quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Chatice tem cura

Ninguém discorda de que hoje em dia anda muito chato ver futebol, tanto nos estádios quanto pela TV, principalmente depois que apareceu o árbitro assistente de vídeo (VAR, em inglês), que busca justiça no resultado sem tirar a graça do esporte, mas que joga água fria na fonte primária de onde emana o calor do jogo: o grito de gol, agora solto em duas parcelas.

Sei que muito dessa chatice tem a ver com o reduzido número de gols por partida. Também com o fato de o jogo ser paralisado a todo instante por conta da evolução física dos atletas e pela mistura de covardia e vaidade do árbitro, a recorrer à cabine do VAR mesmo quando convicto de lances óbvios. Claro, ele precisa de exposição midiática "espontânea" onde antes não havia. Foram transformados em totens de "merchandising" e o anunciante cobra com razão a visibilidade de sua marca.

Gols não deveriam ser escassos. Se a dose certa de adrenalina provoca êxtase, ninguém deveria ficar satisfeito com escore abaixo de 3x3, isto é, um mísero gol marcado a cada 15 minutos. A emoção do basquete com seus placares elásticos é  indício de que o momento de gozo do futebol nunca será vulgarizado se acontecer com maior frequência.

Três remédios me ocorrem para arejar o ambiente: a) o lateral poderia ser cobrado com os pés, assim como acontece com os escanteios; b) os escanteios deveriam ser cobrados do ponto em que a linha de fundo é interceptada pela linha da grande área; c) após cinco faltas coletivas, poderia ser marcado tiro livre direto da meia lua do infrator, sem direito a barreira, admitindo-se, contudo, que o goleiro possa sair da baliza quando autorizada a cobrança da infração.

Mais três receitas simples para intensificar a dinâmica do jogo, com reflexo direto nas situações de gol: a) a partida deveria ser disputada em dois tempos cronometrados de 30 minutos, com intervalo para descanso de 10 minutos; b) as equipes contariam apenas com 10 jogadores (inclusive o goleiro), permitidas até cinco substituições; c) o time com a posse da bola, ao ultrapassar a linha central, ficaria impedido de retornar ao próprio campo, sob pena de tiro livre direto.

Há até quem defenda acabar de vez com a regra mais difícil de ser aplicada: a do impedimento. Discordo.  Seria chato  – e basta de chatice! – ver um brucutu colado no goleiro adversário durante toda a partida. Mas entendo que a regra poderia ser aplicável apenas a partir de uma linha intermediária, a ser introduzida nas duas metades do campo de jogo, entre as linhas de fundo e divisória do campo. 

Sobre o VAR, reconheço: é a credibilidade do futebol que está em jogo. Mas concordo com um amigo quando diz que, assim como no vôlei, deveriam deixar com os treinadores a prerrogativa de pedir a revisão eletrônica. Cada time teria o direito de acionar o árbitro de vídeo por duas vezes a cada tempo. Ficaria menos midiático e acabaria com a mistura de covardia e vaidade que se vê atualmente. 

Estou seguro de que essas modificações teriam o condão de estimular o surgimento de novas estratégias e táticas de jogo, de preparação física, por combinar redução do número de atletas na disputa, ampliação de espaços e maior tempo de bola em jogo. Com um detalhe muito importante: a implantação não implicaria gastos adicionais com aumento de campo, balizas ou aparato tecnológico. 

Você, que, assim como eu, já viveu um pouco mais, deve lembrar de "General", personagem de “Viva o Gordo”, da “TV Globo”, criado por Jô Soares. Amigo do então presidente Figueiredo, sofrera um acidente e passara seis anos em coma. Ao despertar, ligado a aparelhos hospitalares, descobriu que já não havia ditadura e que seu amigo não ocupava mais a presidência; pior, quem sentava na cadeira agora era Sarney, um civil. "General" enlouquecia toda vez que era contrariado pela realidade dos fatos: “Me tira o tubo! Me tira o tubo!”

Do jeito que o futebol anda chato, se nada for feito para soprar as brasas dessa paixão, daqui a pouco todos nós, amantes do esporte, teremos que macaquear o personagem inconformado de Jô Soares e pedir que nos desliguem os aparelhos.

Pode ser melhor assim. Nem teria mais que ouvir Tite falar das  "sinapses no último terço" ou dos "extremos desequilibrantes". Haja saco!    

37 comentários:

  1. pois é...o futebol tem se mostrado muito conservador e cada pequena inovação vira um parto p ocorrer.

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  2. Pura verdade. Eu, como amante do futebol, estou6de saco cheio dessa chatice de VAR mau utilizado pela CBF. É, claro, não poderia ficar de fora o dinheirinho do mkt. Lembrei que quando recomeçou o soccer nós EUA, havia uma linha entre o meio de campo6e o gol onde, nessa intermediária não haveria impedimento. Não vingou, mas era bem legal ver6as defesas terem que se desdobrar para marcar os brucutus.

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  3. O VAR, se bem aplicado, tem o seu valor, Hayton. Pois corrige erros grotescos da arbitragem, como gols marcados de forma irregular, penaltis claros, etc. o problema é a morosidade na análise dos lances, fato que está tornando o futebol chato de se ver. Quanto à prática do futebol ofensivo e muitos gols marcados, o Flamengo treinado pelo português Jorge Jesus, felizmente vem sendo uma exceção. O último Vasco x Flamengo, pra delírio dos brasilienses, teve 5 gols marcados, além de 2 penaltis desperdiçados pelo Vasco. Acredito que pior do que o VAR é o esquema retranqueiro da maioria dos treinadores dos times brasileiros!

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    1. Concordo com você, Jez, o Flamengo protagonizou um magnífico espetáculo, assim como Bahia de Roger Machado duas semanas antes, na Fonte Nova, em Salvador. Mas foram honrosas exceções entre dezenas de partidas chatas, com todos os vícios incrustados no futebol. O pior dos mundos é alguém a seu lado diante da TV propor mudar de canal e você notar que não faz a menor diferença.

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  4. O problema não é o VAR, mas seu uso muito moroso. 5 operadores com gravaçoes em câmara lenta, de vários ângulos, o tempo máximo para decidir não poderia ser superior a 1 minuto.
    Melhorias na regra, para melhorar a dinâmica do jogo deveriam ser experimentadas.

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  5. Espetacular esse texto mano, desequilibra te mesmo.
    Eu também estou farto desse nosso futebol, principalmente se o meu time estivesse mal das pernas. Estou prestes a dizer "me tire o tubo". O futebol está ficando chato mesmo!

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  6. Nós nascemos aprendendo a gostar de futebol. Vimos nossos pais, nossos parentes, nossos amigos, todos torcendo ferozmente... mas zero a zero é um negócio deprimente. Concordo que mudanças poderiam deixar o futebol bem mais atraente. Mas como disse você, merchandising é o que irá definir sempre. Para patrocinadores melhor a TV que o público nos estádios. Mas já mudaram algumas coisas, tomara que deixem esse esporte mais interessante. Afinal, há pessoas que deixam de comer para comprar um ingresso e ir ao estádio torcer... Quem sabe um dia!

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  7. Como diz Murici Ramalho: “futebol está chato, meu”. É muito esquema tático e pouco espaço para a criatividade. Entretanto, continua sendo o maior espetáculo esportivo do mundo.

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  8. Muito oportuno seu texto!!! Todos os esportes, individuais ou coletivos, se adaptaram aos novos tempos. O futebol é uma exceção! Duas ou três pequenas mudanças o tornaria mais dinâmico. Qual é o receio? E aí FIFA? Chatice e retranca têm cura sim!!

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    1. A International Football Association Board (IFAB), Betão, é a entidade formada por representantes das federações da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, que regulamenta as regras do futebol. Mais conservadora, anacrônica...impossível.
      Para introduzir alguma inovação, só quando não pode mais protelar, vencida pelo cansaço.
      Se tivesse representantes de outros continentes, talvez arejasse um pouco e admitisse que tudo na vida evolui. Por bem ou por mal.

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  9. De futebol, nada entendo. A não ser a hora do grito de GOL!!!!
    Mas de crônicas, arrisco afirmar que elas estão cada vez melhores.

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  10. Não me chame de saudosista. Não temos mais, ponta direita, centroavante, ponta de lança, ponta esquerda, enfim sem ataque.. substituíram tudo por um atacante. Com o fim do impedimento numa faixa maior, obrigariam os times a se espalharem mais em campo, criariam mais espaços para criar jogadas. Poderíamos começar por aí...
    Considero todas sugestões seriam bem-vindas mas a FIFA é muito morosa.
    Parabéns pelo tecto... muito bom

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    1. Se fosse a FIFA, Aguilar, muitas mudanças já teriam sido incorporadas, por pressão de confederações sul-americana, asiática, africana etc. Problema é que quem manda é a IFAB. Veja logo acima minha resposta ao comentário feito por Beto Barreto.

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  11. Ainda é lindo de se ver um futebol vibrante e elegante a exemplo de Palmeiras e Grêmio, ontem.

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    1. Mas veja o flerte com a injustiça: no minuto final do jogo, a cabine do VAR chamou o juizão argentino para rever suposto pênalti que desclassificaria o Grêmio em favor do time da casa, o Palmeiras. Se o “hermano” não fosse macho pra manter aquilo que viu de perto, teria cedido à pressão e feito uma média com 95% da torcida presente ao estádio. Daqui a um mês ninguém falaria mais disso.
      Como diz um amigo meu, “No fundo, o VAR representa para o árbitro um constrangimento, uma exposição pública de seus erros. Ele fica moralmente obrigado a ver/rever o lance, aos olhos de duas torcidas (nenhuma a favor dele).” Pode, Chico?

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  12. Excelente crônica. Leitura agradável e leve embora não entenda de futebol.

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  13. FABRICIO LUCAS DI PACE28 de agosto de 2019 às 14:22

    Concordo que o VAR deixa o jogo mais chato sim mas as mudanças propostas nessa bela crônica já não tenho a mesma opinião. O VAR chegou, ou deveria ter chegado, para dar mais justiça ao jogo e nós estamos deturpando sua real função com o uso desenfreado do mesmo. Primeiro pq os erros continuarão acontecendo e segundo pelo mal uso dos seus famosos peotocolos. Na minha humilde opinião o VAR deveria ser utilizado apenas em lances capitais em que não houvessem interpretações, como no impedimento ou se a bola ultrapassou a linha do gol ou não por exemplo. Ficar 5 minutos analisando uma expulsão ou possíveis pênaltys é demais, principalmente em lance em cãmera lenta que como dizem: "em câmera lenta até beijo em vó pode ser considerado agressão".

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  14. FABRICIO LUCAS DI PACE28 de agosto de 2019 às 14:26

    Sim kkkk das mudanças propostas concordo que após 5 faltas a cobrança deveria ser tiro livre direto sem barreira. Lembro tb que essa regra foi testada em um torneio Rio-SP mas não foi adiante

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  15. Texto magnífico com todos que você escreve. Sou a favor do VAR: é o progresso. É só ser bem utilizado e fiscalizado. O VAR foi criado com o objetivo de fazer justiça às partidas, mas como toda coisa nova tem lá sua rejeição. Parabéns por nos propiciar seus escritos.

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  16. Vou te antecipar o que vai acontecer. Hoje, os jogadores JÁ usam um chip RFID com GPS que mapeia sua movimentação em campo. Com o tempo, vão perceber que se os jogadores JÁ usam isso, eu posso monitorar as marcações via software. Sem VAR.

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    1. Quando isso acontecer, Dedé, renderei minha mais sincera homenagem ao grande Graciliano Ramos, que morrerá de rir no túmulo ao lembrar de sua profética crônica no início do século passado, garantindo que o futebol não vingaria por aqui: “...Reabilitem os esportes regionais que aí estão abandonados: o porrete, o cachação, a queda de braço, a corrida a pé, tão útil a um cidadão que se dedica ao arriscado ofício de furtar galinhas, a pega de bois, o salto, a cavalhada e, melhor que tudo, o cambapé, a rasteira.
      A rasteira! Este, sim, é o esporte nacional por excelência!
      Todos nós vivemos mais ou menos a atirar rasteira uns nos outros. Logo na aula primária habituamo-nos a apelar para as pernas quando nos falta a confiança no cérebro - e a rasteira nos salva.
      Na vida prática, é claro que aumenta a natural tendência que possuímos para nos utilizarmos eficientemente da canela. No comércio, na indústria, nas letras e nas artes, no jornalismo, no teatro, nas cavações, a rasteira triunfa.
      Cultivem a rasteira, amigos!...”

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  17. Muito bom bom Hayton. Sou a favor do VAR pela justiça (principalmente quando um time menor enfrenta um gigante) mas concordo contigo em relação a perda da emoção que o grito de gol imediato proporciona. Serei seu leitor assíduo. Parabéns pela qualidade do conteúdo que estás produzindo,utilizando coesão, coerência e criatividade na abordagens de um tema que é a paixão nacional!

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  18. Abstraído o julgamento da qualidade do texto - incorreria em redundância - , suas sugestões são válidas, mas utópicas, tamanhos são os interesses em jogo no caso aí. Eu até já me contentaria se introduzissem uma mudança apenas no tempo - poderia ser trinta minutos em cada tempo, como você sugere, mas teria de ser como no basquete, parou o jogo, para o cronômetro. Você tem total razão, a coisa tá ficando de uma mediocridade e chatice tais que irrita a nós amantes do futebol. Vou me identificar novamente pois esse bichinho parece cismar comigo, aqui é Volney.

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  19. Amigo Hayton, você precisa achar um jeito de ser aceito como membro da IFAB para que os velhinhos de lá resolvam se aligeirar na implementação das mudanças que vc acaba de registrar nesta crônica.

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  20. Gostei!
    Mas eu acabaria com o impedimento e permitiria até onze substituições (se bem que, no caso do meu time, seria melhor ter algumas substituições por jogadores do time adversário).

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  21. Me desculpe não fazer comentário, mas disso não entendo.kkk

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  22. Depois dos jogos finais das ligas européias esta crônica foi a melhor coisa que aconteceu no futebol. Concordo que alterações podem ser feitas para dar dinâmica aos jogos. Sobre impedimento julgo de deveria ser marcado somente após a linha da pequena área.

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  23. O VAR, ainda que tenha como uma das suas variáveis a justiça, retira a emoção, inclusive de mestresna arte de emocionar. Vi ontem o mestre Galvão gritar o gol do Internacional sem a emoção que lhe é peculiar. E, posteriormente, depois de 5 minutos, repetir o grito. Imagino Galvão, gritando a comemoração do Copa do mundo, considerando a possível utilização do VAR para verificação de uma saida de Tafarel, de forma antecipada e ilegal do Gol.

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  24. HAYTON:
    Você já conhece a minha opinião: o VAR é uma chatice. É como você disse muito bem: o gol é solto,agora, em duas parcelas. Tirou aquela espontaneidade. Todos se sentem inseguros. O torcedor não sabe se vibra ou espera pela confirmação do VAR.

    Quanto ao impedimento, concordo que não pode acabar. Seria difícil até pra armar um um esquema tático. É ver como se pode melhorar essa regra.

    Uma regra que seria muito bem vinda é a de quantidade de faltas coletivas. Com isso os zagueiros pensariam em fazer menos faltas e o jogo fluiria melhor.
    A gente que jogou salão, sabe quanto essa regra foi boa pro jogo e pra quem era pivô. Antes, mal a bola chegava no pivô, o fixo vinha e arrastava tudo. Tinha que saber se proteger. Depois da regra, os jogadores passaram a evitar as faltas. Sabiam que este lance de bola parada poderia definir o placar.

    No campo, depois da décima ou décima segunda falta, poderia ser tiro direto da meia lua com o goleiro se adiantando, no máximo, até a risca da pequena Área.
    Essa regra, poderia ser a primeira implantada, e traria, acredito, só benefícios para o jogo e para os times mais técnicos.

    Outra coisa absurda, os pênaltis que são marcados até mesmo contando com a ajuda do VAR. Conseguiram piorar, e muito, o entendimento do que é pênalti. Antes era bem mais simples: mão na bola e bola na mão. Agora tem um tal de movimento antinatural. O que é movimento antinatural, ô cara pálida? Diria João Saldanha.Isso é uma baboseira sem tamanho.
    Ainda tem mais: abriu os braços para ocupar espaço. Outra besteira: os braços dão equilíbrio. Daí, a desvantagem dos zagueiros que vão fazer a marcação com os braços para trás, comprometendo totalmente o equilíbrio.
    Esses caras que fazem as regras nunca jogaram bola. São uns burocratas.

    Grande abraço.
    Marival.


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  25. De: Sergio Freire

    Amigo, Hayton,

    A adoção do VAR surge em um momento em que o futebol aproxima-se dos padrões da ciência, da razão e da objetividade. Toda a metodologia do jogo e seu entorno são assoberbados pelas estatísticas e monitoramentos eletrônicos que auxiliam as decisões técnicas. As atuais linhas compactadas entre defesa e ataque há muito mudaram a dinâmica do jogo com movimentação em bloco de todo o time. Fizeram do futebol um sistema em que se delimita em muito o improviso criativo e sua importância para o resultado das partidas. Agora, não basta o talento individual; é preciso aliá-lo à inteligência coletiva de cada atleta para se construir times vencedores. É nesse contexto em que se perde o romantismo e predomina a tecnicidade que o VAR legitima-se. Como deixar às limitações de um juiz com suas vulnerabilidades sensoriais as decisões de um esporte que se esmera na busca pela precisão, perguntaria aquele vultoso investidor ao ver sua planilha de custo suscetível ao acaso, para ingressarmos no campo da técnica e do capital. Se considerarmos os agentes do marketing e de todos os investimentos envolvidos pudessem se sentir constrangidos pelas evidências dos inúmeros "replays" que reiteradamente delatavam as decisões jurássicas de árbitros sem o auxílio da tecnologia, poderemos perceber a pressão por um modelo que busca a veracidade para os conflitos nas partidas. Mas aí está o engano de tudo isso e meu alinhamento com aspectos tão bem suscitados pelo Hayton. Futebol não é só objetividade. Nunca escaparemos da subjetividade por mais que a parafernália de câmeras multiplique nosso olhar. Sempre haverá a interpretação, ainda bem, pelo bem de tudo o que é lúdico e daquilo que ainda permite ao futebol nos surpreender. Que a tecnologia nos auxilie, mas sem prejudicar a paixão. Mais apoio para as decisões do árbitro é bem-vindo. Isso não quer dizer que verdadeiras conferências entre árbitros se instalem perante a ansiedade de todo um estádio. Assuma-se de vez que algum grau de injustiça faz bem ao futebol. No mais, ótima reflexão, Hayton. Abraços.

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    1. Seu comentário, Sérgio, me encanta pela amplitude e precisão ao mesmo tempo. É, como dizemos no Nordeste, “prego batido com a ponta virada” na discussão sobre o uso do VAR instalada nos bares e lares desse país.

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  26. Grande Hayton,
    Realmente, como o mundo, o futebol mudou demais, e o pior o que era para trazer justiça, trouxe chatice. Alem, do orgulho e exibicionismo. Precisamos trazer, a titulo de envolvimento, mudanças que possam Nos deixar envolvidos, alegres em assistir uma partida de Futebol. Muita boa sua manifestação.

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  28. Se bem Hayton, que apesar do processo natural de evolução da sociedade, acho que já não se faz futebol mais como antigamente. Mas sou como todo brasileiro, que não entende de futebol, torço nos jogos do Brasil, sempre.

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  29. Hayton, não entendo muito desse assunto, mas pela sua crõnica muito bem elaborada, percebi que você gosta e muito de futebol, além de entender bem não é mesmo? Admiro como você consegue ser plural, eu até acho futebol meio complexo; não sei se deve-se ao fato de não entender do tema, rsrsr...mas não poderia deixar de fazer aqui meu recadinho. Continue nos presenteando com estas excelentes leituras, um forte abraço.

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  30. Muito bom Amigo Hayton. Gostei da sua análise e das sugestões para modernizar o futebol. Acredito que estas regras poderiam tornar as partidas mais dinâmicas e emocionantes.

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  31. Excelentes sugestões, Jurema!!
    O futebol está mesmo precisando de mudanças mais profundas...
    Fez-me lembrar do comentário do Parreira.. “o gol é apenas um detalhe”..

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