A “Cachaça na Calcinha” inunda e completa o ambiente de um realismo mágico “infinito.” Joyce ficaria com inveja.

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  21. Minha cultura musical ficou no
    passado. Não assisto a programas com músicas sertanejas, funks e pornográficas. Não entendo o gosto musical da nova geração, muito menos a disponibilidade das emissoras de TV para transmitir tanto lixo. Independentemente dos gostos musicais de cada um, em sua crônica, você, Hayton, mexeu com a sensibilidade de cada leitor seu, descrevendo dois momentos musicais antagônicos: o fino do jazz e a grosseria das letras e gestos de músicas tipo "Cachaça na Calcinha".

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  22. Ainda bem que tivemos a ventura de nos deliciarmos com apresentações de gênios. Faz a diferença. Fica um quê de desencanto - Para quem ouviu Elis e ainda ouve Hermeto - quando tropeçamos em algo que se fala por aí, ser música. Lendo sua gostosa Crônica, fica realmente a sensação de que a finitude pode ser a solução para nós.
    Abração, meu Amigo.
    Gostei muito.

    Mário Nelson.

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  23. Mais um texto bem escrito e admirado. Na primeira parte a referência a dois astros da música popular brasileira e na segunda, o tempero da cachaça cuada na calcinha bem temperada. Os analistas de plantão dão a sua opinião. Cada qual revela o seu estilo. Felizmente o autor joga bem nas quatro linhas e dá o seu recado de maneira convincente. Agradou a todos. É o cara. Gostei!

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  24. Com o costumeiro brilhantismo, seu texto aborda um tema nevrálgico pra os de nossa geração.
    É realmente chocante a diferença de nível entre as produções - na área das artes - de nossa era e as de hoje, se é que se pode classificar em algum nível, muito do que hoje é feito.
    Talvez por isso eu não me frustre por continuar preferindo ser um analógico, conquanto reconheça as facilidades e utilidades que nos são proporcionadas pela era digital.

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  25. Texto complexo e com dois momentos, sobre a primeira parte: O saldo final não foi um dos maiores momentos do festival. Foi um dos maiores momentos da música do século 20. Quanto ao segundo: estamos evoluímos tecnologicamente como jamais havíamos imaginado evoluir, no entanto quanto seres humanos, estamos vivenciando um processo de total retrocesso pessoal e cultural e o que é pior com "IA" ocupando cada vez mais espaço nas nossas vidas!

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  26. Também fiquei curioso para assistir ao vídeo que certamente vai me encantar.E grata pela narrativa e indicação. Quanto ao hit “cachaça na calcinha “, eu ainda não tive o desprazer de escutar.

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  27. Ai que saudades que eu tenho, da aurora da minha vida... saudades do tempo que existiam poetas e músicos que nos faziam delirar. Ou melhor ainda, saudades dos tempos que tínhamos músicas para ouvir. Triste a situação atual. O consolo é que irá piorar...

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  28. É a precarização de tudo. Musical, visual, de serviços, de produtos. O que era ótimo, não existe mais. Que bom que ainda temos Hermeto. Saudades de Elis.

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  29. Elis Regina, a insubstituível! Excelente crônica"!!!!

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  30. Crônica que estabelece com maeestría o que é arte e o que é desastre cultural.
    Alcione Teixeira

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  31. Sempre me considerei eclética do ponto de vista musical, mas ultimamente percebi que este ecleticismo requer alguns cuidados quando determinado tipo/estilo de música passa a ser predominante e constante, principalmente se for um tipo de música de melodia pobre e repetitiva e letra rasa, superficial e grosseira.
    Lembro-me que passei um tempo numa cidade do interior de Minas e comecei a ouvir, com muita constância, um determinado tipo de música que não me era, até então, usual. Resultado: no início achei ruim, depois passei a suportar, me acostumei e chegou uma hora que já gostava e até cantava sozinha. Retornando a Salvador, cheguei a pagar por um show para assistir aquele tipo de música. Ou seja, o ouvido acostuma e o cérebro absorve.
    Quando um povo começa a ouvir repetidamente determinado tipo de música e esse hábito tem incentivo, patrocínio do governo, é bom refletir o que esse governo pretende. Porque música pode ser usada como arma de modelagem de um povo.

    Platão, no seu livro A República dizia: (...) A educação musical é a parte principal da educação, porque o ritmo e a harmonia têm o grande poder de penetraram na alma e tocá-la fortemente, levando com eles a graça e cortejando-a, quando se foi bem educado. E também porque o jovem a quem é dada como convém sente muito vivamente a imperfeição e a feiura nas obras de arte ou da natureza experimenta justamente desagrado. Louva as coisas belas, recebe-as alegremente no espírito, para fazer delas o seu alimento, e torna-se assim nobre e bom(...).

    A professora de filosofia Lucia Helena Galvão, diz numa de suas aulas que Música é padrão vibratório puro e tem a capacidade de nos sintonizar com o padrão vibratório dela.
    O universo se mede de acordo com o padrão vibratório em que está.
    E a evolução é depuração do gosto.
    Devemos ter cuidado com coisas que nos puxam para vibrações mais grosseiras. Devemos buscar vibrar em sintonia com coisas mais sutis, mais celestes, mais espirituais, mais puras, mais harmônicas. Quando nos acostumamos a ouvir músicas grosseiras e agressivas, estamos levando a nossa consciência, em momentos difíceis, a correr para aquele padrão vibratório que criou afinidade..
    É preciso observar o tipo de música que um governo patrocina para o povo, porque vai definir o nível de consciência daquele povo. O nível de discernimento, ainda que haja investimento em conteúdos acadêmicos, leva a consciência sempre a buscar o seu padrão vibratório e a música tem um efeito adestrador, a gente se acostuma com o que ouve frequentemente.

    Enfim, Independentemente do estilo a musica veicula conteúdos que inspiram ou depreciam. Devemos ser seletivos sobre o que ouvimos com frequência.

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