Cocorotes

Sei que fui um menino arteiro, buliçoso, gaiato e outros adjetivos que quisessem dar, apesar de nunca ter preocupado meus pais em termos escolares. Sei também que eles não souberam metade do que aprontei quando criança e que nem devo contar agora para não servir de mau exemplo para os netinhos.

Estaria até hoje sob penitencia se tivesse contado ao padre todos os meus pecados antes da primeira e única comunhão na capela do Colégio Cristo Rei, em Patos(PB). Mas tudo me leva a crer que os cocorotes que colecionei em minha agitada cabeça purgaram todos os pecados, veniais e mortais, até a terceira geração de meus descendentes diretos.

Para quem desconhece o termo, cocorote (cascudo ou croque) é aquela pancada seca no cocuruto, com o dedo médio saliente da mão fechada de quem bate. Provoca uma dor lancinante, capaz de escurecer a vista e fazer o moleque gemer por uns cinco minutos. Dói mais do que topada no dedo mindinho. E, no meu caso, havia agravante: cocorote quase sempre vinha “com sobremesa” – beliscão ou puxão na orelhas, a depender da natureza do delito.

Cocorote, beliscão e puxão de orelhas eram considerados pequenos castigos para traquinagens de menor relevância como arengar com um irmão e ser alvo de delação premiada por parte de outro, fazer algazarra e acordar o pai no cochilo após o almoço ou não parar quieto um minuto sequer enquanto os cabelos eram penteados pela mãe, coitada, esbaforida em seus múltiplos afazeres.

Por falar em cabelos, a tolerância doméstica com castigos aparentemente brandos estimulava excessos até de pessoas alheias à casa, feito certos barbeiros. Como se não bastasse o corte militar, algumas vezes o cangote ardeu por conta da navalha passada às pressas, enquanto meus outros três irmãos (Nena, Lica e Dula) aguardavam o martírio mensal. Deve ser por isso que nunca esqueci a marca “Ferrante”, cunhada no pedal das cadeiras da barbearia.

De dentistas, cruz-credo, nem tolero lembrar. Desconheço sessentão que tenha passado a infância no interior e que ainda possua a dentição original em perfeitas condições. Já fomos a nação dos desdentados. O número de pessoas que não possuía sequer um dente da boca era enorme, talvez porque não se tinha a exata noção daquilo que mais provocava pânico na criançada: doido na rua a jogar pedras, “papa-figo” e dentista com a broca na mão, sorrindo, a dizer que não iria doer nada.

Ainda bem que, em 1964, ano em que comecei a cursar a escola primária, já havia sido abolido o uso da palmatória – exceto em algumas delegacias, claro! – introduzido no País pelos jesuítas como forma de doutrinar os índios resistentes à aculturação. A prática continuou durante a escravidão como um dos castigos aplicados aos desobedientes. Quando a educação por aqui ainda engatinhava, no século XIX, a palmatória ganhou sobrevida na escola, pelo menos até o final dos anos 50.

Sobrevivi a cocorotes, beliscões, puxões de orelhas, navalhadas no cangote, doidos de pedra de tudo que era jeito, mas continuo sob o miserável risco de tortura da infeliz da broca dental. Fico calado para não parecer um velho covarde, porém toda vez que vou ao dentista, mesmo que seja apenas para fazer uma limpeza de rotina, penso numa anestesia geral.

Vai que durante a assepsia resolve cutucar os caquinhos e descobre que precisa refazer alguma obturação antiga. Sem anestesia geral, juro que prefiro um cocorote com “sobremesa”. Sei que também escurece a vista, mas dói menos.

Comentários

  1. Hahahaha!
    Impagável, como sempre!
    Identifiquei-me em alguns aspectos, embora nem de longe tenha sido tão “encapetado” (ninguém aqui vai me desmentir... rs).

    ResponderExcluir
  2. Enxuta e divertida. Croques, cascudos, cocorotes (um deles foi goleiro do CRB), puxavantes, tapas, beliscões, safanões - a dolorosa e incontornável pedagogia da infância Forte abraço do Sidney. FortabraçiabraçForinfâncibraç

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A julgar pelo desfecho de seu comentário, Sidney, você está na recepção do dentista, prestes a ser torturado, não?

      Excluir
  3. Sabes que não mais lembrava dos velhos croques, Hayton. E como fizeram parte de nossa infância, amigo. O pavor à broca e cadeira de consultório de dentista permanece bem vivo até os dias atuais. Forte abraço!

    ResponderExcluir
  4. Começar o dia lendo tuas crônicas é um prazer tamanho. De tão bem descritas, não há como não estar dentro delas, maus tu. Correndo do papa-figo, vendo o Ferrante, sentindo a broca assassina. E tomando cocorotes, com sobremesa de beliscões. Teu estilo flutua pelos tons, semitons e distorções semióticas. Uma delícia de ler e se envolver com tudo que produz. Show.

    ResponderExcluir
  5. Sei o que é isto muito bem. Se fizer um exame sofisticado em minha cabeça vai encontrar "pagadas" dos dedos da minha irmã mais velha do formato das "pegadas" dos dinossauros na região de Sousa. Mais uma vez a crônica representa a autobiografia coletiva da maioria dos leitores de algumas leitoras.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hayton, bom dia, grande cronista. Expressões como estas do recorte “menino arteiro, buliçoso”, Estaria até hoje sob penitência”, “os cocorotes que colecionei em minha agitada cabeça purgaram todos os pecados, veniais e mortais”, “cocorote, é aquela pancada seca no cocuruto”, “Provoca uma dor lancinante, capaz de escurecer a vista”, “Dói mais do que topada no dedo mindinho”, “cocorote quase sempre vinha com sobremesa” – beliscão ou puxão na orelhas, a depender da natureza do delito”, “ser alvo de delação premiada”, “o cangote ardeu por conta da navalha passada às pressas”, “meus manos aguardavam o martírio mensal”, “nunca esqueci a marca “Ferrante”, cunhada no pedal das cadeiras da barbearia.” E por aí vai! São tantas as suas expressões reais, mas hilárias que fazem seu leitor dá boas risadas, pois eu te confesso caro Hayton, que não há quem não sorria com suas crônicas tão reais e verdadeiras.
      Se for citar todos os trechos, vou acabar reescrevendo suas crônicas, e para não cometer o erro de não escrevê-las com o mesmo esmero, paro bem aqui, mas que me fazem dá boas risadas, isso faz! E faz bem ao nosso coração e nossa alma, dá aquela lavada na alma, não é?
      Engraçado é que acredito na verdade de que cada um aqui como seu leitor, aprontou muitas dessas aventuras similares às suas, e com certeza a regra da época, era a mesma. Os pais pareciam combinar com os castigos. Era uma pedagogia inconteste, funcionava mesmo! Eu também levei um bocado de cocorotes e ainda fazia meus irmãos levá-los também. Na realidade, quando cometíamos aqueles delitinhos, ninguém entregava ninguém, e acabava por fazermos uma fila, na hora da sansão.
      Na verdade, caro cronista, apesar das reprimendas causticantes e das dores lancinantes como você bem falou, éramos felizes e aprendemos a disciplina, de como é que a vida funciona, que até hoje, nós sessentões, eu duvido que esqueça de tão duras lições! E temos certeza de que era para nosso bem. Que valeu, valeu e muito!
      Também estou escrevendo a história da família da minha mãe, “Os Pereira e Souza” e tem cada aventura, que você terá a oportunidade de lê-las, com certeza. Minha mãe e tias me falaram que meu avô, um velho português, dono de propriedades e animais à época anterior à nossa, fazia um “relho” de couro de boi, curtido no sol, e na ponta desse relho, ele prendia um corredor de porco, e era longo. Bastava um pequeno delito, que o velho carrasco, “laçava-o nos pobres guris e gurias”. Daí, você imagina o terror!
      Mais uma vez, meus parabéns pelas excelentes crônicas, e agradeça a Deus todo dia por este dom maravilhoso de retratar a própria vida, com a pena e as palavras certas no momento certo.

      Meu abraço e aguardando as próximas.

      Excluir
  6. Que Beleza!
    Quem desta vida não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que Eu.
    Ótimo.
    A vida só se dar para quem se deu.
    PARABÉNS!

    ResponderExcluir
  7. Mais um texto que deixa a pessoa emocionada, lembrando uma infância não tão feliz. Supridas as necessidades básicas, alimentação, vestuário, remédios, brinquedos, material escolar...permanecia a carência afetiva. Nenhuma palavra de carinho, incentivo, nenhum elogio. Além das " cabadas" de escova quando o cabelo estava " embaraçado", faziam parte da " sobremesa" os xingamentos e apelidos de " mangação", salientando nossos defeitos, que hoje seriam classificados como ASSÉDIO MORAL. Marcas indeléveis no caráter de qualquer criança.
    O pavor do dentista pude constatar na clínica CEO de minha irmã, onde vi muitos adultos suando frio dizer que " odeiam" o barulhinho do equipo. Porque ninguém conseguiu ainda extinguir aquele " zunido " infernal?? Rsrssrsrsrs

    ResponderExcluir
  8. Muito boa!
    Já passei por tudo isso, mas medo mesmo eu tinha era de injeção

    ResponderExcluir
  9. Será que o pavor das brocas é herança de família??? kkk

    ResponderExcluir
  10. Muitos traumas para uma criança tão quietinha...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. De fato. Tive medo quando criança de me nascerem asas nas costas. Seria um anjinho da guarda dos maloqueiros.

      Excluir
  11. Ai, aí. Aquele botijão do dentista era o que mais apavorava. E aquela cuspideira que parecia mais um instrumento de tortura nazista? Eu também preferia os cascudos da minha mãe a uma visita a esses terroristas dentais. Adorei a crônica. Nos leva direto à infância de cada um.

    ResponderExcluir
  12. Mais uma crônica sensacional. Praticamente passei por tudo isso, mas o dentista era meu irmão, que usava um alicate que trazia da retificadora que trabalhava.

    ResponderExcluir
  13. Respostas
    1. Sempre fui um anjo! O mundo é que não estava preparado para me receber. Paciência! Rsrs

      Excluir
  14. O termo “arengar” me lembrou vovó, quando nós começávamos a brigar ela gritava”parem de arengar senão vou falar com Zé Assis quando ele chegar”. Maravilha de texto, assim com os outros.

    ResponderExcluir
  15. Eita!!!
    Ainda bem que algum tempo depois sua irmã se tornou dentista e logo depois sua sobrinha e continuamos seu atendimento sem traumas !!!
    Lembro como hoje, um atendimento que fiz em vc , era um final de tarde, último paciente ,estava realizando um procedimento simples de repente vc começou a se debater na cadeira odontológica simulando uma reação alérgica ao anestésico , no primeiro momento fiquei apavorada , depois lembrei que nem ao menos tinha aplicado anestesia , mais uma molecagem .Acho que esse moleque ainda está aí só esperando para aprontar mais uma ��

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Você não deveria tornar públicas essas coisas, Mana! Ninguém vai acreditar que um idoso bonzinho como eu seja capaz de simular uma convulsão só para sacanear a irmã! Só Deus na causa...

      Excluir
    2. FABRICIO LUCAS DI PACE9 de outubro de 2019 às 10:35

      Kkkkkkkkkkkkkkkk essa foi uma traquinagem do "adulto" Hayton kkkkkkk

      Excluir
  16. Ah, que crônica maravilhosa, Hayton! Os leitores da nossa geração certamente se transportaram no tempo... leitura deliciosa, que me fez ter saudades dos bolinhos de chuva que eu sempre ganhava das tias maternas, após umas horas de castigo, a remoer as traquinagens... rsrsrsrs... abraço bem grande, da amiga e colega no BB, Cledja Barbosa

    ResponderExcluir
  17. Nada como suas crônicas pra nos remeter ao pretérito, quem não vivenciou todas essas situações narradas?

    ResponderExcluir
  18. Imagino o "👼" que você era! Sou solidária, porque também era assim!!kkk
    Croque levei um bocado!
    Tenho certeza que foram raros os que não passaram por essas "medidas educativas". O beliscão era o clássico corretivo em locais públicos. Ele doía, mas exigia do recebedor o silêncio absoluto. E ai de quem manifestasse alguma reação. Corria o risco de levar outro!kkk
    Se tenho um trauma de infância, o nome dele é dentista!
    Mais uma volta ao passado!
    Já estou aguardando a próxima!!

    ResponderExcluir
  19. Quinze ou dezesseis anos de vida nos separam mas as vidas eram as mesmas. Inclusive quanto ao dentista. Até hoje.

    ResponderExcluir
  20. Dizem que há dois lugares que os valentes acabam: no banheiro e no dentista...kkkk É no nosso tempo dentista era uma coisa terrível mesmo, e ficamos com o psicológico abalado até hoje... morro de inveja de meu neto: senta na cadeira do dentista e ainda conversa... mas é difícil o negócio... pelo menos o cocorote não faz a gente passar vergonha muito tempo...rs

    ResponderExcluir
  21. Eita estripulia que você fez para sua irmã! Só em imaginar estou aqui no sofá rindo de como foi. Parabéns por outra bela crônica!

    ResponderExcluir
  22. Você é um sortudo, Hayton, pois pegou dentistas da era moderna, com agulhas fininhas para enfiar na gengiva e caneta de alta rotação ligada à tomada elétrica. Os da minha geração pegaram "dentistas"da idade média, com agulhas de muitos centímetros de diâmetro e pedal para fazer funcionar o grotesco instrumento com que se obturava o dente. Você não teve a "sorte", como eu tive, de obturar ou extrair dente com o "Dr." Moisés da rua São José, Ponta Grossa , Maceió, Alagoas.
    Naquela época, dentadura era moda. Kkkkkk kkkkkk.


    Não parece, mas você aprontou muito. Valeu. Bela narrativa que nos transporta aos tempos primaveris.

    ResponderExcluir
  23. Lembrar da marca Ferrante é qualquer coisa. Essa empresa deve ter sido um monopólio pois no barbeiro da minha Piracicaba também tinha essa cadeira. Mas, desculpe, cocorote é um carinho perto das chavadas na cabeça que eu levava do meu padre formador no seminário, só porque queria dormir um pouco mais quando ele nos acordava às 5h30. Parabéns! Show de texto!

    ResponderExcluir
  24. é olhando p vc Hayton, jamais eu diria que um dia foi encartado. Já quanto ao medo da broca ou arrepio com seu barulho, quem não? Jamais escutei alguém dizer "adoro ir ao dentista" kkkk, detesto até hj

    ResponderExcluir
  25. Incrível como coisas que a gente acha que aconteceram só conosco foram privilégio de uma geração. Não lembrava da palavra cocorote e foi bom lembrar com seus textos deliciosos de ler.
    Confesso que tenho dificuldades em rir ou romantizar esse assunto, pois da palmada corretiva e eficaz até chegar na tortura pura e simples dura às vezes só o tempo de mais uma dose de cachaça e é quase impossível esquecer ou sarar.

    ResponderExcluir
  26. Mais uma pérola. Agora, você bem que poderia ser político, sonso do jeito que é. Quem te conhece nunca imagina que és tão sacana - o episódio com a irmã odontóloga é antológico - minha solidariedade a ela...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Identifique-se, amigo(a)! Gosto do seu jeito de pensar, inclusive a meu respeito. Hehehe

      Excluir
  27. Não fui um guri arteiro como o da sua crônica. Mas lembro da cadeira Ferrante do barbeiro e, lembrança mais dolorosa,da cadeira do dentista: broca movimentada por pedal, uma verdadeira tortura nazista! Se qualquer forma, boas lembranças! Grande abraço!

    ResponderExcluir
  28. Crônica gostosíssima!
    Você me fez relembrar a palmatória que enfeitava a parede da sala de jantar como uma obra de arte. Ficava pendurada num prego.
    Outro método muito utilizado lá em casa era o puxão de orelha.

    Todo mês papai nos levava, eu e meu irmão, pra cortar cabelo à moda Príncipe Danilo, que era aquele tufinho de cabelo só na frente, com o velho e conhecido barbeiro Seu Nenego, na Ponta da Terra. Pra ficar mais alto, ele colocava uma tábua atravessada nos braços da cadeira pra gente sentar. Meu irmão chorava, se esperneava, ficava todo suado, meu pai ameaçava dá-lhe umas palmadas, esse era o ritual de todo mês.

    É isso aí, Hayton, parabéns pela belíssima crônica.
    Grande abraço,
    Marival


    ResponderExcluir
  29. Hayton, parabéns ! Você escreve muito bem. Delicadeza, sensibilidade e memória boa são os componentes essenciais para contar fatos do cotidiano das pessoas e voce faz isso magistralmente.
    Continue esse trabalho que encanta os leitores, enquanto se sentir motivado e sua memória permitir.
    Eu próprio já me arrisquei em um concurso literário na empresa em que trabalhei. Uma Empresa que tem muito haver com conectar pessoas que querem compartilhar ideias, notícias e sentimentos: os Correios.
    Entrei nesse concurso sem outra pretensão do que compartilhar um fato interessante que de outra maneira se perderia nas brumas do tempo e para minha surpresa, entre empregados de todo o Brasil, não é que meu Conto foi escolhido como vencedor.
    Mandarei para o seu privado uma cópia e gostaria de receber uma avaliação de quem entende do assunto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não recebi a cópia que você ficou de mandar, Roberto. De repente houve falha na remessa para o e-mail hayton.rocha@gmail.com

      Excluir
  30. Parabéns, Hayton! Adorei a crônica, voltei à minha infância, cocorotes, beliscoes,palmatória. Quase não aprontei, mas vi muito isso.
    O mais impressionante foi o medo do dentista,pensei que fosse só Eu, nunca imaginei que pessoas como Vc também passasse por isso, RS RS rs.

    ResponderExcluir
  31. Sensacional! Dei boas risadas imaginando as cenas muito bem descritas em mais esta bela crônica. Inevitável lembrar das coças da infância... no meu caso, nem tanto com cascudos e beliscões, mas pródigas em chineladas e corriões, rs.

    ResponderExcluir
  32. Os cocorotes só não purgaram os “pecados geniais” que são essas crônicas biográficas!!!!

    ResponderExcluir
  33. Hilária e bela crônica! Vc deve ter sido o cão em forma de gente pra merecer tamanhas reprimendas! Graças a Deus e ao meu comportamento, meus pais nunca me bateram e me deram cocorotes!
    Já os dentistas...
    Meu medo acabou qdo sentei numa temida cadeira de dentista e tive o orgulho e a alegria de ser atendido pela minha filha!!!
    Foi ela com sua doçura e sorriso lindo, e claro, trazendo as mais lindas recordações de nossa convivência, quem tirou o medo de mim para sempre!
    Obrigado por compartilhar mais essa história!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Disseram-me, Betão, que posso ser portador do chamado Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Caracteriza-se por sintomas, dentre outros, de desatenção, inquietude e impulsividade.
      Disseram até que crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites. Na criança, manifesta-se com mais inquietude. Já no adulto seria mais desatenção, como esquecer torneira ligada, perder carteira, chaves etc.
      Não creio nisso! Sempre fui só curioso e quis experimentar das coisas que o mundo oferecia para ganhar experiência. 😜

      Excluir
  34. Adoro suas crônicas, sempre voltadas para assuntos humanos. Me divirto com as situações relatadas quando o autor ainda era um garoto. No nosso dia a dia falta alguém com esse dom de transcrever relatos desses registrados pelo meu primo, que nos fazem voltar a tempos maravilhosos. Impagável, viu? Como sempre!

    ResponderExcluir
  35. Huston querido, centroavante de poucas clarividência, muitas volupias e ótimas cabeçadas, seu texto é leve e envolvente, este que navega pela memória é primoroso.

    ResponderExcluir
  36. Amei o texto amigo! Poderia ter ficado horas lendo!!!Ainda faltou falar do joelho no milho, cara na parede e outros. Kkkkk. Creio que tudo isso foi substituido pelo "cantinho do pensamento". A garotada de hoje não sabe o que é sofrer!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Que chato, não?!

Perfume raro

Abacaxi de ponta-cabeça