![]() |
Ilustração: Uilson Morais (Umor) |
Durante anos, os ovos carregaram o rótulo de vilões das artérias. Um só — dos grandes, de gema graúda — vinha com quase 200 mg de colesterol na bagagem. Bastava quebrar a casca e lá estava o medo, junto com a clara e a gema, na frigideira. Os médicos juravam que o colesterol do ovo ia direto pro coração, feito boleto de taxa extra de condomínio em mês de IPTU.
Mas o tempo, esse velho cheio de novidades, tratou de desmenti-los. Descobriu-se que o impacto do ovo no sangue era quase tão inofensivo quanto água de pote. Hoje, é fonte de proteína, gordura das boas e de umas tantas vitaminas e minerais. Quase um santo, não fosse o preço, que virou pecado capital na mesa dos mais humildes.
Eu sempre soube. Nunca me curvei à patrulha dietética. Desde que me entendo por gente, gosto de ovos mexidos — sem sal, mas com queijo ralado, vinagrete e pimenta moída. E até onde sei, sigo respirando. O que, por sinal, me dá o direito de me gabar dos ovos que nunca deixei de comer.
Agora, o novo bode expiatório da mesa são os adoçantes. A Organização Mundial da Saúde, sempre cautelosa em suas diretrizes, desaconselha o uso dessas gotinhas e pozinhos mágicos na cruzada contra a balança. Diz que, além de não ajudar a emagrecer, o uso prolongado pode abrir as portas do inferno: diabetes, doenças cardíacas e, quem diria, até morte prematura — embora eu nunca tenha entendido bem como se mede a tal "prematuridade" da morte.
Tem de tudo na lista de condenados: aspartame, sacarina, stevia, sucralose... até o "zero" dos refrigerantes entrou. Pois é: mudam os rótulos, mas a culpa nunca sai do cardápio. Ela se disfarça de conselho médico ou moda passageira, mas está sempre ali, espreitando.
Foi pensando nesse peso invisível, que adoça e amarga nossas escolhas, que me veio à memória um café da manhã em Petrolina, capital da Califórnia brasileira — daqueles temperados com flores, suspense e o preço de um "sim".
Eu, representando um grande banco numa missão delicada, acabara de sair de uma reunião onde produtores rurais tentaram me crucificar pelo que acontecia na economia.
Na saída, fui abordado por um senhor de chapelão, bigodes fartos, fala grave e porte de quem não pede: convoca.
— Gostaria de recebê-lo pro café da manhã em minha casa.
Cogitei recusar. Viajaria logo cedo para o Recife. Mas coronel, quando cisma, não há argumento que dobre:
— Tudo bem, estarei lá.
Acordei achando que ele tivesse esquecido. Mas lá estava o homem no portão: seis em ponto, paletó de linho branco, um bugarim branco na mão.
— Sabe que flor é essa? — perguntou, mais sedutor que o falecido cantor Wando.
— Não faço ideia.
— Bugarim. Todo dia colho um pra minha mulher. Flor tem disso. Precisa ser vista antes que murche.
Entramos. A mesa era um altar à abundância: bolos, cuscuz, frutas, guisado, linguiça, munguzá, ovos e tapioca. No meio do banquete, ele gotejou adoçante no café:
— Peso é coisa séria, né?
A ironia escorreu pelos cantos da boca do homem. Mal afogara o bigode na gordura e já posava de comedido. E entre um gole de café e uma tragada de charuto, ele chegou ao ponto que queria:
— Não gostei do seu "não" no caso do meu compadre, de quem sou avalista. Onde já se viu negar o parcelamento das dívidas de um homem sério como ele?
Expliquei que banco é bicho desconfiado. Lida com "sim", "não" e "depende". E que, se o compadre dele quisesse mesmo renegociar, precisava trazer uma proposta melhor, amortizar um pedaço. Nada de querer desconto no saldo da dívida.
Mas o coronel insistia:
— O "não" é a noite, escurece tudo. Só o "sim" ilumina, constrói, dá graça às flores…
Pensei — mas calei, que não era doido: até a flor mais bonita murcha se for regada a calote. Expliquei que qualquer banco só dá desconto nesses casos quando o devedor está sem eira nem beira. Não quando tem avalista robusto, capitalizado. Ele resmungou, mas fez o que o bom senso mandava:
— Vou convencer meu compadre. Onde já se viu querer desconto tendo por trás um avalista de primeira?
Não sei se a dívida foi paga, renegociada ou morreu esquecida em alguma vara judicial. Sei que, trinta anos depois, o coronel já não está entre nós. Mas os bugarins brancos continuam florindo na Califórnia brasileira.
Nos despedimos. Antes de embarcar, ele recitou, como quem sabia que todo café, todo "sim" e toda culpa têm o mesmo destino:
A vida é doce
e doce é sua doçura.
Tão doce talvez não fosse
se, entre goles e flores,
não coubesse amargura.
Pois é. A vida é esse café coado às pressas: doce o bastante pra consolar, amargo o suficiente pra não nos deixar esquecer que, no tempo certo, até o que pesa, passa.
Vida de bancário. Quem nunca..??
ResponderExcluirEssa do boleto da taxa extra vale uma hora de riso da própria desgraça. Sobre o caso no Coronel preciso alertar que na cidade vizinha de Juazeiro um "Coelho" é um "Coelho", não passa por "Lebre".
ResponderExcluirMuito bom
ResponderExcluirEu já acho que uma vez que você coloque açúcar ou adoçante no café, ele deixa de ser café e passa a ser suco. Dedé Dwight
ResponderExcluirApois tá bom, seu doutor Hayton, como não gostar de uma escrita frugal dessa, ainda por cima insculpida de um caso-verdade e de passagens corriqueiras na vida de "cobradores" (risos). Juro que segurei o fôlego, achando que o coroné tomaria rumo diferente na prosa (mais risos), mas, confesso, vi aquela mesa de canto a canto, senti o cheiro do cuscuz e o coar do café (deve ter sido torrado e moído manualmente na fazenda) invadiu minhas narinas. Resultado: a barriga roncou e tenho que correr pro café um pouco mais cedo hoje. Isso lá são horas de ler um texto com tanta comida gostosa, meu sinhô?! Mas nem tudo é perdido: o aroma do lírio infestou minha alcova(risos) Bom café, não tão laudo como o do coroné, excelente dia pra você, sua família e seus leitores🤝🏻
ResponderExcluirAntônio Mário (tonhodopaiaia.org)
É isso mesmo, o "sim" e "não", são dois monossílabos que devemos usar com sabedoria!
ResponderExcluirParabéns por mais essa crônica.
Parece que os vilões para a saúde mudam de foco de acordo com os interesses do mundo capitalista e do merchandising em busca de promover este ou aquele alimento. Vejamos algumas batalhas: A margarina contra a manteiga, o vinho contra a cerveja, o ovo contra a salsicha, o frango contra o boi, o adoçante contra o açúcar, o peixe contra o porco, ... e assim vai.
ResponderExcluirDifícil mesmo é enfrentar um Coronel, El Bigodon, com um bugarim na mão como se fosse uma arma intimidatória em um belo café cheio de nuances. Aibda bem que seu check-up de saúde estava em dia.🤣
Suspense no ar, mas o nobre cronista soube sair com leveza da situação quando ouve:
"- Não gostei do seu "não" no caso do meu compadre, de quem sou avalista..., e vem a resposta:
"-banco é bicho desconfiado. Lida com "sim", "não" e "depende"
Valeu Hayton, simbora viver, conviver e não ter medo de ser feliz, com bugarim, com sim, com o não e depende.🤣🎯👏
Maravilhoso como sempre!!!
ResponderExcluirMagistral está crônica: a título de comentar as questões e preocupações com a saúde, o colesterol e os alimentos que o contem, nocivos, portanto, brinda-nos com uma história divertida a revelar a sabedoria no trato com um coronel do Nordeste, de como o trouxe pro seu lado despertando-lhe a vaidade, este pecado de todos nós. Parabéns Hayton.
ResponderExcluirNa atual onda de “tendências”, as da alimentação talvez sejam as que causam mais rebuliço. Os conselhos dos médicos mudando hábitos alimentares adquiridos ao longo de uma vida encontram poucos seguidores, muitos desobedientes e outros tantos fingidos.
ResponderExcluirMeu pai foi um desses fingidos. Acostumado, desde a infância e juventude, com a comida pesada do sertão nordestino, fazia-se passar como um paciente compreensivo e obediente às recomendações médicas. Em casa, tudo em conformidade com o cardápio saudável. Depois, escapulia e batia perna por toda a cidade e comia e bebia de tudo o que gostava.
Vinham os exames e contrariavam toda a dieta feita em casa.
Ele, com a maior desfaçatez falava: “Estão vendo que essas dietas malucas não adiantam nada?”
O café pode ser quente assim como as profundezas, doce como a paixão, e puro tal qual o amor. Com tantos fios no bigode, honraria os compromissos. E por falar no "expiatório", que vontade de degustá-lo no bodódromo.
ResponderExcluirTu és um manipulador de primeira categoria! Dobrastes o coronel tocando na vaidade dele a ponto do cretino amolecer o coração e improvisar um repente! Hahaha
ResponderExcluirEssa eterna luta dos mocinhos e vilões (da hora) se arrasta desde sempre e assim será perpetuada, como em um eterno "duelo" entre o bem e o mal, que, a depender da época, podem mudar de posições.
ResponderExcluirVivemos muitas vezes em um grande dilema: É melhor dizer "sim", quando o "não" era o mais correto ou dizer "não", quando o "sim" não deixaria nosso coração tão amargurado?
Difícil responder sem ponderar bem o contexto em que nos encontramos.
O costume do Bugarim e a poesia recitada ao final da crônica, mostrou que mesmo com a forma rude do coronel, havia nele algum espírito adormecido de Che Guevara e Geraldo Vandré, que o fazia "endurecer, sem perder a ternura jamais" e o gesto "para não dizer que não falei das flores".
Que tomemos nosso café da manhã, adoçado ou não, sem culpa, lendo mais essa bela crônica sem amarguras.
Boleto de taxa extra no mês de IPTU é dose!!!! Mas dobrar o sujeito incensando sua vaidade, essa é para os craques em manipulação . Ou influenciadores? Kkkk Nelza Martins
ResponderExcluirDizer um "não" e convencer um coroné nordestino, definitivamente não é tarefa das mais fáceis, meu caro amigo.
ResponderExcluirPois esta é mais uma dentre tantas… Quantas histórias nessas nossas vidas de bancários/andarilhos. Não haveriam livros suficientes para todos…
ResponderExcluirA crônica de Hayton Rocha é uma reflexão saborosa sobre as contradições da vida, mesclando humor, ironia e uma pitada de nostalgia. Com um estilo leve e envolvente, o autor conduz o leitor por temas que vão desde as mudanças nas percepções científicas sobre alimentação, como a redenção dos ovos e a condenação dos adoçantes, até as complexidades das relações humanas, ilustradas pelo episódio do coronel em Petrolina.
ResponderExcluirA metáfora do café, que oscila entre o doce e o amargo, serve como pano de fundo para discutir escolhas e suas consequências. O "sim" e o "não" são apresentados não apenas como respostas burocráticas no mundo bancário, mas como decisões que carregam peso emocional e moral. A cena do café da manhã, repleta de detalhes sensoriais (como o cheiro do cuscuz e o sabor do café), é um exemplo magistral de como Hayton transforma o cotidiano em literatura.
O texto também brinca com a ideia de culpa, seja a culpa imposta pelas modas dietéticas, seja a culpa sutil de negar um favor a um coronel persistente. A passagem sobre os bugarins brancos, flores que murcham mas sempre renascem, é poética e resume a mensagem da crônica: a vida é feita de ciclos, onde o amargo e o doce se alternam, mas tudo passa no momento certo.
Os comentários dos leitores reforçam a conexão que o texto estabelece, mostrando como as histórias de Hayton ressoam com experiências pessoais e memórias afetivas. Em suma, esta crônica é um convite para saborear a vida com seus contrastes, sem medo da culpa ou do peso das escolhas, mas com a consciência de que até o que parece pesado pode, com o tempo, se transformar em doce lembrança.
Sabendo que parte da crônica é ficção, imaginei o seguinte diálogo do coronel tentando adoçar o coração do convidado (inspirado na Escolinha do Professor Raimundo):
ResponderExcluir— Sabe que flor é essa?
— Não faço ideia.
— É um bugarim, é pro senhor, é de coração, comprei-ô-ô.
🤣🤣🤣
Grande Hayton! Muito bom.
ResponderExcluirComo é bom acordar com as crônicas do Hayton, tomando meu café comedido, com 3 colheres de sopa de cuscuz, um ovo frito e café sem adoçante. Não tem coronel que consiga brigar com o Hayton! Disse um não e ainda ganhou um poema! Ah! Quero a receita do ovo mexido, aguei!!!
ResponderExcluirPois é, excelente. Daquelas q nos faz recordar. Quem já foi fiscal da Creai, como eu, no nordeste, sempre encontrava um coronel. Embora nunca com um flor na mão para me oferecer. Talvez para lembrar como elas enfeitam os caixões. Luis Antonio.
ResponderExcluirExcelente… fechamento com chave de ouro: “… no tempo certo, até o que pesa, passa.”
ResponderExcluirCom a inadimplência atual, deve ter muito cobrador desse banco sendo recebido com dúzias de bugarim
ResponderExcluirA tal morte prematura
ResponderExcluirNem temos como medir
Se ela está no adoçante
Que estamos a servir
Mas se o avalista é bom
A música está bem no tom
O pagamento vai vir.
Parabéns, Hayton!
ResponderExcluirComo dizia a música de Roberto e Erasmo:
Será que tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda.
Comer sem culpa é um prazer incomensurável.
Que texto gostoso, meu caro amigo. A vida tem seus sabores e dissabores, doces e amargos e, de fato, é isso que a torna bela. Você é grande!!
ResponderExcluirPootz! Já passei alguns apertos na vida, mas acho que nenhum desse tamanho.
ResponderExcluirQue café intragável! 🤣
Depois me diga que marca/tipo de adoçante ele pingou no cafezinho (alguma coisa de bom temos de tirar dessa história!).
Das oficinas escrivinhadoras de Hayton Rocha sai mais uma obra intrigante.
ResponderExcluirJunta reflexões sobre os modismos alimentares que se renovam a cada período com os diferentes estilos de intimidação de coronéis.
E termina por demonstrar que a vaidade sempre pode ser um calcanhar de Aquiles, por mais temível que seja o sujeito!
Tornar o ovo um grande vilão talvez serviu, por muito tempo, como uma interessante estratégia para torná-lo mais valorizado. A ironia, no entanto, está nas gotinhas do adoçante que agora se tornaram "inimigas" de uma dieta saudável...
ResponderExcluirDizem que o "peixe morre pela boca" e isso vale para o "mundo" dos negócios. Então, degustar a riqueza dos alimentos oferecidos, pode amaciar conversas, egos e birras, sabendo-se que "no tempo certo, até o que pesa, passa..."
Maravilhoso texto
ExcluirEssa conversa me lembrou um amigo, gerente de "um grande banco " que , ao receber uma proposta indecente, dessas que o "seu coroné" propusera, respondeu na lata: "palavras loucas, ouvidos moucos ". Adorei a crônica
ResponderExcluirEu nao ia de jeito nenhum. Só de imaginar a reacao do coronel ao meu não, já estaria com dor de barriga, rsrs
ResponderExcluir"Banco é bicho desconfiado" é muito bom (rsrsrs), um ótimo argumento pra começar a conversa.
ResponderExcluirNuma situação dessas nada melhor do que ter regras claras, que não deixam margem pra flexibilizar. Um talvez com viés para não é o melhor que se pode oferecer. Como diz o velho ditado: O que não tem remédio, remediado está.
Que crônica maravilhosa, Hayton! Sua escrita tem um ritmo envolvente e um tom ao mesmo tempo reflexivo e leve. A forma como você mistura memória, ironia e poesia é simplesmente cativante. O peso das decisões, o sabor das escolhas, tudo entrelaçado em um texto que faz pensar e sentir. Parabéns por mais essa obra que nos faz viajar! Abraços, do seu amigo baiano, Ulisses
ResponderExcluirEmbora sabendo que atualmente o ovo deixou de ser vilão, assustou-me a notícia em um popular programa de TV, que nunca consegui assisti um capítulo por inteiro, que uma moça musculosa participante, comia 30 ovos por dia. É maléfico ou saudável isto? Eu, hein!!
ResponderExcluirAquele esperto Coronel certamente não leu Jorge Amado, ou não conheceu o malandro Vadinho. Este, além de malandro, também conhecia de meandros jurídicos e sabia que fazia jus ao benefício de ordem. Ao credor é facultado o direito de primeiro cobrar o avalista para depois executar o devedor principal.
ResponderExcluirComo tenho presente que para ser gerente ou diretor de Banco, o sujeito precisa ter as necessárias habilidades técnicas para o cargo, mas, acima de tudo, precisa ter em características muito de Vadinho e Dona Flor em estado puro, e muito menos Teodoro, o representante do Banco público se saiu muito bem na cilada que lhe aprontaram.
Deixar-se de se fartar à mesa com o Coronel, não teria sido a melhor alternativa.
Nosso Vadinho, esperto como é, soube portar-se à mesa como poucos.
Senti falta apenas de um especial convite de Vadinho para que o Coronel fosse à Capital para lhe retribuir a hospitalidade recebida.
...precisa ter... "em suas características..."
ExcluirAdorei a crônica, me senti numa varanda, numa noite de brisa fresca, escutando mais um bom causo que passeia das dietas aos negócios e suas negociações.
ResponderExcluirEu, também, sou muito fã de um ovinho mexido, refogado na cebola picadinha e um dentinho de alho, salpicado com cheirinho verde e uma pimentinha do reino...hummmm...adoro. Já fiquei com água na boca. E essa delícia fica completa com uma boa xícara de café com leite, mas sem açúcar e sem gotinhas. Me acostumei a apreciar o amargor do bom café. Aprendi na infância a acrescentar uma colherzinha de chocolate amargo ou cacau em pó...amo...meu desjejum não carece de muita coisa, desde que não faltem esses itens. Assim, começo meu dia feliz.
Por outro lado, achei tão poética a argumentação negocial do coronel sobre a luz do "sim" e a treva do "não"...porém mais genial ainda foi o sábio "depende".Principalmente quando a luminosidade da questão vai depender do peso do avalista que, mesmo a despeito do uso das, atualmente, malvadas gotinhas estava preenchido de vaidade.
O bom negociador tem como grande vantagem a sabedoria do escutar, do observar e, principalmente, o cuidado em não humilhar.
Mas importante do que ganhar é deixar no outro a sensação de orgulho, ainda que tenha concedido mais do que imaginava.
Parabéns, querido
Ótima crônica, carregada de, também, ótimos comentários.
ResponderExcluirEm resumo, o depende é o não com receio de parecer chato e o sim com preguiça de se comprometer.
Difícil não foi a negativa pro coroné. Difícil seria falar pro dito cujo, que café expresso(se o coroné tiver máquina dessas) e pasta de dentes, tem adoçante, e não é saudável!
ResponderExcluirEu sempre achei, registrei várias vezes, desde o princípio desta quase olimpíada aqui, que você não teria limites, razão porque nem mais se pertencia - "nossotros", seus já dependentes, intelectual e afetivamente, esperaríamos cada vez mais, conquanto muitas vezes eu mesmo tenha achado que você extrapolara, não conseguiria brilho maior do que conseguira até então. Quanta ingenuidade minha, reconheço hoje.
ResponderExcluirSem esquecer de que você se revelou um perito em dissertação até sobre flatulência - com a esperança de que ninguém mais acesse este bobo registro aqui - fico impressionado cada vez mais, como você consegue também despertar tanto talento. Afinal, os comentários são de uma riqueza que me induzem a postar o meu ao final de tudo, reconhecido que sou de minha limitação.
Neste de agora, com tantos de brilhantismo invejável, curvo-me decidida e totalmente ao de Deborath Almeida, ela sempre ilustradíssima e brilhante. Afinal, vai de "ovo mexido, refogado... e tantos temperos mais...", a afirmações que são quase um tratado de filosofia, psicologia, sociologia e mais, nos faz refletir como encarar, solucionar ou pelo menos administrar as coisas inesperadas da vida.
Pois é, você ainda será consagrado como um filósofo, até mais que cronista, não tenho dúvida...
Brilhante!
ResponderExcluirQuanta vida, inspiração e poesia…
Que texto delicioso! Que trama literária tão bem construída! Grande cronista! Parabéns mais uma! Diniz.
ResponderExcluir